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Depois de quase dois anos fazendo shows pelo Brasil e Europa, Lívia e Arthur Nestrovski chegam a Belo Horizonte para apresentar o disco Pós Você e Eu. O público belo-horizontino terá o prazer de conhecer, no domingo, dia 19 de março, às 19h, no Teatro Bradesco, as canções do álbum, fruto da turnê. Primeiro evento assinado pela Philipina Cultura, o show é co-apresentado pela Circus Produções e tem patrocínio da Easy Ice.

O nome Pós Você e Eu vem de uma canção inédita de Arthur Nestrovski e Luiz Tatit e revela, em um tom quase premonitório, a profundidade da relação entre a cantora e o violinista-compositor. Percebe-se nesse disco de Lívia e Arthur uma parceria que revela a cumplicidade total de quem se conhece desde sempre e que, ao mesmo tempo, transcende os laços de família na dimensão da arte – a arte da canção, praticada por eles com muito amor, rigor e alguma dose de humor.

O repertório do show traz três parcerias com Luiz Tatit, uma com o poeta Eucanaã Ferraz, lado a lado com clássicos brasileiros (de Ary Barroso e Braguinha a Arrigo Barnabé), standards americanos (“I’m Through With Love”, “Body and Soul”) e canções de Schubert e Schumann (na versão de Nestrovski). O espetáculo enriquece a mistura com novas interpretações de “Cry Me a River” (“Chora um Rio”), “Bambino” (Nazareth/ Wisnik) e do choro “Casual” (Nestrovski/ Cacá Machado).

Por trás de tudo está a reafirmada crença na relação entre poesia e música na canção brasileira e seu papel no cenário cultural mais amplo, desde os primórdios do século passado. Fato é que não dá para se pensar na história do Brasil dos últimos cento e poucos anos deixando a canção de fora. Nesse sentido, a canção brasileira tem analogias com outros repertórios, como o dos Lieder românticos em alemão, ou a canção norte-americana, para ficar nesses dois acervos.

Só mesmo no Brasil uma canção como a “Serenata" de Schubert, na versão de Nestrovski, poderia chegar à novela das 9h (cantada por Chico César, na trilha de Velho Chico), ouvida por uma audiência televisiva de milhares de pessoas com total naturalidade. Na interpretação de Lívia, agora, ela ganha ainda outra vida, renovada nesse contexto ao mesmo tempo variado e orgânico do disco.

Lívia e Arthur Nestrovski

Reconhecida como uma das vozes mais impressionantes da nova geração, Lívia Nestrovski, 28, lançou o cd "Duo", com Fred Ferreira, e "De Nada Mais a Algo Além", com Arrigo Barnabé e Luiz Tatit. Recentemente se apresentou como solista convidada da Orquestra Jovem Tom Jobim e do Coral Jovem do Estado, além dos shows com Arthur Nestrovski e Zé Miguel Wisnik na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival Porto Alegre em Cena, entre outros. Virtuosística, carismática, performática, é uma cantora de deixar qualquer um de queixo caído: a começar pelo pai, mas a continuar por uma lista ilustre que vai de Arrigo Barnabé a Zélia Duncan, de Luiz Tatit e Ná Ozzetti a Rildo Hora e Isaac Karabtchevsky, entre os muitos que já expressaram sua admiração por ela.

Arthur Nestrovski, 56, é o diretor artístico da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), desde 2010. Violonista e compositor, lançou os CDs solo "Jobim Violão" e "Chico Violão", e os discos autorais "Tudo Que Gira Parece a Felicidade" e "Pra Que Chorar" (com Celso Sim), além do DVD "Tatit Wisnik Nestrovski", entre outros. Como violonista, tem se apresentado ao lado de nomes como Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan e Paula Morelenbaum, no Brasil e no exterior. Foi ele quem compôs as canções brasileiras do programa Vila Sésamo (TV Cultura), fazendo eco aos muitos livros que escreveu para crianças.

Masterclass de Improvisação Vocal, com Lívia Nestrovski

Além do show Pós você e eu, a Philipina Cultura abrirá um espaço para o encontro entre Lívia Nestrovski e estudantes e profissionais da música. A Masterclass com foco na improvisação vocal acontecerá no sábado, 18 de março, no Centro de Arte Savassi. 

A improvisação vocal é um tema que desperta muito interesse e curiosidade de cantores no Brasil que, cada vez mais, vêm navegando os mares pouco explorados do universo da canção popular brasileira. Enquanto que no jazz, a improvisação vocal, ou scat singing, faz parte da tradição desde seus primórdios, no Brasil estruturou-se uma música fundamentada primordialmente sobre a relação letra-melodia.

Como abordar então a improvisação vocal em nossa tradição de canção? Que linguagens de improviso podemos usar? É necessário cantar jazz para poder improvisar bem? Como o jazz e a música brasileira podem se relacionar nesse sentido? O que é, afinal, a improvisação? Tudo isso será abordado nessa masterclass.

Philipina Cultura

O show Pós Você e Eu marca o lançamento da Philipina Cultura, uma empresa especializada na elaboração, intercâmbio, coordenação e agenciamento de produtos culturais. A Philipina Cultura é fruto do amadurecimento e ampliação da ENTRE_ponto de encontro, idealizada e gerida pela ex-bailarina do Grupo Corpo, Carolina Amares. Tendo como premissa o cuidado em suas relações e a comunicação criativa, a Philipina Cultura soma em sua equipe profissionais como Cris Oliveira, bailarina, gestora cultural e analista internacional; a  especialista em crossmedia, Karol Borges; e a jornalista, escritora e pesquisadora, Mariana Lage. Com especialistas em dança, filosofia, arte contemporânea, relações internacionais e comunicação em ambiente digital, a Philipina aporta no mercado com profissionais dedicados, pautada por ações e projeções dinâmicas, afetivas e efetivas.

Circus

Produtora cultural dedicada aos mais variados projetos da canção autoral brasileira, a Circus comemora 10 anos de atuação no mercado nacional. Sediada em São Paulo, a empresa atua na realização de espetáculos, produção e distribuição de álbuns em diferentes plataformas, do CD e digital ao vinil, representando artistas como Lívia e Arthur Nestrovski, Zé Miguel Wisnik, Ava Rocha, Luiz Tatit, Arthur Nogueira, Cacá Machado, Romulo Fróes, Ceumar, entre outros.

Foto: Divulgação