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‘Espaços Urbanos’ aterrissam no Otto Cirne

‘Espaços Urbanos’, do artista plástico Giovane Diniz, aterrissam no Espaço Cultural Otto Cirne neste mês de março. Trabalhos na técnica acrílica sobre tela, segundo o autor das obras, apresentam memórias e reflexões sobre o espaço urbano e sua relação com as pessoas que circulam e vivem nas cidades. Para a mostra foram selecionadas paisagens dos municípios de Belo Horizonte e Ouro Preto. Diniz explica que esboçou em suas telas um diálogo entre os indivíduos e os espaços urbanos onde estão inseridos. “Os espaços vazios em minhas obras representam as pessoas e trago isto com uma luminosidade intensa, cores fortes e quentes, buscando, por meio da fragmentação geométrica, uma harmonia cromática.” Ele conclui que ao excluir visualmente a forma humana, ela acaba se tornando o foco das paisagens urbanas. Natural de Ouro Preto, Giovane Diniz começou a desenhar aos 13 anos de idade. “A princípio traçava formas figurativas. Posteriormente, passei aos desenhos de paisagens de Ouro Preto”, revela. Em 2003, ingressou na Fundação de Artes de Ouro Preto, onde teve a oportunidade de iniciar estudos sobre pintura e história da arte. Atualmente, é graduando em Artes Plásticas da Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais. Por estar envolvido com arte em tempo integral, o artista afirma que sua inspiração vem do dia a dia: “No vai e vem das ruas sempre observo os espaços das cidades e a circulação de pessoas. O ambiente urbano como um todo me inspira e meus trabalhos revelam um pouco disto”. Morando em Belo Horizonte, ele diz que é importante se envolver com os lugares para tornar sua pintura um trabalho mais consistente e verdadeiro, o que explica ter pintado sua terra natal e a capital mineira. Sobre o seu processo de produção, Diniz conta que parte da observação e vivência nos lugares: “Faço anotações, desenhos e registros fotográficos. Depois tento transpor as experiências e pensamentos para a tela, que é meu suporte no momento para os meus trabalhos. Este processo às vezes é longo, onde passo até um mês para terminar um quadro. Assim, acredito que ele se constrói aos poucos e é acrescido de pensamentos a cada dia”. No mundo das artes, o artista plástico se encantou primeiro pela apresentação da paisagem e pela poética dos pintores de Ouro Preto. Mais tarde passou a se interessar pelas ideias e pelos pensamentos que as obras podem provocar. Entre artistas que admira estão o espanhol Pablo Picasso, por sua versatilidade; o norte-americano Edward Hopper, por suas cenas urbanas cheias de significado; e os brasileiros Cândido Portinari, por sua crítica e poesia das cores, e Cildo Meireles, com suas instalações que proporcionam experiências sensoriais e questionamentos diversos. Giovane Diniz comercializa suas obras, no entanto, não sobrevive apenas de seu trabalho artístico. Ele atua no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), como mediador de arte e educação. Pela primeira vez expondo na Associação Médica de Minas Gerais, essa é a sua terceira exposição individual. Suas obras já estiveram em mostras coletivas dentro e fora do estado.

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