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Mulheres na rua, mulheres na luta. Este é o mote da Pedalada Femininja de 2019 e que acontece há três anos. A data escolhida para a atividade, 12 de março, será entre o Dia das Mulheres e o marco de um ano do assassinato da vereadora carioca, mulher de luta, Marielle Franco.

 

Por isso, é imprescindível reivindicarmos que parem de nos matar! Os números de feminicídio sofreram um aumento no último ano, em todo o país. Dados da Polícia Civil indicam que, só em Belo Horizonte, foram registradas 186 mortes de mulheres em 2018 vítimas da violência de gênero.

 

A mídia traz, diariamente, casos dessa violência contra nós, sendo que a maioria é cometida por companheiros ou conhecidos, no espaço doméstico, onde mais deveríamos nos sentir seguras. O espaço público também é palco dessa violência. Todas nós sabemos. Seja caminhando, pedalando, no transporte público, dirigindo ou pegando um táxi: nenhum ambiente é seguro para nós. E só nós, mulheres, podemos lutar para que esse cenário violento mude.

 

Marielle foi assassinada por ser mulher, negra, lésbica e militante dos direitos de todas estas minorias políticas. Ao se eleger, ela ganhou voz no espaço público da política, predominante masculino, e por isso tentaram calar sua voz: não conseguiram. Ela ecoa em todas nós, em nossas pequenas e grandes lutas diárias pelo fim do machismo e suas várias expressões na sociedade patriarcal.

 

Por Marielle Franco, por todas guerreiras que vieram antes de nós, por todas as mulheres incríveis que nos rodeiam e por nós mesmas, estaremos terça-feira, 12 de março, pedalando pelo fim do machismo e da violência contra mulher. Além, é claro, de celebrar e fortalecer nossos laços.

 

Também por isso, esta é uma atividade só para as mulheres. Homens podem ajudar, divulgando. O evento acontece há três anos e em 2019 a organização é feita pelo grupo Bicimanas, de mulheres que pedalam ou desejam pedalar em BH, e a Associação de Ciclistas de Belo Horizonte, BH em Ciclo.