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Os 65 anos de carreira de Célio Balona lhe renderam encontros memoráveis. Um deles estará no palco da série de shows que celebra, também, os 80 anos de vida do instrumentista, arranjador e compositor mineiro. Célio Balona convida Ivan Lins e Gilson Peranzzetta faz parte da programação comemorativa do músico e será realizado no dia 3 de abril, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB.

O primeiro encontro entre Célio Balona e Ivan Lins aconteceu na década de 70, na gravação do disco “Saudações”, do cantor e compositor mineiro Tino Gomes, no qual Ivan foi produtor. “Sempre fui um grande admirador da obra de Ivan Lins. O considero um dos compositores mais inspiradores da música brasileira”, afirma Célio.

Após um longo tempo sem se reencontrarem, Balona viu na série comemorativa a possibilidade de tornar realidade um grande sonho. Além de rever Ivan Lins, promover um encontro com o pianista, compositor e arranjador Gilson Peranzzetta.

Em um formato inédito e repertório pensado especialmente para o show, o trio será acompanhado pelo contrabaixista Kiko Mitre. “Noite de música e emoções”, afirma Balona.

Conheça melhor os músicos convidados

- Gilson Peranzzetta

O pianista, acordeonista, clarinetista, compositor e arranjador destaca-se por sua brasilidade, sensibilidade, criatividade e, sobretudo, por sua assinatura musical. Vencedor de cinco Prêmios da Música Brasileira, Peranzzetta é um dos nomes de maior reconhecimento no Brasil e no exterior. Sua discografia contabiliza 53 CDs e é autor de mais de 200 músicas, obras gravadas por artistas nacionais, como Djavan, Ivan Lins, Leny Andrade e Leila Pinheiro, e internacionais, entre eles George Benson, Sara Vaughn, Quincy Jones e Barbara Streisand.

Nascido em berço musical, começou a estudar acordeon aos nove anos e piano aos dez. Frequentou a Escola de Música da UFRJ e o Conservatório Brasileiro de Música, aperfeiçoando-se em técnica pianística com Petri Palau de Claramount, em Barcelona. No Brasil, recebeu orientação das pianistas Vilma Graça, Sônia Maira Vieira e Ondine de Mello.

Com 60 anos de carreira, realiza turnês anuais no Japão, Estados Unidos e Europa, participando dos principais festivais de jazz. Seja na música de concerto ou na popular, apresenta em todos os seus trabalhos a preocupação em preservar as raízes da cultura nacional.

- Ivan Lins

Natural do Rio de Janeiro, o cantor, compositor e pianista Ivan Lins teve seu primeiro contato com a música aos 12 anos. Em 1968, foi revelado no 1º Festival Universitário da Canção da TV Tupi, com a música “Até o Amanhecer”, em parceria com Waldemar Correa, Dema. Ao lado de Elis Regina, apresentou o programa Som Livre Exportação, na TV Globo. “Abre Alas”, “Desesperar Jamais” e “Aos Nossos Filhos” foram algumas das suas composições que se tornaram hinos na luta contra a ditadura no Brasil.

A convite do americano Quincy Jones, Ivan Lins viu as portas do mercado internacional se abrirem, em 1979. O produtor criou arranjos para “Dinorah, Dinorah” e “Velas Içadas”, que receberam o Grammy na categoria melhor arranjo instrumental, em 1981 e 1982 respectivamente.

Suas músicas foram gravadas por intérpretes gringos como Sting, George Benson, Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan.

Em 1991, criou a gravadora Velas, com o parceiro Vítor Martins. Guinga e Chico César foram alguns dos talentos lançados pelo selo.

Em 2005 recebeu o Grammy Latino nas categorias melhor álbum do ano e melhor álbum de música popular brasileira, pelo CD “Cantando Histórias”. Em 2009, foi novamente premiado, desta vez, como o melhor álbum de música popular brasileira, “Ivan Lins & The Metropole Orchestra”.

Saiba mais sobre Célio Balona

Nascido em Visconde do Rio Branco, Célio Balona é músico, compositor, arranjador, tecladista e acordeonista. Estudou na Escola de Formação Musical da Polícia Militar de Minas Gerais. Aos 15 anos, Célio já atuava como profissional. Na década de 60, ao lado de Nivaldo Ornelas e Wagner Tiso, formou seu primeiro grupo musical. Mais tarde, começou a se dedicar à composição e à música instrumental. Atuou em shows nos Estados Unidos, México, Colômbia, Espanha, Inglaterra, França e Itália.

Balona fez os arranjos e criou a trilha sonora do desfile do estilista Ronaldo Fraga, na São Paulo Fashion Week, em 2013. É também um dos idealizadores e curador do Festival Internacional de Acordeon (FIA).

Foto: Marcia Moreira e Élcio Paraíso