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Organização social de Belo Horizonte participa do Fundo Emergências Econômicas para apoio a nano e micro empreendedores

FA.VELA, aceleradora criada em 2014 no Morro do Papagaio, integra projeto nacional para arrecadar R$ 1 milhão

A organização da sociedade civil (OSC) sem fins lucrativos de direito privado FA.VELA, de Belo Horizonte (MG), é uma das participantes do Fundo Emergências Econômicas. Criada pela Coalizão Éditodos, a iniciativa pretende arrecadar R$ 1 milhão com empresas privadas para auxiliar nano e micro empreendedores, baseados nas periferias do Brasil. Trata-se de um contingente que não tem acesso à rede bancária e vive do dia a dia de seu negócio.

Além da FA.VELA, a coalizão reúne cinco empresas e OSCs de impacto social: Agência Solano Trindade, Afrobusiness e Feira Preta (SP), Instituto Afrolatinas (DF) e Vale do Dendê (Salvador). Os recursos captados com empresas privadas serão doados para que os empreendedores, especialmente jovens e mulheres moradoras da periferia, possam acertar as contas emergenciais neste momento de incertezas, por conta do COVID-19. Antes mesmo de seu lançamento oficial, o Fundo Emergências Econômicas já conta com doações de três potências: Assaí Atacadista, C&A e Itaú Unibanco.

Dados gerais sobre o público que pretendemos atingir

No Brasil, existem 14 milhões de empreendedores se declaram negros/negras e 29% são empregadores, quer dizer, trabalham por conta própria ou são empregadores.

As áreas de atuação predominantes são: serviços e comércios, girando em torno de 24% e construção e agricultura, em torno de 20%. Estão concentrados sobretudo no Nordeste e Sudeste. Essas duas regiões contam com 10 milhões de empreendedores.

No entanto 82% dos empreendedores negros não tem CNPJ, estão entre os pequenos e informais e vivem do próprio trabalho. Compreendem que não podem errar (57%) porque não haverá outra oportunidade.

Isso não é à toa, dado que 84% dos empreendedores negros já utilizaram dos próprios recursos para alavancar o negócio, 23% recorreram a empréstimos de amigos e familiares.

É importante lembrar que 82% dos micros e pequenos empreendedores não tem CNPJ. Sobre perfis, 34% empreende por necessidade e suas rendas variam entre 1 e 2 salários mínimos.

70% dos empreendedores aumentaram a renda após abrirem seus próprios negócios.

Em 2018 os empreendedores negros movimentaram aproximadamente 359 bilhões de reais em renda própria.

52% dos pequenos empreendedores gerenciam o negócio pelo caderninho. Em tempos de crise o que isso pode significar? Para quase 60% dos pequenos empreendedores o dinheiro da casa e do negócio se misturam.

40% dos pequenos empreendedores recebem e gastam em dinheiro. Isso é muito relevante porque ficarão sem moeda para circular. Só 17% dos pequenos empreendedores tomaram empréstimo na rede bancária.

Foto: Facebook

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