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FCS realiza pré-estreia do longa PRAÇA PARIS, e bate-papo com a diretora LÚCIA MURAT, após exibição do filme

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, promove no dia 20 de abril a pré-estreia do filme Praça Paris (2018), com sessão seguida de debate com a diretora Lúcia Murat. O novo filme da cineasta tem estreia nacional confirmada para o dia 26 de abril. O roteiro é assinado por Murat e Raphael Montes, autor de vários livros de suspense, sendo Praça Paris seu primeiro trabalho no cinema como roteirista. O filme é uma produção Taiga Filmes com distribuição da Imovision. A atriz Grace Passô integra o elenco do filme.

Praça Paris é uma coprodução entre Brasil, Portugal e Argentina. A narrativa é um thriller que mostra o conflito entre uma psicanalista portuguesa, Camila (Joana de Verona), que veio ao Brasil para desenvolver uma pesquisa sobre violência, e sua paciente, Glória (Grace Passô), num Centro de Terapia de uma universidade brasileira (Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ). Glória é ascensorista na universidade e tem uma história de violência muito difícil: violentada pelo pai, tem apenas no irmão, Jonas (Alex Brasil), traficante do morro, a proteção para seguir sua vida na comunidade. O filme mostra uma relação de transferência ao inverso, onde o medo do outro acaba dominando a trama e retrata a violência que voltou a explodir no Rio através da distância entre os dois personagens centrais.

Segundo a diretora, a questão da violência sempre a interessou por ter sido parte se sua história de vida. “Praça Paris, no entanto, vai além disso. O filme trabalha sobre o medo e a paranoia numa relação entre duas pessoas com histórias e classes sociais diferentes. O medo do outro me parece algo implantado na sociedade brasileira hoje. E a partir desse medo sabemos que injustiças, agressões, mortes violentas acontecem – como no filme, um thriller que trabalha a intimidade dos personagens”, declara Murat.

O longa participou da Première Brasil do Festival do Rio e levou os prêmios de Melhor Atriz para a protagonista Grace Passô e Melhor Direção para Lucia Murat. Também em 2017, o longa recebeu o Prêmio Dom Quixote de Melhor Filme no Festival de Havana, e foi selecionado para a Mostra Competitiva doFestival Internacional de Chicago e para o Festival de Talin (Estônia), Black Nights. Em 2018, Praça Paris participou do FEStin em Lisboa, onde a atriz Grace Passô também ganhou o prêmio de Melhor Atriz. Este é o primeiro trabalho de Grace Passô no cinema, que já tem carreira consolidada no teatro, como diretora, dramaturga e atriz e vem conquistando cada vez mais público, jurados e crítica especializada no universo cinematográfico.

Sobre a diretora – O primeiro longa de Lúcia Murat, Que Bom Te Ver Viva (1988), estreou internacionalmente no Festival de Toronto. Entre muitos prêmios, o longa foi escolhido melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989. Com Doces Poderes (1996), estreou em 1997 no Festival de Sundance e no Festival de Berlim. Em 2000, lançou Brava Gente Brasileira, que também estreou em Toronto. Em 2003, com Quase Dois Irmãos ganhou melhor direção e melhor filme pela FIPRESCI no Festival do Rio 2004, melhor filme no Amazonas Film Festival e melhor filme no Festival de Mar del Plata 2005. No Festival do Rio de 2005, estreou o documentário o Olhar Estrangeiro e, na edição de 2007, Maré, Nossa História de Amor, uma coprodução, selecionado para o Panorama do Festival de Berlim. Em 2010, filmou o documentário Uma Longa Viagem, grande vencedor do Festival de Gramado, e em 2013, lançou o filme A Memória Que Me Contam, que ganhou o FIPRESCI no Festival de Moscou. Em 2015, estreou o documentário A Nação Que Não Esperou Por Deus, no festival É Tudo Verdade, e o ensaio Em Três Atos, uma coprodução com a França, no Festival do Rio.

Foto:Divulgação

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