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Espetáculo “O Voo do Tchiurubibirú” faz curta temporada no Galpão Cine Horto

Espetáculo aborda temas como sensualidade, religiosidade e a possibilidade de vivenciar ambos numa jornada existencial.

Em curta temporada, de 9 a 12 de maio, o Galpão Cine Horto recebe o performer e violinista André Cavazotti na interpretação do espetáculo solo “O Voo do Tchiurubibirú”. Uma performance com projeções e música ao vivo, que questiona relações entre convenções sociais e existenciais, a partir da trajetória de vida de um pássaro imaginário, mítico-metafórico, em busca do autoconhecimento e desafios da vida, com seus medos, limitações e possibilidades. Sessões de quinta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h. Duração de 50 minutos. Classificação 14 anos.

Com concepção e direção do próprio Cavazotti, a montagem conta com um repertório musical variado, interpretado com violinos, ao vivo. Estilos que vão desde o medieval (Hildegard von Bingen), passando pelo barroco (Johann Sebastian Bach), até o século XX, com obras do compositor italiano Nino Rota. Algumas peças são apresentadas em formato original e outras como releituras. Há também composições autorais do próprio artista, compostas especialmente para a trilha do espetáculo.

Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do local com uma hora de antecedência. Valores: R$20 (inteira), R$10 (meia para estudantes e idosos). Vendas antecipadas pelo site do Sympla: www.sympla.com.br

Galpão Cine Horto - Rua Pitangui, 3.613 - Horto. Informações: (31) 3481-5580.

Espetáculo

A ideia da montagem começou em outubro de 2014 com a criação despretensiosa de um desenho com carvão. “Enquanto eu fazia o desenho surgiu na minha mente a figura de um pássaro. Era um passarozinho simples – como um pardal – que cantava a palavra Tchiurubibirú. ‘Ele’ desejava ‘espaço’ para existir e respirar livremente. Coloquei a palavra Tchiurubibirú na internet e vi que não existia. Então nasceu o desejo de fazer uma composição musical com a melodia ‘cantada’ pelo Tchiurubibirú. Logo percebi que o desejo não era só de uma composição musical, mas também de criar cenas da vida do Tchiurubibirú, com música e imagens. Assim, ao longo de quatro anos, com muita liberdade e trabalhando sozinho, usei argila, tecidos, objetos domésticos, maquiagem, cenários oníricos, pinturas, água, fogo, imagens medievais e contemporâneas e, claro, muita música com violinos para trazer à tona a vida desse pássaro”, explica Cavazotti.

“Tchiurubibirú” é um pássaro imaginário, mítico-metafórico. Sua jornada existencial move esta performance solo, com projeções e música ao vivo. A trama apresenta ritos de passagem, como a descoberta da potência sexual, a relação violenta e erótica com a mãe e o contato com o sagrado. Do qual brotam questões sobre a criação de uma ética que seja própria, não determinada pela reprodução de normas sociais estabelecidas, fundadas em valores predefinidos. Questões que também reverberam no espaço musical: reprodução x criação? Convenção x expressão? O intuito? Diluir limites. E alçar voos.

O espetáculo é um trabalho com várias camadas de sentido, que busca tocar e comover as pessoas, convidando-as a refletirem sobre as relações entre questões existenciais, vínculos afetivos e normas sociais.

O Artista

André Cavazotti é professor associado da Escola de Música da UFMG. Tem experiência nas áreas de música e teatro, com ênfase nas relações entre música antiga e dramaturgia contemporânea. Possui bacharelado em violino pela Faculdade de Artes Santa Marcelina, mestrado em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, doutorado em Música/DMA pela Boston University e pós-doutorado na LISPA (London International School of Performing Arts).

Suas atividades como violinista o levaram a realizar recitais e concertos em diversas localidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e, nos EUA, em Champaign (Illinois) e Boston (MA).

Coordenou as três primeiras edições da atividade Semanas de Música Antiga da UFMG (2007, 2009 e 2011). Em 2007, lançou, em parceria com a Professora Dra. Vanda Bellard Freire (UFRJ), o livro “Música e Pesquisa: Novas Abordagens”, primeira publicação brasileira voltada inteiramente para questões de metodologia de pesquisa em música.

Em 2010, a convite do Consulado da França, no Rio de Janeiro, participou do Festival de Música Antiga de Utrecht (Holanda), tendo em vista o estabelecimento de convênios de cooperação cultural internacional entre a França e o Brasil.

Na arte da cena, atuou e dirigiu o espetáculo “O voo do Tchiurubibirú”, em temporadas no Teatro Espanca e na Sala Solo do Galpão Cine Horto. Dirigiu, atuou e participou da criação dos espetáculos “Idea: in memoriam” e “Octaplus”. Dirigiu a montagem da UFMG de duas óperas de W. A. Mozart, “O Empresário” e “Bastião e Bastiana”. Atuou como músico e ator na peça “Em louvor à vergonha”, dirigida por Diego Bagagal. Realizou a preparação técnico-violinística e violística dos atores das duas montagens da tetralogia teatral “Antes do Fim”, com texto e direção de Rita Clemente.

Atualmente, Cavazotti dedica-se ao espetáculo “O voo do Tchiurubibirú”, com pesquisa e realização de performances solo que englobam as linguagens de música, teatro e videoinstalação. Em agosto de 2016 e de 2018, participou do encontro Integral Movement and Performance Practice, em Berlim, na Alemanha.

Site: www.galpaocinehorto.com.br

Facebook: www.facebook.com/ovoodotchiurubibiru

Instagram: @ovoodotchiurubibiru

Informações: (31) 3481-5580 – Galpão Cine Horto

Ficha Técnica

Concepção, direção e atuação: André Cavazotti

Preparação corporal: Dorothé Depeauw

Produção executiva: Luciana Veloso

Figurino: Livia Limp

Adereço: Luiz Dias Simões

Maquiagem: Gabriela Dominguez

Iluminação: Wellington Santos

Assessoria de imprensa: Glenda Souza

Redes sociais: Djavan Henrique

Foto: Daniel Ferreira

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