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Bloco da Saudade: Di Souza, lança disco, filme e um festival online sexta (23)

Lançamento é voltado à temática da quarentena, seus afetos, sentimentos, distâncias e aproximações por meio da música;

O que faz um maestro de carnaval, cantor e compositor, professor de percussão e viciado em aglomerações durante um ano de quarentena e distanciamento social frente à pandemia da Covid-19. O mineiro Di Souza fez um disco, que será lançado nesta sexta-feira (23) nas plataformas digitais. Bloco da Saudade é o segundo álbum da carreira do artista, conhecido como regente de boa parte folia belo-horizontina, nos últimos anos, à frente de blocos como o Então Brilha, Pisa na Fulô e Abre-te Césamo, além de fundador e professor da Percussão Circular, método de ensino, escola, e movimento cultural pelo qual já passaram mais de mil percussionistas na capital mineira.

O Bloco da Saudade, em suas dez faixas, traz uma mistura de canção, pop e ritmos da música brasileira em composições que remetem à temática das emoções, afetos, faltas e preenchimentos durante a nova vida da pandemia. Além do álbum, Di Souza também lança no domingo (25), às 12h, em seu canal de Youtube, o Bloco da Saudade em versão filme. É uma peça audiovisual com imagens de interação do artista com cada uma das músicas, com uso da criatividade, cenografia e recursos cinematográficos possíveis entre quatro paredes em tempos de arte confinada dentro de casa.

Para completar, a partir da rede de amizades e carinhos com parceiros e parceiras da música de BH, Di Souza também apresenta o “Festival da Saudade”, que começa no dia 26 de abril, domingo e vai até seis de maio. Dez cantores e cantoras vão utilizar as redes sociais para interpretar, com voz e violão, as músicas do Bloco da Saudade, fortalecendo a conexão da cena local, em tempos de pandemia. Participam do Festival da Saudade Pri Glenda e Emílio Dragão, no dia 26 de abril, Cláudia Manzo no dia 27, Rita Davis e Lucas Ferrari dia 28, Raphael Sales no dia 29, Pedro Morais dia 30, Deh Muss no dia três de maio, Thiago Correa em quatro de maio, Marcelo Dai no dia cinco, Irene Bertachini dia seis e Jennifer Souza dia sete. Os conteúdos serão publicados nos perfis dos artistas e replicados no de Di Souza no Instagram e Youtube.

Nas gravações, o álbum Bloco da Saudade teve participações também de artistas de outras cenas, como Lucas Santtana (BA), mas grande parte das parcerias veio do círculo de contatos e relacionamentos de Di Souza ao longo desses meses de pandemia. Entre elas Luiza Brina, Raquel Coutinho e Thiago Braz. A produção musical é de Thiago Correa e o disco foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Frango no Bafo. O Bloco da Saudade foi realizado a partir da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

SOBRE O BLOCO DA SAUDADE

Esse não é um disco sobre distanciamento. Em suas dez faixas e quase trinta minutos, o que existe é a tentativa da aproximação. A forma possível de transformar em vida o vazio das lembranças, com essa bendita maravilha dicionarizada apenas na língua portuguesa. Saudade. O coração do mineiro Di Souza, 31 anos e todos os exames em dia, anda aglomerado. Nada a ver com as coronárias. São as lembranças que entupiram o peito e mudaram os batimentos por minuto. Di Souza, nascido em Piedade de Ponte Nova e crescido na favela do Acaba Mundo, na região centro-sul de BH, passou os últimos dez anos em estado puro de multidão. É multi-instrumentista e maestro do carnaval na capital mineira, fundador de blocos, professor de percussão e figura central na explosão da folia, que hoje é uma das maiores do Brasil (ou seja do mundo), com quase cinco milhões de pessoas na sua última edição.

A pandemia mudou os planos da carreira. Depois do elogiado primeiro álbum, “Não Devo Nada pra Ninguém” (2015), com inspirações de gentes como Raul Seixas, Tom Zé e que ganhou ouvidos e bênçãos de outras como Gilberto Gil e Samuel Rosa, a vontade era repetir a dose em um novo disco de polifonias, sátiras e rebordosas em coro. Chegou a compor, mas abandonou o projeto e começou tudo do zero quando a realidade se embrenhou na ameaça de um vírus microscópico e na mais prolongada experiência humana de isolamento da nossa geração. E foi assim que as músicas de irreverência ou humor foram abrindo espaço para novas introspecções descobertas a sós no violão. Que os temas do amor e da presença na ausência se diluíram em outras possibilidades rítmicas, na experiência de trilhas da música brasileira e do pop, no conforto entre a melancolia e a esperança, com tudo a que se há direito no meio do caminho.

Leia texto completo sobre o Bloco da Saudade mais abaixo

SOBRE DI SOUZA

Di Souza é compositor, maestro, empreendedor cultural e educador musical. Lançou seu primeiro álbum em 2015 e é conhecido pelo amplo trabalho musical nas baterias de blocos do Carnaval de Belo Horizonte como o Então Brilha! Pisa na Fulô, Abre-te Sésamo, Circuladô, Baianas Ozadas, Pena de Pavão e outros pelo interior do estado como o Haja Amor, de Divinópolis. Alguns fundados por ele e outros de passagem. É fundador da Escola Percussão Circular, na capital mineira. Já gravou em mais de 20 discos e integrou mais de 15 bandas da cena local, entre elas o Graveola, da qual faz parte atualmente. Em abril de 2021, Di Souza lança seu segundo álbum, o Bloco da Saudade.

SERVIÇO

Di Souza

Álbum Bloco da Saudade
Lançamento: 23 de abril em todas as plataformas digitais

Filme Bloco da Saudade
Lançamento: 25 de abril, às 12h no canal do artista no Youtube (youtube.com/disouza)

Festival da Saudade: vídeos com outros artistas de BHD

26 de abril a sete de maio (instagram.com/disouza.cambio / youtube.com/disouza)

Foto: Rita Davis

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