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Meu Saba, espetáculo inspirado no livro da neta de Ytzhak Rabin, chega a Belo Horizonte

Estrelado por Clarissa Kahane com direção de Daniel Herz, o monólogo que venceu o Prêmio Cesgranrio de Teatro de Melhor Iluminação e Cenografia estará em cartaz entre 24 de maio e 3 de junho no CCBB

Em novembro de 1995, aos 19 anos, Noa Ben-Artzi Pelossof foi escolhida para uma difícil missão: prestar homenagem ao então primeiro-ministro de Israel Ytzhak Rabin, seu avô, vítima de um assassinato que marcou o mundo. A força de suas palavras, que expressaram memórias afetuosas e relatos sombrios de uma guerra secular, deram origem ao livro “Em Nome da Dor e da Esperança”, inspiração do espetáculo “Meu Saba”, em cartaz no CCBB Belo Horizonte, entre 24 de maio e 3 de junho (sessões às 20 horas, de quinta a domingo). Venda de ingressos: www.eventim.com.br. Inteira R$ 20, meia R$ 10. 

Com direção de Daniel Herz e estrelado pela atriz Clarissa Kahane, o monólogo foi indicado em diversas categorias do Prêmio Cesgranrio de Teatro: Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Cenografia e Melhor Iluminação (vencedor de Melhor Iluminação e Cenografia) e ao Prêmio Shell de Teatro de Melhor Iluminação. Sucesso em sua estreia nacional no Festival de Curitiba, em 2015 (data que marcou os 20 anos do assassinato de Rabin), o espetáculo já fez temporadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. 

“Meu Saba” se passa nos 30 segundos que Noa Ben-Artzi leva para chegar ao púlpito onde fará a homenagem ao avô (saba, em hebraico). Nesse espaço temporal, ela revive sentimentos da infância passada na casa dos avós, uma mistura de amor de sua família e medo constante do ódio vindo de dentro e de fora do país. 

Em 1994, Ytzhak Rabin recebeu o Prêmio Nobel da Paz devido ao Acordo de Oslo, que assegurou a autonomia palestina na faixa de Gaza e o fim do conflito entre a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) e Israel. Um ano depois, o premiê foi morto por um radical israelense que discordava de sua visão sobre o conflito. 

"É uma grande honra ver que o meu livro está dando oportunidade para pessoas talentosas fazerem a sua arte e, com isso, manterem o legado do meu avô vivo para futuras gerações. É realmente tocante. Agradeço a vocês por me permitirem cumprir essa missão”, destacou Noa Ben-Artzi Pelossof

A atriz Clarissa Kahane, que vive Noa no espetáculo, é encantada com o texto desde a primeira leitura, realizada há mais de 10 anos. Ela ganhou o livro de sua avó, quando tinha 17 anos e decidiu, em parceria com o produtor Miguel Colker, levar esse relato emocionante para o teatro, dando continuidade à parceria com o diretor Daniel Herz, com quem trabalhou em diversos projetos como atriz e diretora assistente.  Segundo Herz, “em um momento de tantas incertezas, tantos radicalismos macabros, encenar 'Meu Saba' traz um alento, a possibilidade da coexistência pacífica na diferença.”

O cenário. Assinado por Bia Junqueira, tem aspectos minimalistas e estruturais. Uma caixa branca abriga vários tijolos organizados em linha formando uma passarela. O trajeto representa o percurso que Noa irá percorrer até chegar ao púlpito, onde fará o discurso em homenagem ao avô. Também espalhados em diversos pedaços pelo palco, os tijolos representam a construção e a desconstrução da história, das memórias da autora.

O figurino. Antônio Guedes está a frente da criação que procura transmitir a força e a delicadeza da mulher israelense. A roupa traz referências dos anos 90 com peças sobrepostas e estampas xadrez, dialogando com a estética contemporânea da peça. Para viver Noa, Clarissa trocou os cabelos longos e loiros por um corte na altura dos ombros e ruivo. Em cena, ela veste uma camiseta-body de tule preto, por cima um vestido xadrez em tons escuros. Uma bota de cano curto completa o figurino. 

“Meu Saba” tem produção da Palavra Z Produções Culturais, direção de produção de Bruno Mariozz e conta com patrocínio da Klabin S.A. através da Lei Rouanet. 

FICHA TÉCNICA 

Direção: Daniel Herz

Elenco: Clarissa Kahane

Autoria: Noa Ben Artzi-Pelossof

Adaptação: Clarissa Kahane, Daniel Herz e Evelyn Dizitzer 

Direção de Produção: Bruno Mariozz

Consultoria Dramatúrgica: Evelyn Disitzer

Diretor Assistente: Wendell Bendelack

Assistente de direção: Carol Santarone

Iluminação: Aurélio Di Simoni

Cenografia: Bia Junqueira

Figurino: Antonio Guedes

Música: Antonio Saraiva

Direção de Movimento: Duda Maia

Assistente de cenografia: Zoé Martin-Gousset 

Assistente de figurino: Adriana Lessa 

Assistente de Produção: Marcus Andrade

Designer: Leonardo Konther

Coordenação de comunicação: Denise Kafka

Produção: Palavra Z Produções Culturais

Idealização: Clarissa Kahane

Foto: Pedro Fulgêncio

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