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Celma Albuquerque Galeria recebe Paulo Whitaker

A Celma Albuquerque Galeria de Arte apresenta a partir do dia 11 de maio exposição individual do artista Paulo Whitaker, que retorna a cidade depois de mais 10 anos de ausência. Sua última exposição por aqui foi em 2005, na mesma galeria.

Desde 1984, o paulista Whitaker participa de exposições importantes na cena nacional e internacional. Podemos citar, entre elas, a 20a e 25a Bienal de São Paulo em 1989 e 2002 respectivamente.

Desde então, aparecem em suas obras linhas, massas coloridas de contornos irregulares, formas curvilíneas e geométricas sobre um fundo monocromático. A partir daí, essas formas passam a agrupar e justapor, e figuras geométricas são acrescentadas à composição.

 

A exposição pelo artista

“Recentemente assisti a nova série Twin Peaks (David Lynch) com o mesmo prazer que assisti Cremaster (Matthew Barney) há muitos anos atrás.

Trata-se de sentar, tocar o play e ser levado por alguma coisa que eu não compreendo em sua totalidade, mas ainda assim desfruto as imagens, a estranheza, os personagens, as situações criadas, os diálogos, os cenários e adereços, a maneira como se movimenta a câmera, e como é apresentada a estoria para alguém (eu, neste caso), despreocupado com ela e interessado em todo o resto.

Claro que Cremaster e Twin Peaks não tem intenções comuns. Mas tem essa maneira “hype creative” e sugestões de atmosferas e estados mentais. E uma distante storyline alinhavada no fundo. Como nas músicas da Banda Sonic Youth. Não se compreende… mas daí você encontra o fio, apenas para perdê-lo outra vez.

Assim, ando buscando em meus trabalhos, imagens que me deixem em um estado de suspensão, desconforto e alguma plenitude. Se é temporária ou permanente, o Tempo vai dizer.

Nestes últimos 30 anos meu trabalho em pintura passou por diferentes momentos, sempre fruto de minhas certezas, dúvidas, inquietações e experiências. O acaso foi meu amigo, ímpetos destrutivos também.

Os primeiros que fiz eu gosto de lembrar que são de 1989. Desde então, vejo que as questões conceituais e estéticas foram se resolvendo sempre sobre uma espinha dorsal… a Figura e o Fundo, o rebaixamento das possibilidades narrativas e literárias, as construção de um vocabulário pictórico sem significado atribuídos e agregados, o uso as vezes comedido e as vezes rasgado da cor, as formas que se desdobram e se arrastam, as maneiras de estruturar as composições, tudo na tentativa de chegar a um resultado que somente a pintura me leve a ele”.

 

 

Foto: Paulo Whitaker 

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