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Belo Horizonte sob as lentes do modernismo é tema de exposição na Galeria da Cemig

Poema de Mario de Andrade inspirou título da série de fotografias de Mario Carazzato

A Galeria de Arte da Cemig abrirá, na próxima terça-feira (7/5), a exposição “Milhares de Brilhos Vidrilhos”, do fotógrafo Mario Carazzato, artista mineiro radicado em Belo Horizonte. As obras expostas, impressas em fine art em papel de alta qualidade e emolduradas em suporte de madeiras, homenageiam a cidade que o acolheu há mais de 30 anos.

A capital mineira já foi descrita poeticamente em inúmeros textos e imagens, apesar não ter os encantos de outras capitais brasileiras, localizadas no litoral. “Belo Horizonte, aos 121 anos, pode se orgulhar de seus detalhes, de suas partes. Seu conjunto está em eterna construção, e a cidade está sempre a ser descoberta por olhares diferentes”, diz o artista.

Um dos primeiros artistas a se inspirar em Belo Horizonte foi o poeta e escritor modernista Mario de Andrade, cujo verso, retirado do poema “Noturno de Belo Horizonte”, de 1924, inspira o título da exposição: “Um título perfeito para o diálogo entre o modernismo desta série de imagens, o estilo do poeta e a cidade”, resume a apresentação da exposição.

O modernismo pictórico também está presente nas fotografias de Carazzato, reproduzindo técnicas e maneiras de pintores, principalmente cubistas. Dessa forma, pontos marcantes de Belo Horizonte são catalogados por várias imagens de múltiplos fragmentos e depois sobrepostos e justapostos. O resultado é uma imagem que remete ao objeto original e revela o labor do artista. “É visível a não conformidade de suas retas e curvas, luzes e reflexos, causando a princípio um estranhamento, sendo resolvido depois com o reconhecimento do local retratado”, explica Carazzato.

O artista

Mario Carazzato é mineiro, vive há mais de 30 anos em Belo Horizonte e é bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard, com habilitação em fotografia. Sua pesquisa artística mescla sua relação com a capital, com Minas Gerais e com as questões dos limites da fotografia. Com a clara intenção de desconstruí-la, estende ao máximo o limite do que ela é, do que ela representa e de como pode ser representada.

Foto: Mario Carazzato

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