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Quem ainda não deu o seu voto para eleger o vencedor da 6ª edição do Festival Botecar não pode perder tempo. Falta uma semana para o fim do evento, que termina na próxima sexta-feira, 11 de maio. Até lá, ainda é possível degustar os pratos criados exclusivamente para o festival, feitos com ingredientes típicos da cozinha mineira de raiz e inspirados no Congado, tema da competição deste ano.

Frequentadores dos botecos e jurados vão avaliar os tira-gostos servidos nos 35 estabelecimentos participantes. Como acontece em todas as edições, os bares abusaram da criatividade para criar as receitas e conquistar o paladar da clientela.

Pernil de lata, farofa de banana-da-terra, carne de sol, feijão-andu e taioba são algumas das iguarias que fazem parte dos pratos. O petisco que obtiver a maior nota total será eleito campeão de 2019.

Nos bares, a expectativa é grande. O proprietário da Cantina da Ana, Frederico Inácio, diz que a chave para vencer o Botecar está no cuidado na criação do prato. “Estamos confiantes, pois testamos e degustamos cada item escolhido da receita”, afirma. Este ano, o estabelecimento participa do festival com o Linguiça à Moda Vila Rica.

O A Granel Bar e Restaurante está participando pela quarta vez do Botecar. O proprietário da casa, Marcelo González, assinala que foi feita uma pesquisa aprofundada para criar o prato Cupim Coroado, que concorre ao título de campeão deste ano. “O festival é um desafio, porque nos estimula a inovar na gastronomia, desenvolvendo receitas de acordo com um tema especifico”, analisa.

Vencedor da edição 2018 do Botecar, este ano, o Bazin Bar criou o prato Marujada para tentar o bicampeonato. Segundo a proprietária do estabelecimento, Maria Betânia Rafael, “o segredo para ganhar o festival, além de dedicação e carinho, é fazer com que o público e os jurados reconheçam no prato as técnicas, o tempo, a temperatura e os sabores”.

Congado

O tema do Botecar deste ano é o Congado, festa que recria a coroação do Rei do Congo e é realizada no Brasil desde o século XII, unindo a religiosidade às raízes da cultura afro-brasileira.

Quem mora em Minas Gerais, principalmente no interior do estado, certamente já teve a oportunidade de ver de perto uma festa de Congado. Na ocasião, os participantes, mais conhecidos como congadeiros, entoam cantos dramáticos ao som de instrumentos de percussão, como tambores, cuícas e pandeiros.

O Congado é culturalmente ligado à gastronomia mineira. De acordo com a tradição secular, ao longo do trajeto, os moradores oferecem comidas típicas e quitutes aos participantes.

Sobre o Botecar

O Botecar foi criado em 2014 e entrou para o calendário dos principais eventos de Belo Horizonte. Os participantes são bares tradicionais e apreciados da capital, que preservam as raízes culturais dos botecos. O resultado é a valorização, o desenvolvimento e aprimoramento do setor na cidade.

Na 1ª edição, a Copa do Mundo de Futebol foi a inspiração para a criação de pratos que tinham como estrelas a bola e os craques do esporte. Já em 2015, cada bar homenageou uma cidade do estado com a qual tinha ligações afetivas ou culturais, em reverência à diversidade cultural mineira.

Em 2016, a Mineiridade, juntamente com a famosa cozinha seca dos tropeiros e a suculenta cozinha das fazendas, conduziram o processo de criação dos pratos.

No ano seguinte, com Quintais de Minas, a ideia foi buscar inspiração na horta, pomar, chiqueiro e galinheiro. E, em 2018, o tema Estrada Real, com toda sua peculiaridade gastronômica oriunda da cozinha dos tropeiros, deu o sabor especial aos tira-gostos dos bares participantes.