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Poetista Portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen será Homenageada na academia mineira de letras

PARA LEMBRAR OS 100 ANOS DO NASCIMENTO DA ESCRITORA, AML APRESENTARÁ LEITURA POÉTICA, NO DIA 9 DE MAIO

A Academia Mineira de Letras (AML) presenteia o público, no dia 9 de maio, às 19h30, com uma leitura poética em homenagem aos 100 anos do nascimento da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen. A apresentação biográfica da autora e a declamação dos versos serão conduzidas pela socióloga e poeta Flávia Queiroz; pela professora, poeta e doutora em Direito, Luciana Pimenta; epelo acadêmico e atual presidente do BDMG Cultural, Rogério Faria Tavares. Ao todo, serão 56 poemas, selecionados por eles entre os 14 livros desse gênero literário incluídos em obras completas da escritora.

O evento acontece no âmbito do projeto Universidade Livre – Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 5 mil médicos cooperados e colaboradores.

Natural da cidade do Porto, Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu em 1919. Filha de pais aristocratas, ela passou parte da sua infância na Quinta do Campo Alegre – onde hoje é o Jardim Botânico do Porto -, local que a inspirou a escrever os primeiros versos que remetem à natureza. Aos 17 anos, iniciou os estudos em Filosofia Clássica na Universidade de Lisboa, porém não chegou a concluir o curso.

Em 1946, casou-se com Francisco de Sousa Tavares, com quem teve cinco filhos: Maria, Isabel, Miguel, Sophia e Xavier. A maternidade a levou a se dedicar à redação de contos infantis, como “A Menina do Mar”, “O Cavaleiro da Dinamarca”, “A Floresta”, “O Rapaz de Bronze” e “A Fada Oriana”.

Conhecida pela personalidade rebelde e independente, que estava à frente do seu tempo, Sophia conseguiu se firmar na política, algo impensado para as mulheres daquela época. Fez oposição ao salazarismo, apoiando a Revolução dos Cravos, em 1974. Também pertenceu à Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e foi eleita deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.

Algum tempo depois, no entanto, Sophia se viu decepcionada com a política e optou por se voltar exclusivamente para a literatura. Sua obra lhe rendeu inúmeros prêmios, inclusive ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Camões em 1999, o mais importante da língua portuguesa. A escritora faleceu aos 84 anos, em Lisboa, e, desde 2014, seu corpo encontra-se no Panteão Nacional.

Sobre os palestrantes:

Flávia de Queiroz Lima formou-se em Sociologia e Política na PUC-Rio. Na década de 1960, participou do intenso movimento da MPB no Rio de Janeiro, compondo sozinha ou em parcerias, e escreveu coluna diária em jornal carioca. Mudou-se para Belo Horizonte em 1972, onde passou a conciliar os trabalhos de socióloga e consultora organizacional com a poesia e a música. Publicou “Círculo de Giz” (1983) e “Arrumar as Gavetas” (2012).

Luciana Pimenta é mineira, professora no curso de Direito da PUC Minas, doutora em Direito (PUC Minas) e Mestre em Filosofia Social e Política (UFMG). Há alguns anos, desenvolve pesquisas no campo de Direito e Literatura, conjugadas com estudos filosóficos. É líder do grupo de pesquisa Direito e Literatura: um olhar para as questões humanas e sociais a partir da literatura, da PUC Minas; e membro da Rede Brasileira Direito e Literatura (RDL) e do grupo de pesquisa Mulheres em Letras, da UFMG. Luciana ainda é autora de três livros de poemas: “Aprendizagem no Espelho” (2000), “Heranças” (2016) e “Morada” (2017). Sua obra foi objeto de estudo no XI Colóquio Mulheres em Letras, na Faculdade de Letras da UFMG, em 2017, intitulado “Enraizamento Poético em Luciana Pimenta”, do qual também participou como escritora convidada, partilhando a mesa com outras escritoras mineiras. No campo da educação, além de professora, Luciana Pimenta presidiu a Comissão de Educação Jurídica da OAB/MG (triênio 2016-2018).

Rogério Faria Tavares ocupa a cadeira de n° 8 da Academia Mineira de Letras desde junho de 2016. É o atual presidente do BDMG Cultural, o instituto cultural do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Escreve crônicas semanais para o jornal “Diário do Comércio” e edita o site “Literatura na internet” (literaturanainternet.com.br). Faria Tavares também é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto dos Advogados Brasileiros e do PEN Clube do Brasil.

Foto: Divulgação

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