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DotArt galeria abre duas novas exposições individuais de Rosana Paulino e Maria Fernanda Lucena, dia 15 de maio

A memória do passado e do futuro liga as novas exposições individuais da dotART galeria, que serão inauguradas no dia 15 de maio, com as consagradas artistas Rosana Paulino e Maria Fernanda Lucena. Estas são as primeiras mostras de 2019 na galeria e trazem uma temática que está em voga como o feminismo, o ativismo negro e as políticas sociais brasileiras.

São artistas de destaque nacional, portanto a vinda a Belo Horizonte será de grande importância para a agenda de artes visuais da cidade. Rosana Paulino, por exemplo, ganhou uma retrospectiva recente na Pinacoteca de São Paulo, que passou também pelo Museu de Arte do Rio (MAR). As obras que estarão expostas na capital mineira vieram do The Frank Musem of Art, nos Estados Unidos e são inéditas no Brasil. Em setembro ela segue para uma mostra em Harvard, sempre com essa temática do feminismo negro.

“A dotART vai celebrar as questões do feminino e suas novas nuances do feminismo trazendo Rosana Paulino, uma artista que tem uma trajetória internacionalmente conhecida com suas ações focadas nas questões da mulher e da mulher negra perante a sociedade brasileira. Fazendo um contraponto com Maria Fernanda Lucena, artista que busca uma memória do futuro, no qual o que ela desenvolve nessas histórias contadas em suas pinturas não, realmente, interessa, e sim, o que se tornará a partir da realização de sua obra”, comenta Wilson Lazaro, diretor artístico da galeria.

Sobre as exposições

Em “Histórias Revisitadas”, na galeria 1, a paulista Rosana Paulino mostra que, muitas vezes, é preciso olhar o passado ancestral para construir o futuro. Sua obra ultrapassou regras e transborda em pesquisa que concretiza a criação repleta de história revisitada. Essa busca por identidade pode se dar a partir de elementos pessoais da artista, embora sua força representativa se realize no coletivo.

“Essas histórias contadas em pedaços fazem transparecer o ‘eu’ na criação, porém não se apresentam como relato, mas como campo de inserção de leitura, como espaços para a compreensão do outro, como o ato de escrever uma história sem lhe convir. O que permanece são apenas as pausas – para a artista, o momento mais importante da leitura da sua obra – e seus pensamentos políticos e pensamentos de acolhimento. Rosana Paulino é verdadeira artista nesse momento tão delicado por que passamos”, afirma Lazaro.

Já Maria Fernanda Lucena pensou “Intermédios”, exposta na galeria 2, especialmente para sua primeira individual fora do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e trabalha. Seu trabalho é marcado pela memória, afeto e passagem do tempo. As narrativas propostas m suas obras refletem realidade e ficção ao apresentar um alguém, um lugar, um objeto e ela mesma.

“Para esta exposição busquei juntar pessoas e objetos de tempos e lugares distintos em uma só imagem, promovendo encontros inusitados. Como, por exemplo, o trabalho ‘Casa Amarela’ que retrata Luzinete nos anos 70, em um bairro de Recife ao lado de Sofia, em um jardim na Toscana em 2018. Para mim, a memória é como uma ilha de edição, onde fragmentos de imagens se juntam para formar um só bloco, no qual encontros, inevitavelmente, acontecem”, comenta a artista.

Foto: Divulgação

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