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Exposição Devastação retrata o silenciosa diálogo entre mães e filhas por meio de fotografias

Fotógrafa mineira, contemplada pelo Prêmio ‘Funarte Mulheres nas Artes Visuais’, expõe na AM Galeria

Mãe e filha são convidadas a sentar-se de frente a um espelho e permanecerem em silêncio. O tempo que se segue, de uma duração variável, destina-se a um momento íntimo entre as duas, enquanto a artista, atrás do espelho e sem ser vista, fotografa a troca de olhares entre elas. O resultado dessa experiência, registrado pela artista Paula Huven, compõe a exposição Devastação que poderá ser conferida na AM Galeria de Arte de 17 de maio a 07 de junho, com entrada gratuita.

 

Para constituir o projeto, contemplado pelo Prêmio Funarte “Mulheres nas Artes Visuais 2013”,  Paula Huven fez uso da fotografia enquanto dispositivo capaz de suscitar encontros, tornando a imagem o próprio lugar da experiência. “A artista consegue registrar as singularidades das relações entre mães e filhas a partir da experiência que ela propõe. As fotografias carregam consigo a subjetividade, e conseguem registrar desde a intensa sintonia até o estranhamento entre elas.”, afirma Emmanuelle Grossi, diretora artística da AM Galeria de Arte.

 

A artista destaca que o título da exposição vem da relação entre uma mulher e sua mãe e remete ao conceito lacaniano de “devastação”, segundo o qual a mãe situa-se como o outro íntimo e estrangeiro, do qual é preciso se separar para determinar-se como sujeito. A devastação é a difícil trama que impossibilita a filha de se separar da mãe para constituir-se como mulher.

 

No dia 28 de maio, a AM Galeria de Arte promove um bate-papo com a artista, às 19h, para quem quiser saber mais detalhes sobre a concepção do projeto. A entrada também é gratuita.

 

Sobre a artista

Paula Huven nasceu em Belo Horizonte, em 1982. Formada em Comunicação pela PUC Minas; Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, com formação livre pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi assistente do fotógrafo e artista Miguel Rio Branco entre 2008 e 2010; atua desde 2006 como fotógrafafreelancer para os principais jornais impressos do país e, atualmente, tem se dedicado à docência no campo da fotografia e artes visuais em cursos livres e de graduação ( FUMEC e UEMG). Realizou a exposição individual  o que nos une, o que nos separa, na Galeria Ibeu (2013, Rio de Janeiro) e participou de coletivas na Galeria A Gentil Carioca (Abre Alas 8, 2012, RJ), no OI Futuro Flamengo (2011, RJ), no 4º Festival de Fotografia de Tiradentes (2014, MG); no Parque Lage ( 2008 e 2013 , RJ); no Palácio das Artes (2008, BH), entre outros.

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