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Filarmônica de Minas Gerais grava obras de D. Pedro I e faz apresentação especial na Sala Minas Gerais

Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra divide o palco com solistas e coro convidados

No dia 27 de maio, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais celebra o bicentenário da Independência do Brasil e realiza um concerto especial para o público com obras de D. Pedro I, após a semana de gravações desse repertório para o selo internacional Naxos, em parceria com o Itamaraty. Nesta gravação, assim como no concerto especial, será registrado seu Credo e Te Deum, com a participação de um quarteto de solistas vocais de destaque no cenário nacional – a soprano Carla Cottini, a mezzo-soprano Luisa Francesconi, o tenor Cleyton Pulzi e o baixo-barítono Licio Bruno – e a colaboração do coral Concentus Musicum de Belo Horizonte (grupo dirigido por Iara Fricke Matte), além do Hino da Independência e uma Abertura com o mesmo nome. A regência do concerto é do maestro Fabio Mechetti. Os ingressos, a R$30 (R$15 meia-entrada), já estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

Segundo o maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, “muito se fará para celebrar os 200 anos da Independência do Brasil. Mas, talvez, uma das ações menos esperadas e até surpreendentes será o projeto da Filarmônica de Minas Gerais, em parceria com o Itamaraty e o selo internacional Naxos, de gravação das obras de D. Pedro I”. Mechetti explica que “os relatos históricos da vida de D. Pedro I, na corte e fora dela, incluem, até com certa constância e importância, participações de nosso primeiro imperador em eventos musicais, como instrumentista e como compositor. Além do Hino da Independência (poucos sabem que esta música é de sua autoria!), D. Pedro escreveu várias outras obras, a maioria de cunho religioso. Além do valor histórico que isso representa, poderemos constatar a sensibilidade musical que um de nossos primeiros líderes políticos possuía e o valor que dava à cultura. Por isso, convido todos a comparecerem ao nosso concerto do dia 27 de maio, na Sala Minas Gerais, e aproveitarem essa singular oportunidade de descobrir algo novo escrito por uma das figuras mais importantes de nossa história”.

O álbum resultante dessa gravação será o primeiro na história integralmente dedicado a obras de D. Pedro I. Da mesma forma, um concerto com repertório exclusivamente da autoria do imperador também é inédito. Dentre as obras, o Te Deum terá a sua primeira gravação mundial.

De acordo com o decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (nº 17.943), publicado no dia 28 de abril de 2022, com orientações sobre a prevenção da covid-19 em ambientes fechados, o uso de máscara é opcional na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Banco Mercantil do Brasil e conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; e na Dinamarca, a Filarmônica de Odense.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Em 2022, fez sua estreia com a Orquestra Filarmônica do Teatro Colón, em Buenos Aires, e pela primeira vez vai reger a Orquestra Sinfônica da Colômbia, em Bogotá.

Carla Cottini, soprano

Revelação do canto lírico brasileiro, Carla Cottini interpreta papéis protagonistas em óperas de Mozart, Donizetti, Puccini, Massenet, Humperdinck, R. Strauss entre outros, em importantes casas de ópera como Palau de la Música de Valencia, Teatro Regio di Parma, Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Sociale di Rovigo e Teatro São Pedro. Cantou sob a batuta de regentes como Rinaldo Alessandrini, Isaac Karabitchevsky, Silvio Viegas, Luis Fernando Malheiro, Alexander Liebreich, Alain Guingal, Fabrizio Maria Carminati, Fabio Mechetti, Carlos Prazeres e Marcelo Lehninger. Trabalhou com importantes diretores cênicos como Píer Francesco Maestrini, Stefano Poda, Jorge Takla, Francesco Belloto, Livia Sabag, Alfonso Antoniozzi, Mauro Wrona. Compromissos recentes incluem seu début como Adina em L’Elisir d’Amore, Gilda em Rigoletto e Eurídice em Orfeu e Eurídice, de Gluck. Em 2022, fará o seu début como Giulietta em I Capuleti e i Montecchi em São Paulo.

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Luisa Francesconi começou seus estudos em Brasília e aperfeiçoou-se com Rita Patané em Milão. Ela se apresenta frequentemente em palcos europeus, como os teatros italianos Regio de Turim, Massimo, em Palermo, Massimo Bellini, na Catânia, Teatro Argentina, em Roma, bem como a Ópera de Maribor (Eslovênia) e o Teatro São Carlos, em Lisboa (Portugal). Nas Américas, a mezzo-soprano já atuou em Buenos Aires, no Teatro Coliseo, no Auditorio del Sodre, em Montevidéu, no Palácio de Bellas Artes no México e em inúmeros teatros e salas de concerto brasileiros. Já interpretou mais de cinquenta personagens de ópera, dentre os quais se destacam Carmem de Bizet, Cinderela, Rosina (O barbeiro de Sevilha) e Isabella (Uma Italiana na Algéria) de Rossini, além de montagens de Mozart, Gluck, Sacchini, Bellini, Massenet, Berlioz, R. Strauss, Bernstein e J. G. Ripper. Em 2018 foi eleita a melhor cantora lírica do ano por dois sites especializados em música clássica, por sua interpretação de Octavian em O cavaleiro da rosa de R. Strauss e Varvara em Kátia Kabanová de Janácek. Compromissos futuros incluem apresentações nas principais salas de concerto e ópera do país, como o Theatro Municipal de São Paulo, o Theatro São Pedro e a Sala Minas Gerais.

Cleyton Pulzi, tenor

O tenor brasileiro Cleyton Pulzi é reconhecido pela sua musicalidade e nobreza de timbre. Performances recentes incluem Alfred em O Morcego de R. Strauss sob regência de Roberto Minczuk; Basílio em As bodas de Fígaro no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; seu début nos Estados Unidos com a companhia Omaha Opera e como Rodolfo em La Bohème, sob regência de Michael Palmer. Trabalhou com o renomado maestro italiano Leonardo Vordoni e cantou no concerto pelos 100 anos de Anton Coppola na Opera Tampa, regido pelo próprio maestro. Com a Osesp, apresentou e gravou a Nona Sinfonia de Beethoven regida por Roberto Tibiriçá na Sala São Paulo. Entre outros palcos, cantou nos teatros São Pedro, Pedro II e Rialto, EUA, e nos festivais Amazonas de Ópera, International Opera Americas e Montefeltro de Opera, Itália. Interpretou Principe Ramiro, Parsifal, Arturo, Tamino, Bastien, Rei Gaspar, Rinuccio, o Empresário, Reverendo Parris e Conde Almaviva, entre outros papéis. Foi solista no Stabat Mater de Dvorák sob regência de Claudio Cruz. Conquistou o 1° lugar no Concurso Internacional Bauru-Atlanta Competition 2010. Graduou-se na Universidade de São Paulo e é Mestre pela Georgia State University, EUA.

Licio Bruno, baixo-barítono

Baixo-barítono, Licio Bruno é detentor do Prêmio Carlos Gomes 2004 e um dos mais celebrados artistas brasileiros da atualidade. Bacharel em Canto e Mestre em Performance, aperfeiçoou-se na Franz Liszt Academy of Music e na Ópera de Budapeste, sendo depois membro da casa e artista convidado. É professor e pesquisador e desenvolve programas de formação de jovens cantores. Com apresentações no Brasil, Europa, América Latina e Oriente, Licio Bruno atua junto às principais orquestras e teatros de nosso país e conquistou dez primeiros prêmios em concursos de canto nacionais e internacionais. Interpretou mais de 80 papéis em óperas de diferentes autores e estilos, sendo, até hoje, o único cantor brasileiro a ter interpretado Wotan/Wanderer, do ciclo integral wagneriano O anel do Nibelungo. Gravou, com a pianista Cláudia Marques, CD com canções de Villani-Côrtes e, com a pianista Sonia Rubinsky, o ciclo de Serestas de Villa-Lobos. Em 2022, reapresenta, no papel-título, a ópera O caixeiro da taverna, de Guilherme Bernstein, e é diretor de cena na estreia mundial da ópera infanto-juvenil Serafim e o lugar onde não se morre, do mesmo autor, com o Ensemble do Coletivo das Artes.

Concentus Musicum de Belo Horizonte

O Concentus Musicum de Belo Horizonte estreou em 2016 junto à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais na apresentação do Réquiem de Mozart, o que deu início a uma frutífera parceria com participações nas temporadas 2017, 2018 e 2019. Idealizado pela regente Iara Fricke Matte, é um grupo vocal e/ou instrumental misto formado por profissionais altamente qualificados – unidos pelo objetivo de contribuir para a difusão da música erudita em uma perspectiva historicamente embasada – que se dedica à interpretação obras consagradas e inéditas dos períodos Barroco, Clássico e do Renascimento, bem como de um seleto repertório contemporâneo. O foco do seu trabalho de interpretação está na compreensão do discurso musical e sua relação com o texto poético, a sonoridade, a articulação e rítmica das palavras, e também com o contexto histórico das obras. Alguns de seus projetos incluem a montagem de peças de J. S. Bach, de seu contemporâneo Jan Dismas Zelenka e de compositores brasileiros coloniais, além de obras instrumentais do século XVIII e início do século XIX e, por fim, obras para coro e órgão de tubos de compositores modernos e contemporâneos.

Iara Fricke Matte, regente do coro

Regente coral e orquestral, Iara Fricke Matte dedica-se ao estudo e à apresentação de obras dos períodos Barroco, Renascimento e Contemporâneo, com ênfase na performance historicamente embasada e na sua afinidade com a música de J. S. Bach. Professora de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é Pós-doutora em Regência pela University of Southern California; Doutora e Mestre em Regência Coral pelas universidades de Indiana e de Minnesota (EUA), com especialização em Música Antiga e História da Música. Durante seu período como regente titular e diretora artística do Ars Nova – Coral da UFMG, o coro realizou concertos no Brasil e no exterior e venceu o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Dirige a Série Fermata, da UFMG. Foi diretora artística da Semana de Música Antiga da UFMG (segunda e terceira edições) e coordenadora geral da quarta edição do Festival Internacional de Música Antiga. Em 2016, idealizou o Concentus Musicum de Belo Horizonte. Em 2019, assumiu a regência e direção artística da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG.

Concerto especial – 200 anos da Independência do Brasil

27 de maio – 20h30

Sala Minas Gerais

Programa

D. Pedro I Abertura para a Independência do Brasil
D. Pedro I Hino da Independência
D. Pedro I Credo in unum Deum
D. Pedro I Te Deum laudamus

Fabio Mechetti, regente
Carla Cottini, soprano
Luisa Francesconi, mezzo-soprano
Cleyton Pulzi, tenor
Licio Bruno, baixo-barítono
Concentus Musicum de Belo Horizonte, coro
Iara Fricke Matte, regente do coro

INGRESSOS:

R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Cartões e vale aceitos:

Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.

Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.

Sobre a Orquestra

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty, foi indicado ao Grammy Latino 2020. A premiação dada pela Revista Concerto teve como tema “Reinvenção na Pandemia” e destacou as transmissões ao vivo de concertos realizadas pela Filarmônica em 2020, em sua Maratona Beethoven, e ações educacionais como a Academia Virtual.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto. Além disso, desde 2008, várias cidades receberam a Orquestra, de Norte a Sul, passando também pelas regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.

A Orquestra possui 9 álbuns gravados, entre eles dois que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty, com obras dos compositores brasileiros Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, em Belo Horizonte, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina. A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto: Rafael-Motta

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