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2ª edição do JUNTA – Bazar de Arte Independente traz obras de 30 expressivos artistas mineiros a preço de feira

Realizado por Comum, Thiago Alvim, Baba Jung e Binho Barreto, bazar acontece nos dias 10 e 11 de junho, em BH, com pinturas, gravuras, desenhos e esculturas

Circular trabalhos autorais de artes visuais produzidos em Belo Horizonte, a preços acessíveis, estreitando a ponte entre as galerias e a cultura que pulsa na cidade. Esses são alguns dos objetivos do JUNTA – Bazar de Arte Independente, que realiza sua segunda edição nos dias 10 e 11 de junho, sábado e domingo, no bairro Bonfim. Realizado pelos artistas Comum, Thiago Alvim, Baba Jung e Binho Barreto, o evento contará com obras assinadas por 30 mineiros ou residentes em BH. São pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e fotografias que partem do valor de R$ 50, transitando entre R$ 200, R$400 e R$ 1.000.

A iniciativa surgiu no ano passado, quando os quatro artistas perceberam a necessidade de circular arte autoral e local entre quem não pode fazer investimentos muito altos. “A proposta era ter um ambiente descontraído, onde o público não ficasse intimidado ao fazer suas escolhas, pudesse olhar os preços e interagir com os artistas. Possuíamos, também, um desejo muito forte de formação de público para artistas com perfis como os nossos. Artistas que não estavam dentro do tradicional circuito de arte, mas que possuíam uma produção consistente artística e comercialmente”, conta Comum.

A primeira edição, que teve nomes como Desali, Raldolpho Lamounier, Dalata e Hyper, entre outros 29 artistas, surpreendeu completamente. O público e as vendas superaram as expectativas e os retornos foram extremamente positivos. “Partimos do princípio de criar uma rotatividade em relação à edição anterior, repetindo poucos nomes. A escolha se deu pela qualidade dos trabalhos, afinidade dos artistas com a proposta do bazar e a diversidade. Pensamos muito no conjunto da composição do bazar. Queríamos conseguir atender a vários gostos e públicos e evitar a repetição”, explica Thiago Alvim.

A segunda edição do JUNTA contempla os mais diferentes estilos e técnicas, além de artistas com trajetórias e olhares variados como Eduardo Fonseca, Eduardo Recife, Rodrigo Mogiz e Bolinho. “Gostamos de convidar artistas que tradicionalmente não estão presentes nos circuitos de museus e galerias, que trafegam por outros circuitos: rua, quadrinhos, tatuagem, design, ilustração”, afirma Baba Jung. “O ideal é que essas diferenças sumam no conjunto da montagem e que expressões mais presentes no circuito das artes estejam lado a lado com outras vertentes”, completa.

A equipe destaca que apesar da abertura e da despretensão o bazar tem como linha-guia o cuidado com a expressão, os conceitos e as propostas dos artistas escolhidos. “Fazemos giros muito amplos em busca desses atributos. Eles podem estar nas escolas de arte, nas galerias, nas ruas, nos escritórios de design, na arte popular ou em qualquer lugar. Estamos abertos a tudo que tenha força, frescor e verdade, seja dos mais variados percursos”, defende Binho Barreto.

Os organizadores ressaltam que a intenção do evento não é desafiar o mercado, mas criar pontes entre os focos de produção e os espaços tradicionais de arte. “Reconhecemos a importância das galerias, mas entendemos que há um gap em que de um lado um enorme público em potencial não se sente à vontade nestes espaços e, de outro, muitos artistas de qualidade não querem ou não conseguem expor seus trabalhos ali. É aí que pretendemos atuar”, explica Thiago Alvim. “Essa aproximação já está presente na cultura contemporânea. Há uma característica de hibridismo e de multiplicidade que é visível na nossa sociedade. Muitos dos artistas que participam do bazar, incluindo nós mesmos, trafegam entre esses dois universos sem viverem transições muito bruscas”, sublinha.

Comum pontua, ainda, pelos preços serem acessíveis, é possível encontrar verdadeiras pérolas, além de muita variedade. “Aparecem trabalhos de muita qualidade e que podem ser grandes achados, se comparados com os seus preços usuais. O interessante é que nosso leque de opções vai além dos suportes tradicionais. É possível encontrar também camisetas, livros e outros produtos mais baratos, derivados dos trabalhos dos artistas”, afirma, lembrando a real vocação do JUNTA. “Temos empatia por quem vem buscando mais espaços para se expressar e viver da sua produção. Sabemos das dificuldades e desafios. Buscamos ativar a cena local, fomentando a produção e o consumo da arte independente”, finaliza.

Artistas participantes

Binho Barreto, Baba Jung, Desali, Sara Não Tem Nome, Priscila Amoni, Dinho Bento, Gabriela Brasileiro, Jônatas Campos, Comum, Noemi Assumpção, Denis Leroy, Bernardo Sek, Leonora Weissmann, Gustavo Maia, Eduardo Recife, Eduardo Fonseca, 4e25, João Maciel, Thiago Alvim, Tatiana Calvinato, Renato Negrão, Juliana Gontijo, Clara Valente, Alexandre Rato, Bolinho, Rodrigo Mogiz, Estandelau, Dias, Jade Liz, Talita Moreau

Foto: Divulgação

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