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Luiz Pêgo exibe mostra “Memórias de Belo Horizonte” no Coren-MG

As obras do artista ficarão em exposição no Centro de Documentação e Memória (CDM) no mês de junho. Na mostra, são retratados lugares que deram origem à cidade

Como se sabe, a cidade de Belo Horizonte nasceu de um amplo projeto, sob a égide positivista de ordenação e higiene, para inaugurar novos tempos nos fins do século XIX.  Com um traçado geométrico e regular, a cidade ganhou contornos urbanos, saneamento, transporte, comércio, grandes corredores para circulação, edifícios públicos e até um projeto eólico, para se tornar a nova capital de Minas Gerais. Diferentemente de outras cidades, sua construção se impôs e transformou a geografia local, o pequeno arraial de Curral del Rei.

Construída pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, a cidade adentra o século XX ganhando aplausos em todo o território nacional. Seu projeto impressionava, sobretudo, por inaugurar uma nova era, símbolo concreto da modernidade, bem ao gosto da época. O núcleo de escritores modernistas da cidade, que desde 1921 reunia-se nos lugares da boemia intelectual da cidade, era formado por Abgar Renault, Alberto Campos, Carlos Drummond de Andrade, Cyro dos Anjos, Emílio Moura, João Alphonsus, Mário Casasanta, Martins de Almeida e Pedro Nava.

Esse grupo, quase todo formado por jovens e estudantes, elegeu para seus encontros e debates certos pontos da cidade – como o Bar do Ponto, a Livraria Alves, o Café Estrela, enfim, a Rua da Bahia – que fariam história, tornando-se referência para as futuras gerações de poetas, além de matéria suntuosa para os romances de Pedro Nava, Cyro dos Anjos, Fernando Sabino e Humberto Werneck.

As obras retratam esses lugares de Belo Horizonte, como também o Viaduto Santa Tereza,  construído em 1929, projetado pelo engenheiro Emílio Baumgart, foi um destaque entre os profissionais das estruturas de concreto armado no Brasil. O arrojado viaduto, imortalizado também em “Encontro Marcado”, obra do escritor mineiro Fernando Sabino, passada nas ruas da capital mineira, cumpre também o papel de portal para o bairro que lhe deu o nome: Santa Tereza. A Igrejinha da Pampulha,  projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi considerada uma grande inovação arquitetônica. Seu interior abriga a Via-Sacra, composta por quatorze painéis de Cândido Portinari. Os jardins são assinados por Burle Marx e os baixos-relevos em bronze foram esculpidos por Alfredo Ceschiatti. Além de ser uma das imagens mais representativas da religiosidade do povo mineiro, a Igrejinha da Pampulha é também um dos mais conhecidos cartões postais de Belo Horizonte, uma obra-prima do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que recentemente recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. A Praça Sete de Setembroé a praça mais movimentada da cidade de Belo Horizonte, marco zero do seu hipercentro. Está localizada no cruzamento de duas grandes avenidas – a Afonso Pena e a Amazonas – e é entrecortada pelas ruas Rio de Janeiro e Carijós. Ostenta em seu centro um obelisco doado pelo povo da vizinha Capela Nova do Betim, hoje município deBetim, aos habitantes da capital mineira, por ocasião da comemoração do Centenário da Independência do Brasil, em7 de setembro de 1822.

Ficou curioso para apreciar Belo Horizonte pelo olhar do artista? Então venha ao Coren-MG, entre os dias 1º e 30 de junho de 2017, na rua da Bahia, nº. 916, no 4º andar, no Centro de Belo Horizonte. Horário de funcionamento de 8 às 18h, de segunda a sexta-feira.

Foto: Divulgação

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