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Para contradizer o ditado popular de que "santo de casa não faz milagre", Daniel Tavares teve que buscar fora do país atenção para o seus trabalhos.Já morou em Portugal e Itália, participando de exposições como a Oitava Biennale D’Arte Contemporânea Torre Strozzi e da Genovart - Seconda Biennale D’Arte Contemponarea. Em curta passagem pelo Brasil, o artista expõe na Urban Arts Belo Horizonte, de 04 de junho a 05 de julho a série "Vermelho", composta por 20 desenhos exclusivos em papel canson e 4 telas à óleo.

Sem medo de correr riscos, Daniel aventura-se entre técnicas e suportes. A linearidade do seu processo se dá no uso de cores vibrantes,  traços que flertam com o cubismo e a indagação por temas de debate social. São, antes de tudo, questionamentos seus, uma busca pela denúncia por meio da visceralidade do elemento imagético.

Sobre a série em exposição, que estará disponível para compra, o artista levanta o aspecto da importância do desenho no exterior. "Dependendo do artista, os desenhos têm maior valor do que os quadros propriamente ditos. No Brasil ainda não há essa cultura, mas vejo uma mudança desse panorama a longo prazo", explica.

A proprietária da galeria Urban Arts Belo Horizonte, Georgia Lavorato, contente em receber as obras de Daniel, reafirma a vocação do espaço para abrigar trabalhos de nomes conhecidos ou em ascensão."Temos essa característica que vem desde a mecânica da franquia, que destina um espaço para cadastro de artistas. Realizamos também exposições com artistas locais como o DMS, Ataíde Miranda e, agora, Daniel Tavares.