Notícias

Após esgotar os ingressos para o "Fim do Mundo" o grupo apresenta nova edição do Babylon Cabaré, performance de teatro político que se iniciou em 2017 no casarão ocupado que deu origem ao Espaço Comum Luiz Estrela.

     Com severas críticas às políticas implementadas pelo Governo Federal, às suas estratégias de relações internacionais e aos valores propagados pelos discursos dos seus representantes, o espetáculo apresenta esquetes performáticas recheadas de sátira, deboche e humor. Brasilidades são colocadas em confronto e o público é convidado a reflexões sobre a humanidade enquanto se diverte no espetáculo e nos intervalos com festa e DJ.

     O grupo surgiu junto ao processo de ocupação artística de um casarão histórico localizado no bairro Santa Efigênia, abandonado pelo poder público por 19 anos e reativado em 2013 por ativistas da cidade.

     A trupe Estrela apresentou seu primeiro Babylon Cabaret em 2017 no Espaço Comum Luiz Estrela, durante o Escombros da Babilônia, um espetáculo que envolveu um elenco de 80 pessoas, a rua, o casarão e o pátio interno que se transformou em um grande cabaré. Influenciados pelo momento político atual do país e os questionamentos ao governo provenientes das comunidades LGBTs, da classe cultural, movimentos de mulheres e outros, nesse ano remontam o Babylon Cabaret na Central em espetáculo retratando "o fim do mundo" como uma oportunidade de recomeço, recheado de performances de dança, circo e canções envolvendo crítica, humor e sarcasmo.

Espaço Comum Luiz Estrela              

     Em 26 de outubro de 2013, um grupo de artistas e ativistas de Belo Horizonte ocupou um casarão histórico tombado pelo Patrimônio Público, de propriedade do governo estadual, abandonado havia 19 anos. Construído em 1914, as paredes da edificação abrigam parte da história da loucura e do combate aos manicômios em Minas Gerais. A abertura do emblemático casarão, um marco para a cidade, dava início ao Espaço Comum Luiz Estrela, criado com o objetivo não apenas de salvar o imóvel tombado da total deterioração, mas também de transformá-lo em um espaço livre de formação artística, aberto e autogestionado.

     Em 16 de dezembro de 2013, o Estado formalizou a cessão de uso do casarão para a sociedade civil por um período de 20 anos. Pela primeira vez na história brasileira, um grupo de cidadãs e cidadãos comuns conquistou o direito, reconhecido pelas leis nacionais e pelo Estado, de restaurar, ocupar e gerir um prédio público com base no princípio da autogestão, da comunicação não violenta, do combate ao machismo e ao racismo, da ampla e irrestrita participação democrática. O Espaço Comum Luiz Estrela organiza-se a partir dos eixos: Estruturação e Autogestão; Arte, Cultura e Educação; Patrimônio Cultural e Memória; incluindo os seguintes núcleos: Patrimônio e Memória, História, Teatro, Audiovisual, Infracultura, Música, Antimanicomial, Autogestão, Legal, Comunicação, Programação.

FICHA TÉCNICA:
Direção: Dagmar Bedê e Michelle Sá
Elenco: Luciana Lanza, Edmundo Veloso Caetano, Pedro C., Carol Mezanto, Luscas Gonçalves, André de Paula,  Danilo Mata, Matheus Gepeto, Manu Pessoa, Joviano Mayer, Yasmine Rodrigues

Convidades: Pink Blocks
Preparação vocal: Amanda Coimbra
Seleção de trilha sonora: Trupe Estrela
Edição de Som, Técnico de Som e DJ: Fabrício Lins
Cenário e Figurino: Clarice Rena e Jordana Ferreira

Assistência de cenário e figurino: Aniah Braga, Yasmine Rodrigues e alunos do curso de Figurino Cênico do CICALT - Clarisse Rosa, Couthynuo, Jade Elbe, Jeferson Silveira, Nicolle Dominique,Rerevieira, Sâmela Simões, Tay Dias, Yara Oliveira.

Maquiagem: Maria Antônia Salvo
Coordenação de Produção: Gabriel Murilo
Assistência de Produção: Yasmine Rodrigues
Comunicação: Matheus Gepeto

Foto: Flávio Charchar