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O Núcleo FAC oferece oficina de crítica teatral on-line para artistas, estudantes e pesquisadores

No dia 15 de junho (segunda), a pesquisadora, curadora e crítica teatral, Daniele Avila Small (RJ), iniciará o curso via zoom, com o objetivo de refletir sobre a crítica como escrita criativa, realizada por artistas da cena. Inscrições estão abertas.

O Núcleo de Estudos Fotografia Arte e Cultura - criado em 2017 pelos fotógrafos Guto Muniz, Madu Dorella e Beto Eterovick para a difusão das artes da imagem, em tempos de pandemia, amplia seus horizontes para as artes da cena. Neste sentido, a primeira oficina “Crítica de Artista | Crítica de Arquivo” será ministrada pela pesquisadora em artes cênicas, jornalista e crítica teatral, fundadora da revista eletrônica Questão de Crítica (2008), Daniele Avila Small (RJ). As aulas on-line terão início na próxima segunda-feira, 15 de junho. Mais informações sobre inscrição e valores no site: www.nucleofac.com.br.

Segundo a pesquisadora, a proposta do curso é estimular a produção de textos reflexivos sobre as artes cênicas na contemporaneidade, a partir de registros de espetáculos filmados. “Acho importante que artistas assumam essa voz, peguem a palavra, com um pensamento crítico sobre o teatro, não só do próprio trabalho, mas também sobre as produções de seus contemporâneos, sobre o teatro de sua época”, explica.

A oficina terá seis encontros, às segundas e quintas, entre 15h30 e 17h, nos dias 15, 18, 22, 25, 29 de junho e 2 de julho. As aulas acontecerão via plataforma zoom no seguinte formato: aula expositiva com os conteúdos propostos, seguida de tempo para o debate e interação entre os participantes. O curso é direcionado para artistas, estudantes, pesquisadores de artes cênicas e interessados no assunto que tenham experiência na lida com o teatro, a dança ou a arte da performance. Após o término, cada participante é convidado a produzir um texto crítico a partir dos registros audiovisuais de um ou mais espetáculos, e terá o feedback da ministrante.

Em função do isolamento social, a oficina foi elaborada a partir de textos teóricos e de arquivos de teatro disponíveis na web. “A ideia é que a gente consiga olhar para o teatro de outra maneira. Muita gente tem preconceito de ter a experiência de assistir a uma peça de teatro por vídeo. O registro permite que a gente reveja ou tenha acesso, ainda que parcial, a algo que talvez não pudesse ver ao vivo”.

A oficina surgiu de uma demanda do Circolando de Portugal para integrar a programação on-line da companhia durante o isolamento. “Tive que ser bem criativa”. Para Daniele, devido ao formato e a proposta teórica, “entendo que é uma oficina que vou continuar a desenvolver mesmo depois da pandemia. Trabalho com muitas pessoas fora do Rio, então estou acostumada com a interação pela internet. É bacana ter pessoas de diversos países na oficina”, acrescenta.

DANIELE AVILA SMALL

Daniele Avila Small (Rio de Janeiro, 1976) é Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO, Mestra em História Social da Cultura pela PUC-Rio e Bacharel em Teoria do Teatro pela UNIRIO. É autora do livro O crítico ignorante – uma negociação teórica meio complicada (Editora 7Letras, 2015). Foi diretora artística do Teatro Gláucio Gill em 2011 e 2012 com Felipe Vidal na Ocupação Complexo Duplo, projeto indicado aos Prêmios Shell e APTR. É idealizadora e editora da revista Questão de Crítica (www.questaodecritica.com.br). Foi curadora dos Olhares Críticos, eixo reflexivo da MITsp entre 2018 e 2020. Em 2017, dirigiu Há mais futuro que passado – um documentário de ficção, que segue em circulação e teve o texto publicado pela Editora Javali. Em 2018, integrou as equipes de curadoria do FIT BH 2018 – Festival Internacional de Teatro de Palco & Rua de Belo Horizonte, da 6ª edição da Janela de Dramaturgia (CCBB-BH) e da seleção local do FIAC – Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia.

NÚCLEO FAC

O Núcleo de Estudos Fotografia Arte e Cultura surgiu em 2017 com o objetivo principal de fomentar a discussão sobre o pensamento e o fazer fotográfico e suas inter-relações com as demais artes e a cultura em geral.

Em seus primeiros dois anos, o Núcleo ofereceu 12 diferentes cursos, tendo à frente dos mesmos importantes nomes da fotografia mineira e brasileira. Em 2019 inaugurou a sua sede no Bairro São Bento, em Belo Horizonte. Nesse local passou a oferecer dezenas de diferentes cursos nos turnos da manhã, tarde, noite e finais de semana. Indo além de uma simples escola de fotografia, o FAC busca tornar-se um espaço cultural de constante diálogo entre as diversas manifestações artísticas. Para tal, promove feiras, happy hours, exposições e diversos outros eventos abertos à comunidade.

Foto: Divulgação

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