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O Coletivo OHM e seu Projeto Nujazz no Parque trazem o DJ Marky, um dos maiores nomes do Drumnbass mundial

Programação promove a divulgação do jazz em suas mais variadas vertentes – 23 de junho no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado

O jazz é essencialmente música popular, democrática, nascida da diáspora negra norte-americana e, além das suas próprias variações (Bebop, Latin Jazz, Fusion e Freejazz, entre outros), o ritmo está presente em vários estilos como a Bossa Nova, Clube da Esquina, o Hip Hop, o House Music, o R&B, o Funk e o Soul. A ideia de que jazz seja uma música pouco acessível ou feita para as camadas privilegiadas socialmente “não se sustenta”, conforme afirma o DJ e pesquisador Leo Olivera, tanto por sua origem na cultura de matriz africana, quanto por sua influência em sonoridades tão populares como as citadas. Foi a partir desse debate que o Coletivo OHMformado pelos DJs Leo Olivera, Rafael Roots, Anthony, Leo Mille concebeu o projeto Nujazz no Parque. A proposta, conforme explica Leo Olivera, é aproximar o jazz de uma parcela do público que ainda o desconhece, ou não percebe o quanto ele está presente nas mais diversas culturas musicais. O projeto começou em 2018 e é realizado mensalmente, sempre no terceiro domingo, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado (Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 - Itapoã).

A próxima edição acontece no dia 23 de junho, de junho das 13h às 17h e traz o DJ Marky, brasileiro reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes nomes do mundo da cena Drumnbass, com um histórico de atuação em metrópoles como Londres, Paris, Tóquio e São Paulo. Também integram a programação os anfitriões DJs Leo Olivera, Rafael Roots, Anthony, Leo Mille. A entrada é gratuita.

DJs em destaque

Toda a programação do Nujazz no Parque é composta, principalmente, por DJs que trazem variações jazzísticas em seus repertórios e/ ou produções, e a escolha se dá pela possibilidade de mostrar a interface dessa música com as produções contemporâneas mais conectadas ao uso de recursos como o sampler e equipamentos eletrônicos além do fato de os DJs serem historicamente os grandes difusores da música moderna. Conforme explica Leo Olivera: “o Nujazz representa na verdade, um grupo de sub-gêneros de músicas influenciadas pelos estilos clássicos do Jazz, porém com fortíssimo caráter experimental, pautado pelo uso de tecnologias de produção eletrônica.Com isso temos estilos como o Nujazz Fusion, o Nujazz, House, o Nujazz Brazil, o Nujazz Lounge, o AcidHop Jazz, o Acid Jazz, o Nu Afrojazz, o ElectroSwing, entre outros”, conclui

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura.

Nujazz no Parque

No Jazz, música feita em ato e improviso, a influência da plateia é fundamental e instaura uma situação onde a criatividade do músico tem campo aberto para se expandir. “Queremos que a influência da experiência do duo DJ + Jazzmen instaure uma situação de empatia onde a curiosidade do ouvinte também tenha campo aberto para se expandir. Começamos na rua, nas praças e em 2018 chegamos aos parques. Isso ficou marcado pelo projeto Nujazz no Parque, lançado em janeiro de 2018, em uma parceria com o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, situado no Bairro Planalto, Belo Horizonte”, conta o DJ Leo Olivera. Ele enfatiza ainda o quanto foi gratificante a aceitação do público e como o projeto ganhou continuação em uma segunda temporada, dessa vez aprovado para 2019 pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

A escolha pelos parques visa a ampliação e diversificação do público. Todos podem ir aos parques. As apresentações aconteceram durante todo ano, sempre aos terceiros domingos do mês, contando com DJs, instrumentistas e grupos musicais.

Sobre o DJ Marky

Com mais de 20 anos de carreira internacional, DJ Marky elevou a arte de discotecar e produzir músicas a um outro nível.

O brasileiro se destacou no final dos anos 90, logo quando o Jungle começou a ganhar espaço na cena club. Com uma base constituída principalmente de Hip Hop, Funk, Techno e uma residência em São Paulo, o movimento Jungle chamou sua atenção e logo se tornou uma verdadeira paixão.

A grande surpresa veio quando o movimento viajou pelo Brasil e o DJ Marky foi reconhecido por uma lenda da cena, Bryan G. Uma faixa foi tudo que precisou para abrir caminho para uma tour no Reino Unido e gerar uma carreira que já ultrapassa duas décadas; a faixa foi, claro, "LK", produzida ao lado do parceiro XRS.

A meteórica ascensão veio logo em seguida, alimentada pelo sucesso de "LK", alcançando a 15a posição no UK Top 20, e cresceu ainda mais após o lançamento do album “The Brazilian Job”, que é considerado uma das melhores compilações de Drumnbass de todos os tempos.

O trabalho revelou-se uma importante vitrine para os talentos do DJ Marky, mostrando as possibilidades de construção e criatividade da cena Drumnbass de então.

Agora, após anos de turnês incessantes, DJ Marky é ainda um dos DJs mais reverenciados e cobiçados na cena club e festivais, tendo sido destaque por nove anos consecutivos no maior festival open air do Brasil, o Skolbeats. Suas produções já fizeram parte de muitas compilações e são tocadas por alguns dos maiores nomes do Drumnbass. Marky mantém sua gravadora, Innerground Records e a marca DJ MARKY & FRIENDS segue assegurando residências em algumas das cidades principais cidades do planeta, incluindo Londres, Paris, Tóquio e São Paulo.

OHM + Rua do Bass: O Coletivo Bass Jazz

O OHM + Bass Jazz surge com o empenho de reunir dois grupos distintos de Djs belorizontinos, amantes de estilos musicais distintos, mas de raiz comum. O Jazz é negro desde seu surgimento e ao longo de sua história foi voz de minorias, evoluiu e influenciou inúmeros outros estilos. Um desses estilos é o Drum and Bass, que nasceu fortemente influenciado pela música negra e ao longo de sua história incorporou elementos do Jazz, bem como outras culturas musicais negras, como reggae, o jungle, o techno, bossa nova e até mesmo o samba. E é esse ponto comum que o Coletivo quer divulgar e compartilhar. É essa fusão de estilos que pretendemos apresentar. São dois grupos de DJs amantes do Bass e do Jazz, formando um consistente coletivo, propondo uma oportuna homenagem à música negra de várias gerações, de New Orleans passando pelo Rio de Janeiro, de Detroit passando por São Paulo, chegando por aqui e virando a cultura da música de rua de Belo Horizonte.

 

Foto: Chelone Wolf

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