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Quarteto de violões Corda Nova inicia turnê em BH

Com espetáculo inédito de música contemporânea, Corda Nova mantém sua premissa de estimular o trabalho de compositores brasileiros Oferecer um contato vivo entre o público e as novidades da música do nosso tempo. Com obras inéditas, especialmente comissionadas para este espetáculo de violões, o quarteto Corda Nova volta a subir aos palcos de Belo Horizonte com espetáculo Ouvirouver. Com o apoio da Prefeitura de BH, da Fundação Municipal de Cultura e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o grupo inicia suas apresentações nos dias 26 e 27 de junho na Sala Juvenal Dias. Em seguida, segue para o Teatro da Biblioteca, onde se apresenta nos dias 28 e 29 de junho. Todas as apresentações acontecem às 20h. Em agosto, o grupo retorna para uma nova temporada de espetáculos. Prezando por um forte apelo visual, o quarteto mescla à música uma expressiva ambiência de luz, figurino e gestos, criando uma atmosfera rica e envolvente. E contribuindo ainda mais para este cenário, o violão torna-se anfitrião e principal mediador: presente no dia a dia do brasileiro e normalmente associado à música popular, no espetáculo o violão mostra, a partir de um repertório variado, um pouco de suas outras possibilidades sonoras, mais especificamente no contexto da tradição da música clássica. O espetáculo - Ouvirouver Ciente de que o Brasil é celeiro de uma riquíssima produção musical, o Corda Nova traz ao palco o que há de mais recente no cenário nacional de música contemporânea: a convite do grupo, três importantes compositores escreveram obras inéditas para um concerto de violões: •Veneno – Visões e reminiscências de texturas e danças” para quarteto de violões - Sérgio Rodrigo A ideia de veneno usualmente é associada a algo perturbador, remetendo ao efeito, muitas vezes letal, de certas substâncias tóxicas. No domínio das artes, certos poetas associam o veneno tanto a um efeito mágico da música, no que diz respeito à sua potência de gerar transe, como também à intensidade de certas experiências amorosas, tratando-se em ambos os casos da vivência de uma espécie de “torpor” ou de estado de “embriaguez”. Nesse sentido, para alguns, música e paixão “envenenam”. Segundo Sérgio Rodrigo, o violão, em toda sua gama de usos e significados, expressa tal contorno poético já que se presta tanto ao lamento como à dança. Trata-se de um instrumento que facilmente traduz melancolia e nostalgia, mas também tradicionalmente frequenta as mais distintas cerimônias populares, estando presente em todos os tipos de festas e bailes. A obra Veneno parte de todo esse simbolismo atrelado ao instrumento, buscando salientar esses afetos relacionados ao veneno. •Das doze maneiras de se contemplar o céu – de Gilberto Carvalho Professor da Escola de Música da UFMG, Gilberto Carvalho parte de diferentes sonoridades para compor esta belíssima obra. Como o próprio nome diz, a composição representa uma divisão das horas diurnas e noturnas do dia (seis maneiras para cada). A música é descritiva da imagem, do imaginário, das sensações. Ela nos convida a observar o céu em vários de seus momentos, desde "as barras do dia" até "as barras da noite". Por fim, apresenta "caderno de anotações" que condensa os muitos céus observados e nos permite vê-los num golpe de escuta. Além disso, cada uma dessas grandes seções é iniciada com uma bela escritura do tipo coral. •SUITE VI – Roberto Victório Professor da escola de Música da Universidade Federal de Mato Grosso, SUITE VI faz parte de uma série de suítes compostas por Roberto, escritas para as mais diversas formações (desde piano solo até orquestra sinfônica). Suítes são agrupamentos de peças relativamente independentes do ponto de vista do material musical que as constitui. Historicamente, porém, são também conjuntos de danças. O grande vigor rítmico com que pulsa a Suite VI de Victorio recupera essa faceta das suítes, mas não só. A profusão e complexidade sonoras, além do fino controle e conhecimento do violão, deixam transparecer a influência do rock progressivo na obra do compositor. As suítes de Victorio são escritas para as mais diversas formações, desde piano solo até orquestra sinfônica. Suíte VI, idiomática e abstrata, tem cinco movimentos: Prelúdio, Quadrante, Hiperfuga, Interlúdio e Final. O Corda Nova Formado por Aulus Rodrigues, Ricardo Jamal, Ricardo Marçal e Stanley Levi, egressos da escola de música de UFMG, o Corda Nova é fruto de uma forte identificação e do anseio comum pela disseminação da música contemporânea. - Aulus Rodrigues Considerado um dos mais promissores e premiados violonistas da nova geração, Aulus Rodrigues estudou com Eduardo Campolina, Cláudia Garcia e Fernando Araújo. Como bolsista do Projeto Jovens Talentos da Fundação Magda Tagliaferro, recebeu orientações do violonista Fábio Zanon. Já participou de masterclasses com David Tanembaum, Zoran Dukic, Eduardo Isaac e Leo Brouwer, além das séries Jovem Músico BDMG e Segunda Musical (Belo Horizonte), Música no Museu (Rio de Janeiro) e Violão no MASP (São Paulo). Em 2012, se apresentou sob a direção musical de Jaime Alem, no IX Encontro de Culturas, em Portugal, ao lado de músicos da Argentina, Brasil, Espanha e Portugal. Neste mesmo ano, foi convidado para tocar no Concerto de Comemoração dos 35 anos da Rádio Cultura FM, realizado no Theatro Municipal de São Paulo. Como solista orquestral, tocou com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Tatuí, sob a regência dos maestros Roberto Tibiriçá e João Maurício Galindo. Além de sua atividade como solista, Aulus se dedica também à música de câmara, atuando como membro do Quarteto Corda Nova e do Duo Leque Harmônico. - Ricardo Jamal José Ricardo Jamal Júnior é mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pela mesma universidade, é bacharel em violão, da classe dos professores Flávio Barbeitas e Fábio Adour, tendo participado de vários festivais como Festival Internacional de Violão (Belo Horizonte), Semana da Música de Ouro Branco (Ouro Branco) e o Seminário Vital Medeiros (Mogi das Cruzes). Nessas ocasiões, realizou masterclasses com os professores Fábio Zanon, Mario Ulloa, Otto Tolonen e Grzegorz Krawiec. Participou, ainda, da montagem da ópera Il Ballo delle Ingrate, de Cláudio Monteverdi, apresentada no concerto de encerramento da I Semana de Música Antiga da UFMG: Barroco em contexto. Trabalhou como membro da banca avaliadora dos candidatos ao curso de Bacharelado em violão da UFMG durante os processos seletivos de 2009 e 2011. - Ricardo Marçal O belo-horizontino Ricardo Marçal (30) é bacharel em Música pela UFMG na classe do professor Fernando Araújo, foi bolsista do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão por dois anos, prossegue seus estudos regulares como aluno particular do aclamado violonista Fábio Zanon e, a convite do maestro Oscar Ghiglia, tem se aperfeiçoado nos cursos anuais de verão da Accademia Musicale Chigiana de Siena, na Itália. Como solista, Ricardo é convidado regular de algumas das mais importantes salas de concerto do Brasil. Além disso, dedica-se a projetos de democratização da música – como o Elegia ao Violão, que já está em sua 2ª edição, e o Música nas Igrejas, que está criando uma série de música de câmara nos municípios mineiros de Betim, Brumadinho, Contagem, Crucilândia e Esmeraldas. Como camerista, atualmente prepara uma turnê com o Quarteto de Cordas da Família Barros. Ricardo é também professor dos cursos de história da música e apreciação musical da Academia de Ideias. - Stanley Levi Graduado pela UFMG em composição e violão, Stanley teve algumas de suas obras estreadas no Brasil e no exterior. Compostas para formações instrumentais diversas, suas obras integram espetáculos de teatro, curtas-metragens e outros trabalhos transversais. Como instrumentista, já se apresentou no Brasil e no exterior, focando em especial a música contemporânea. Desde 2010, é membro do quarteto de violões Corda Nova, onde vem se apresentando regularmente, estreando obras de compositores de várias nacionalidades. Atualmente, é professor de Percepção Musical na Escola de Música da UFMG, técnico da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, atuando também no desenvolvimento de projetos multimídia com as áreas de teatro e vídeo.

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