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Sotaques da Sanfona Brasileira acontece em belo Horizonte, de 24 a 26 de junho

Em sua 1ª edição, Festival reúne alguns dos maiores sanfoneiros do país, em programação gratuita com shows, palestras e workshops

Sanfona, gaita, acordeon, muitos nomes, um mesmo retrato: o Brasil. Um país plural que tem na música um dos seus expoentes mais significativos. E a sanfona, embora de origem alemã, tornou-se um instrumento fundamental na construção da identidade musical do Brasil, especialmente do Nordeste, sendo o pilar de gêneros como o forró, de quem se tornou fiel companheira. Essa associação natural e imediata, acabou impondo à sanfona um rótulo de “regional”, sendo muitas vezes relegada ao circuito nordestino, especialmente ao período de festas juninas. Essa realidade, contudo, vem mudando nos últimos anos. A sanfona foi adotada por uma legião de novos músicos e hoje está presente nas diferentes vertentes da música brasileira, no jazz, nas suítes camerísticas, nos blocos de carnaval. Para evidenciar ainda mais a importância desse instrumento, acontece a 1ª edição do Sotaques da Sanfona Brasileira 2022, em Belo Horizonte, de 24 a 26 de junho, na Praça Santa Tereza (Duque de Caxias). O Festival tem a programação inteiramente gratuita. O projeto tem o Patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura, Realização Trem Mineiro, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, Pátria Amada Brasil.

O Festival é uma idealização da produtora cultural Giselle Goldoni Tiso, que assina também a direção. “Sempre fui apaixonada pelo acordeon e o considero um dos instrumentos mais importantes na história da nossa música, um dos condutores de tantos estilos, mas ainda um pouco renegado só às festas juninas. A minha ideia era mostrar a sua amplitude, como ele está presente em vários estilos, ritmos, segmentos. Um mapeamento desse instrumento na música do país com todas as suas peculiaridades”, celebra.

Três pilares norteiam o Festival: música (shows), educação (atividades educativas / paralelas: aulas-show, palestras e workshops) e sustentabilidade (coleta seletiva de lixo e medição de carbono, onde serão devolvidas para a cidade árvores plantadas de acordo com a medição de CO2).

A curadoria do Festival é de Toninho Ferragutti, um dos maiores músicos do país e apaixonado confesso pelo instrumento. “A sanfona, também chamada de gaita no Sul, integra a alma musical brasileira. Ela ajuda a escrever e iluminar a música popular das diversas regiões do Brasil. A sua grande beleza é ser um dos instrumentos de principal protagonismo na nossa música popular”, pontua.

Para compor a programação, Toninho convidou sanfoneiros das diferentes regiões brasileiras: de São Paulo, o próprio Toninho (com o Quinteto de Cordas), Gabriel Levy e Trio Mana Flor; os mineiros Célio Balona e Rafael Martini; do Mato Grosso do Sul, Marcelus Anderson; os cearenses Nonato Lima e Adelson Viana; os gaúchos Renato Borghetti e Bebê Kramer; a baiana Lívia Mattos, o pernambucano Beto Hortis e o sergipano Mestrinho fecham a programação.

Toninho Ferragutti acredita que, cada vez mais, a sanfona vem rompendo essa barreira “regional” e se consolidando como um instrumento essencial nos mais diversos gêneros. “Ela ainda é vista como instrumento regional, porque é lá que ela reside musicalmente na maioria das vezes, mas ela vai se urbanizando, participando das várias vertentes, entrando para a Academia, na mesma medida em que o país vai se interessando por sua música e costumes”, explica.

Sotaques da Sanfona 2022 também presta uma homenagem a Luiz Gonzaga, o rei do Baião. “Ele foi e é um marco na música popular brasileira, que deve ser sempre lembrado e servir de inspiração para todas as gerações futuras. Um gênio, um inventor, que vai estar sempre ajudando o país a lembrar de si mesmo”, enaltece Ferragutti. Cada sanfoneiro participante do Festival tocará um clássico de Luiz Gonzaga, além de passear por seu próprio repertório.

O objetivo do Festival é exibir a extensa produção musical do acordeon brasileiro, mostrá-lo em seus diversos contextos e apresentá-lo também como condutor de um projeto de musicalização, ‘Sanfona é cultura popular’, coordenado pelo músico carioca Marcelo Caldi, que realiza a aula-show no dia 23 de junho.

O pilar da educação abrange, além da aula-show, workshops de Gabriel Levy (‘Sotaques da sanfona no mundo´) e Toninho Ferragutti (´Estudo diário para acordeonistas´), realizados no dia 24 de junho, e a palestra ‘o sotaque e a regionalidade da sanfona no Brasil’, com a participação de Célio Balona, Bebê Kramer e Nonato Lima, no dia 25 de junho.

Com relação à sustentabilidade, o Festival contempla várias iniciativas: gestão de resíduos sólidos, gerenciamento de resíduos sólidos e óleos orgânicos, educação ambiental, comunicação visual, comunicação sobre o projeto aos participantes, medição de carbono, encaminhamento para cooperativas, gravimetria e divulgação de dados, além do plantio de mudas. “Vamos devolver para a cidade árvores plantadas de acordo com a medição de CO2. O nosso objetivo é incentivar outras cidades a fazerem o mesmo”, afirma Giselle Goldoni Tiso.

A escolha de Minas Gerais não foi por acaso, como explica Giselle Goldoni Tiso: “a sanfona está muito presente na cultura mineira, está por exemplo na tradição das rodas em torno das fogueiras nas fazendas de café. Além disso, Minas é central para receber os músicos que vêm do Nordeste, do Sul, do Centro Oeste e do próprio Sudeste”. A proposta é que o evento seja realizado anualmente em Minas Gerais, mas também percorra cidades além da capital e, quiçá, até mesmo outros estados. Ouro Preto já desponta como uma forte candidata para 2023.

SERVIÇO: Sotaques da Sanfona Brasileira 2022

· TODA A PROGRAMAÇÃO TEM ENTRADA GRATUITA

Local: Praça Santa Tereza (Duque de Caxias) - Belo Horizonte

Datas:

24, 25 e 26 de junho (sexta, sábado e domingo)

*no dia 23/06 teremos uma aula show

· Programação shows

Horário shows: 18h

1ª noite – 24/06/22 (sexta)

Gabriel Levy (SP) – A sanfona na música do mundo

Trio Mana Flor (SP) – A sanfona e o forró feminino

Célio Balona (MG) – A tradição da sanfona mineira

Renato Borghetti (RS) – A gaita e o festejo do Sul

2ª noite – 25/06/22 (sábado)

Lívia Mattos (BA) – A compositora de múltiplas influências

Adelson Viana (CE) – O acordeom nordestino

Marcelus Anderson (MS) – A sanfona do Pantanal

Beto Hortis (PE) – O frevo sanfonado

Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas (SP) – A música de câmara na sanfona

3ª noite – 26/06/22 (domingo)

Bebê Kramer (RS) – A gafieira na sanfona

Rafael Martini (MG) – A renovação da sanfona mineira

Nonato Lima (CE) – A sanfona solo e o jazz brasileiro

Mestrinho (SE) – A tradição que se renova

· Programação atividades paralelas (Sanfona)

· Aula-show

Dia 23 de junho

Horário: 10h

Nome da aula-show: Sanfona é cultura popular

Com Marcelo Caldi (RJ) e banda

Local: E.M. Gov. Carlos Lacerda

Rua Princesa Leopoldina, 490

Ipiranga - BH

· Workshops

Dia 24 de junho

10h - Gabriel Levy (SP): Sotaques da sanfona no mundo

14h - Toninho Ferragutti (SP): Estudo diário para acordeonistas

Duração: 2h (cada workshop)

Local: Conservatório UFMG

Av Afonso Pena, 1534

Centro - BH

· Palestra

Dia 25 de junho

Horário: 16h

Tema da palestra: O sotaque e a regionalidade da sanfona no Brasil

Com Célio Balona (MG)

Bebê Kramer (RS)

Nonato Lima (CE)

Local: Conservatório UFMG

Av Afonso Pena, 1534

Centro – BH

· Pocket shows - No degrau da sanfona

Dia 25 de junho

Horário: 11h

Toninho Ferragutti (SP) e Marcelus Anderson (MS)

Dia 26 de junho

Horário: 11h

Toninho Ferragutti (SP)

Local: Escadaria do Memorial Minas Gerais Vale

Praça da Liberdade, 640

Lei de Incentivo à Cultura, Patrocínio Instituto Cultural Vale, Realização Trem Mineiro, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, Pátria Amada Brasil

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. São mais de 300 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

Foto: Flávio Oliveira

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