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Carabina Cultural lança curta-metragem - As ruas de Ognatoque

Dirigido por Carlos Canela, filme transforma Belo Horizonte em cenário capaz de revelar a falta de controle das pessoas em relação à própria vida Os ambientes de refúgio diário, as casas e as fortalezas do mundo – espaços onde asfalto, paredes, concreto e razão se misturam a uma série de emoções reprimidas. De modo breve, eis a representação dos intensos cenários e questões presentes em As ruas de Ognatoque, curta-metragem – já apresentado no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília –, a ser lançado, em Belo Horizonte, no dia 22 de junho, às 20h, pela Carabina Cultural. Estrelado pelos atores Carlos Magno Ribeiro e Ludmilla Ramalho, o filme conta com direção e concepção de Carlos Canela e direção de fotografia de Marco Aurélio Ribeiro. A produção mistura ficção, documentário e experimentação e aborda a incapacidade humana de controlar suas ações, com personagens guiados pelos requisitos sociais e a complexidade de um mundo que não conseguem entender. O filme conta a história de Amuleto, homem de 30 anos que vive numa cidade chamada Ognatoque. No curta-metragem, o protagonista segue, de ônibus, ao encontro de amigos num bar. No caminho, encontra Emília, uma mulher bonita, por quem se sente atraído. Ao chegar ao bar – que, na verdade, é um set de filmagem –, percebe que a mesma mulher está lá, em cena, sentada e lendo um livro. Amuleto encontra os amigos e o set de filmagem “desaparece”, para, então, dar lugar ao bar onde os amigos se encontram. Em seguida, volta a virar um set de filmagem, até que o diretor intervenha na cena, para, depois, transformá-lo num capítulo do livro que Emília lê, descrevendo a cena que acontece no momento. O diretor Carlos Canela comenta que, em qualquer parte do mundo, as configurações sociais são as mesmas: pessoas constituem famílias, trabalham, constroem casas e cidades, criam leis e sobrevivem dentro de um padrão que se configurou como o ideal. “Isso tudo gerou sociedades que se adaptaram a uma cotidiana falta de felicidade, como se esta fosse um luxo desnecessário. Começaram, então, a criar, para si, subterfúgios e, de alguma maneira, ofuscam a infelicidade, sem saber, ao certo, o que estão fazendo”, comenta, ao destacar que, no filme, os tempos se misturam, os sentimentos se atropelam e se digladiam. “Além disso, os personagens diários criados se sobrepõem sobre o protagonista, que já não se sabe mais como agente da própria vida”, acrescenta. Sobre a linguagem do curta-metragem, Canela destaca que o intuito não é levantar teses ou discutir formatos. O filme se propõe a se apropriar de possibilidades de narrativa cinematográfica, de maneira extremamente livre, valendo-se delas como ferramentas para composição de um sentimento, e não apenas como um fim em si. “Dessa forma, o documental nos aproxima do sentido, ao nos situar em um chão que conhecemos. A ficção, por sua vez, rompe com essa suposta estabilidade, e o experimental embaralha essas possilidades, enquanto o metalinguístico nos coloca nos papels de testemunha e, ao mesmo tempo, de atores do processo”, conclui o diretor. Ao ultrapassar os limites da poesia e da trivialidade cotidiana, As ruas de Ognatoque busca trabalhar com a junção desses elementos para criar um novo, que nasce da desestabilização, de forma a conduzir o espectador a uma viagem despreconceituosa por esse mundo aparentemente óbvio. Ficha Técnica Direção – Carlos Canela Direção de Produção – Suzana Markus Assistente de Produção – Fábio Schmidt e Laudimir Vieira Direção de Fotografia – Marco Aurélio Ribeiro Assistente de Fotografia – Diogo Lisboa Direção de Arte – Poliana Rozado Assistente de Arte - Joana Darc Soares Som Direto - Daniel Quintela Trilha Sonora - Gilberto Mauro Making of - Léo Pinho Fotógrafo still - Ciro Thielmann Duração: 19 minutos Classificação: Livre Elenco Carlos Magno Ribeiro Ludmilla Ramalho Ronaldo Jannotti Saulo Salomão Léo Quintão Byron O´Neill Chris Geburah João Valadares Marcelo Serodre Laly Cataguases Rafaella Fantauzzi Poliana Rozado Fábio Schmidt Sobre o diretor Carlos Canela Formado em letras pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), pós-graduado em Marketing pela Fundação Machado Sobrinho, diretor e roteirista de peças teatrais, artista plástico, editor, diretor e roteirista de curtas e longas-metragens. Dirigiu os curtas em 35 mm “O Homem da Cabeça de Papelão”, “Dois Lados” e “Bailarina” – melhor curta mineiro em 2002 (II Mostra Curta Minas). Dirigiu o documentário para TV – “O Canto da Araponga” – projeto selecionado no I DOC TV em Minas Gerais. Realizou os curtas “Bar Terminal”, “Homicídio Suicida”, “O Diabo é (o) que Nóis Acredita” dentre outros, além de ter participado como assistente de direção e direção de fotografia em mais outras nove produções entre filmes de ficção e documentários. As Ruas de Ognatoque - HD - 19 min. - 2013 O Homem Roxo – HDV – 73 min. - 2010 O Cangaceiro Francês – HDV - 07 min. - 2009 Dois Lados - 35 mm - 15 min. - 2007 O homem da cabeça de papelão - 35 mm - 15 min. - 2007 Foge - dv - 05 min. - 2006 Caminhos em busca de um tempo (ainda não catalogado) - super8/dv - 03:10 min. - 2006 O Canto da Araponga – dv/16mm – 56 min. – 2004 Bar Terminal - 16mm /dv - 05 min. – 2003 O diabo é (o) que nóis acredita – dv – 11 min. – 2003 Bailarina - 35mm - 23 min. - 2001 Homicídio Suicida – dv – 15 minutos – 2001 A Carabina Cultural Quando Carlos Canela e Suzana Markus vieram de Juiz de Fora para BH, em 1997, queriam abrir outras possibilidades na capital mineira. Ao chegar, participaram de um curso de vídeo e se apaixonaram pela loucura e pela amplitude de possibilidades oferecidas pelo audiovisual. Em 2000 fizeram seu primeiro curta-metragem em 35 mm, "Bailarina" que lhes rendeu o prêmio de melhor curta mineiro na 1ª Mostra Curta Minas. Incentivados com esse primeiro trabalho, fundaram, então, a Carabina Filmes, para dar vazão às produções. A partir de então, produziram vários curtas metragens e documentários, dentre eles "O Canto da Araponga, documentário selecionado pelo "1º DOC TV" e "O Homem da Cabeça de Papelão", que lhes rendeu vários prêmios, dentre eles "Melhor filme mineiro" no "Festival Internacional de Curtas de BH" e prêmio SATED de melhor filme mineiro. Há quatro anos, montaram o espetáculo “Sgroft, Herética ou Ninguém”, a partir de um texto antigo, escrito por Canela, protagonizado e produzido por Suzana Markus, de modo a recuperar um pouco daquele bom sentimento de desamparo proporcionado pelo teatro. A peça foi indicada a cinco categorias do prêmio SATED de teatro, recebendo o título de melhor cenografia. Isso motivou Canela e Suzana a investir, novamente, no teatro e, quando da montagem da equipe do novo espetáculo, “Subo para esquecer o que de baixo já não consigo ver”, decidiram ampliar as possibilidades da Carabina, montando uma produtora cultural junto a outros dois profissionais, Cris Gil (produtora há 15 anos e com especialização em Gestão Cultural em Barcelona) e Fábio Schmidt (ator e produtor do Sul do Brasil). Formou-se, assim, a Carabina Cultural. A “junção” dos quatro profissionais, com ampla experiência em produções culturais e projetos audiovisuais, fez nascer uma produtora cultural que, além de realizar projetos próprios, propõe-se a executar trabalhos que aliem qualidade, inovação e sustentabilidade, por meio de planejamentos eficazes e diferenciados. O curta "As Ruas de Ognatoque", protagonizado por Ludmilla Ramalho e Carlos Magno Ribeiro, tem em sua equipe Carlos Canela como diretor, Suzana Markus e Marco Aurélio Ribeiro na direção de fotografia e é o primeiro filme realizado pela recém-criada Carabina Cultural.

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