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Arautos do Gueto e Cia Evandro Passos no Memorial Vale

Retomando o projeto Diversidade Periférica, o Memorial Vale promove, no dia 27 de julho, sábado, às 15h, o encontro entre os tambores percussivos do grupo Arautos do Gueto e os corpos dançantes da Companhia Evandro Passos (Cia Bataka). Após o encontro das duas companhias, haverá ainda um bate-papo com Evandro Passos (diretor da Bataka) e José Inácio (diretor do Arautos do Gueto), às 16h.

Focada na valorização da produção cultural das favelas e periferias de Belo Horizonte, a edição deste ano do projeto tem curadoria da ativista social Patrícia Alencar, que é co-fundadora da Frente Favela Brasil e uma das diretoras da Central Única de Favelas (Cufa). “Há muita riqueza onde muitos só enxergam problemas e dificuldades. A favela nos mostra potência, local de constante transformação, nos becos e vielas o encontro da diversidade acontece de forma inovadora, criativa e desafiadora. Vêm de lá as mais ricas manifestações culturais do Brasil: o samba, o funk e o rap se destacam neste cenário”, destaca Patrícia.

Ao longo deste segundo semestre, haverá um evento do projeto por mês. A entrada é gratuita e sujeita a lotação. O Memorial Vale fica na Praça da Liberdade, 640, esquina com Gonçalves.

Diversidade Periférica

Criado em 2017, o projeto Diversidade Periférica é uma parceria entre artistas, produtores e grupos culturais das periferias de Belo Horizonte. O objetivo é trazer ao público as iniciativas, manifestações e práticas artístico-culturais produzidas nas comunidades, além de promover o acesso e a aproximação destes moradores à programação e atividades do Memorial Vale.

A curadora Patrícia Alencar terá como apoio na produção jovens das comunidades de onde virão as atrações. “A participação de pessoas da comunidade, não só como artistas, mas também na produção do evento, é uma forma de preparar e capacitar para o mercado de trabalho”, explica. Neste primeiro evento de julho, Kézia Coelho Vieira e Iara Luiz serão suas assistentes.

Arautos do Gueto e Cia Evandro Passos (Bataka)

O Grupo Cultural Arautos do Gueto foi formado em 1996 pelo músico e arte educador José Inácio com o objetivo de desenvolver atividades artísticas e culturais que estimulassem o protagonismo de adolescentes e jovens. Localizado na favela do Morro das Pedras, o grupo vem apresentando resultados eficientes em educação musical, com merecido destaque nos quesitos de disciplina, interação humana e instrucional, relação professor-aluno e transmissão de conteúdos musicais.

Dirigida por Evandro Passos, a Companhia Evandro Passos (Bataka) vem promovendo, por meio das danças afro-brasileiras e africanas, a confluência de jovens de diferentes favelas e regiões periféricas de Minas Gerais, fortalecendo a identidade e o pertencimento à cidade.

Curadora e produtoras dessa edição

Patrícia Alencar, curadora do Diversidade Periférica, é mineira nascida na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É ativista social, gestora cultural, arte educadora e dançarina, engajada na luta contra o racismo e pela igualdade social, desenvolve suas atividades desde de 1998. Hoje é uma das Diretoras da CUFA (Central Única de Favelas), co-fundadora da Frente Favela Brasil e também faz parte da Associação Sócio Cultural Bataka. Produziu eventos de relevância para Belo Horizonte, como o Dia das Favelas, Taça das Favelas, Carnafavela, Hip Hop Rua, entre outros. Sua atuação tem como premissa a transformação social por meio das artes e por meio do protagonismo de moradores de favelas.

Kezia Coelho Vieira, assistente de produção nesta edição do Diversidade Periférica, tem 20 anos e é nascida e criada na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É estudante de curso técnico em enfermagem. Fez moda no SENAI, teve vivências em danças afro-brasileiras e atua como assistente de produção em eventos culturais.

Iara Luiz de Oliveira Pereira, também assistente de produção nesta edição do Diversidade Periférica, tem 19 anos e é estudante de enfermagem. Desde criança tem contato com a dança, passou por diversas academias de dança, incluindo Ballet Cristina Helena e Toute Forme. Atualmente é dançaria do Grupo Sarandeiros, sambadeira do Samba da Meia Noite, porta-bandeira da Acadêmicos de Venda Nova, e flautista nos grupos Samba na Roda da Saia e Herança Popular.

Foto: Edson Luiz

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