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Danilo de Moura retorna a Belo Horizonte com o espetáculo “Vale Tudo, Tim Maia O Musical”

Dessa vez a apresentação será no Grande Teatro do Palácio das Artes. O espetáculo já foi visto por mais de 360 mil pessoas em todo o Brasil. O síndico está de volta. O ator Danilo de Moura retorna a Belo Horizonte como protagonista do espetáculo “Vale Tudo, Tim Maia O Musical”, de 8 a 10 de agosto. Dessa vez a montagem será apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro e pela internet (Confira o serviço abaixo). Patrocínio do Instituto UnimedBH e Ale Combustíveis. Danilo de Moura segue muito elogiado a frente de um elenco de 10 atores, cantando 25 canções do saudoso Tim Maia, falecido no ano de 1998. Já visto por 360 mil pessoas, o espetáculo foi escrito por Nelson Motta, texto adaptado da biografia ‘Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia’, com direção de João Fonseca e direção musical de Alexandre Elias. Do livro ao palco Nelson Motta conta que a amizade com Tim Maia começou em 1969, quando produziu para o disco de Elis Regina o dueto que apresentou ao mundo o vozeirão do cantor, ‘These are the songs’. Por isso, ele é testemunha de histórias incríveis, como as aventuras vividas nos Estados Unidos, no início da carreira, graças a um improvável convite da Arquidiocese. A viagem não terminou bem: Tim voltou ao Brasil deportado, acusado de roubar um carro e de portar substâncias ilegais. Do livro para o palco, o processo de transposição do texto foi todo muito orgânico e em parceria: “Fui amigo do Tim a vida inteira, sabia tudo dele. Então foi fácil e muito prazeroso escrever, porque o João Fonseca me ajudou muito com a sua visão teatral, cênica de espetáculo. Sou de uma escola jornalística, narrativa, linear, e ele me estimulou a criar cenas livremente”. Esta foi a segunda experiência de Nelson com teatro. A anterior havia sido ‘A Feiticeira’ (de 1976), em parceria com Fauzi Arap e protagonizado por Marília Pêra. “É muito difícil”, dá a pista sobre os motivos da bissexta volta à dramaturgia teatral e emenda: “Além desse auxílio luxuoso – e decisivo – do João, também é uma obra em progresso, que vai sendo adaptada e ajustada durante os ensaios, de acordo com as possibilidades que se abrem. Para mim é tudo novidade. E estou tomando gosto!”. O diretor João Fonseca optou por estruturar a narrativa em blocos temáticos, que são ilustrados por clássicos de Tim que remetem conceitualmente a cada passagem. A cena se desdobra a partir da infância pobre no bairro carioca da Tijuca, o contato com a música e as primeiras bandas que integrou, como ‘Tijucanos do Ritmo’, ‘The Sputniks’ e ‘The Snackes’, quando conheceu Roberto Carlos, Jorge Benjor e Erasmo Carlos. Momentos como a partida para os Estados Unidos, em 1959, e a posterior deportação por roubo e porte de drogas; a eclosão da Jovem Guarda e a gravação do primeiro disco; a primeira grande paixão, Janete, e as discussões explosivas travadas entre o Rio e Londres em diversas idas e vindas; o período em que aderiu à ideologia ‘Racional Superior’; a explosão popular; os filhos; a formação da banda Vitória Régia.. Todos os acontecimentos são permeados por episódios memoráveis (e na maioria das vezes hilários) radiografados com precisão de detalhes por Nelson Motta. Fiel à construção narrativa concebida por Nelson e João, o cenógrafo Nelo Marrese projetou a área cênica como um palco de show com paredes e objetos de estúdio, os dois lugares onde Tim Maia se sentia mais à vontade. A partir disso, há 14 trocas de cenário através de adereços e elementos alegóricos. “As mudanças ocorrem a cada bloco temático. Por exemplo, a infância é representada por um imenso varal de roupas e objetos de praia; a primeira banda dele, por semáforos e uma lambreta de verdade; já na fase ‘racional’, o palco fica todo branco; no final, usamos globo de discoteca e um telão de led”, explica Nelo. Reproduzir a estética sonora da Vitória Régia, banda formada por Tim em 1976 e que o acompanhou por 22 anos, foi a escolha do diretor musical e arranjador Alexandre Elias: “A Vitória Régia teve várias formações ao longo dos anos, com 8, 9 ou 10 músicos, de acordo com as escolhas do Tim em cada momento”. Conversando com amigos que tocavam na banda, Alexandre chegou à formação mais constante, com dois sopros, teclado, guitarra, baixo e bateria. Mesmo tendo mudado a sonoridade ao longo da carreira, o que se ouvirá no espetáculo é o Tim Maia da black music: “ O Tim foi o precursor da soul music no país, voltou dos EUA muito influenciado pelo som da Motown e criou por aqui aquilo que se chama de ‘música preta brasileira’. Optamos por ressaltar as variações do Tim Maia como cantor e compositor ao longo da carreira através da sonoridade mais característica dele, totalmente black music, de canções antológicas como ‘Azul da Cor do Mar’, entre tantas outras”, contextualiza Alexandre. E assim, uma das trajetórias mais impressionantes da música brasileira é narrada pela primeira vez nos palcos. Sebastião Rodrigues Maia, Tião Marmiteiro, Tim Maia, uma profusão de personagens diversos dentro de um só, aquele responsável pela trilha sonora das vidas de uma legião de fãs até hoje. Ou como muito oportunamente concluiu Nelson Motta após encontrá-lo em Nova Iorque pela última vez, em 1997, “Estava muito feliz de reencontrá-lo tão alegre e bem-disposto, achei até que estava um pouco mais magro – embora ainda imenso (…). Só consegui sair de lá horas depois de muita conversa e gargalhadas, entre várias rodadas de café completo, ovos mexidos e incessante carburação, me divertindo com as histórias que qualquer ficcionista consideraria inverossímeis, mas eram apenas fatos e acontecimentos corriqueiros do cotidiano de Tim Maia”. Ficha Técnica Texto: Nelson Motta Direção: João Fonseca Direção musical: Alexandre Elias Elenco: Danilo de Moura (Tim Maia), Izabella Bicalho, Lilian Valeska, Pedro Lima, Andreh Viéri, Bernardo La Rocque, Reiner Tenente, Evelyn Castro, Pablo Ascoli, Aline Wirley e Leticia Pedroza. Coreografias: Sueli Guerra Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Cenário: Nello Marrese Figurinos: Rui Cortez Fotos: Caio Gallucci

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