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Últimos dias da exposição “Arte e Política no acervo do MAP”, no SESC Palladium

No dia 30/07 acontece bate-papo com os artistas Teresinha Soares e Marco Paulo Rolla.

Como o conceito de micropolítica se articula com a prática artística experimental ao longo dos anos? Esta e outras perguntas são a base da mostra “Arte e Política no Acervo do MAP”, que seguem em cartaz no Sesc Palladium até 31/7. Apresentada pela Fundação Municipal de Cultura por meio do Museu de Arte da Pampulha, a coletiva pretende investigar e discutir a relação entre política e arte. Além da exposição, acontecem também intervenções artísticas, um seminário com duas mesas redondas sobre os temas, além do lançamento de um catálogo juntamente com uma “Conversa com Artistas”.

 

LANÇAMENTO DE CATÁLOGO E “CONVERSA COM ARTISTAS”

Para finalizar o período da mostra, no dia 30 de julho acontece o lançamento de um livro-catálogo com um texto curatorial englobando questões referentes ao contexto histórico, aos artistas e às obras da exposição. Também como conteúdo, entram dois textos de autores que participam do seminário. O livro apresentará imagens das obras, do projeto expográfico, da montagem e do espaço expositivo no Sesc Palladium.

 

No mesmo dia, das 11h às 13h, no mezanino do Sesc, acontece um encontro de com os artistas Teresinha Soares e Marco Paulo Rolla. O objetivo é um bate-papo sobre questões referentes à performance, tomando como eixo a proposta da exposição. Teresinha Soares foi a precursora da performance em Belo Horizonte e Marco Paulo Rolla é um incentivador dessa arte na capital mineira e atual diretor do Centro de Experimentação e Informação da Arte (CEIA).

 

SOBRE A MOSTRA

A mostra conta com 24 obras, todas do acervo do MAP, sob a curadoria de Marilia Andrés Ribeiro, historiadora da arte e pesquisadora da UFMG. A seleção foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica sobre o MAP (Inventário, Salões Entre Salões, Projetos de Arte Contemporânea e Bolsa Pampulha) e complementada com uma análise de arquivo sobre os autores e as obras.

 

“Organizamos as peças por afinidades de expressões artísticas e iconográficas, buscando estabelecer um diálogo entre elas em torno dos conceitos de micropolítica e micropoética, focalizando as poéticas visuais que se referem às questões políticas e circulam no universo molecular da vida cotidiana, das relações interpessoais, comportamentais e institucionais”, observa a curadora.

 

Fazem parte da exposição obras dos artistas Jarbas Juarez, José Alberto Nemer, Madu, Teresinha Soares, Maria Helena Andrés, Mariza Trancoso, Júlio Espíndola, Jaime Fortes, Marilia Rodrigues, João Câmara Filho, Marcos Coelho Benjamim, Iazid Thame, Rosângela Rennó, Hugo Denizart, Manfredo Souzaneto, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Sebastião Nunes, Frederico Morais, Beatriz Dantas, Paulo Emilio Lemos, Maria do Carmo Arantes e Miguel Gontijo.

 

INTERVENÇÕES ARTÍSTICAS

Além das 24 obras, foram convidados outros dois artistas contemporâneos, provenientes do Edital Bolsa Pampulha, programa de residência artística do Museu. Ao longo do período da exposição, Ricardo Burgarelli e Douglas Pego realizam intervenções no espaço do Sesc Palladium, dentro dos projetos Parede e Café.  

 

SEMINÁRIOS

Como parte da programação, aconteceu no dia 5 de julho, o seminário “Desafio das Instituições Culturais e dos Museus no Brasil”, no Teatro de bolso do Sesc, com duas mesas redondas. O objetivo foi discutir algumas questões de arte e política a partir da reflexão sobre o acervo do Museu de Arte da Pampulha.

 

“A exposição itinerante das obras desse acervo no espaço do Sesc Palladium torna-se catalizadora para pensarmos questões referentes à pesquisa, à curadoria e à gestão dos acervos museológicos”, conta Marília. Estiveram na pauta discussões como a especificidade do MAP em diálogo com outros museus e centros culturais brasileiros, visando compreender a formação, a atuação e a situação atual dessas instituições no contexto urbano, político e social do Brasil.

 

A primeira mesa redonda trouxe o tema “Comunicação e Curadoria nas Instituições Culturais”, com mediação de Luciana Féres, arquiteta e diretora do Conjunto Moderno da Pampulha. Os convidados foram Frederico Morais, crítico de arte, curador, ex-coordenador do MAM/RJ; e Renata Marquez, arquiteta, professora da UFMG, ex-curadora do MAP.

 

Já a segunda mesa teve mediação da curadora da exposição, Marilia Andrés Ribeiro, e como tema a “Pesquisa e curadoria nos acervos museológicos”. Os convidados foram Agnaldo Farias, arquiteto, curador, professor da USP, ex-curador da 29ª Bienal de São Paulo, conselheiro do Instituto Tomie Ohtake; e Marconi Drummond, artista visual, designer e ex-curador do MAP.

 

Foto: Eduardo Eckenfels / Artista: Hugo Denizart

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