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De pai para filho: três gerações unidas pelo amor à arte

Profissão dos pais inspira filhos que seguem o mesmo caminho

Ter um olhar apurado, e gostar de garimpar, são qualidades essenciais para atuar no mercado de leilões. O mineiro Marco Antônio Ferreira, de 63 anos aprendeu isso muito cedo, ainda na adolescência, com o pai, Antônio Ferreira – falecido em 2003, um dos primeiros leiloeiros de arte em Belo Horizonte. A experiência precoce não trouxe apenas o gosto pelo ofício, mas também a capacidade de compreender os anseios de quem procura uma obra de arte ou algum objeto antigo específico.

A história, que iniciou nos anos 1950 com o Palácio dos Leilões, quando ainda funcionava na rua Guajajaras – atualmente está em Juatuba, região metropolitana da capital, se ampliou com a abertura da galeria Firenze, administrada por Marco e sua esposa, Lucienne Amantéa. “Lembro de sempre acompanhar e ajudar meu pai nos leilões, e criei um amor muito grande pelo que ele fazia. Já nas minhas primeiras atuações, leiloeiros de outros estados elogiaram o trabalho, e não parei mais. Até que meu pai me delegou essa função”, rememora ele, que foi o único dos seis irmãos a seguir o ofício do pai no ramo das artes.

O amor por essa arte não ficou na segunda geração da família Ferreira. Cristiano Gomes, de 39 anos, filho de Marco, seguiu a mesma trajetória do pai. “Ele (o pai) sempre me incentivou, mas nunca tinha coragem de pegar o microfone, sou muito tímido. Preferia ficar na administração”, conta. Isso até seu pai ter um problema de saúde e precisar se afastar temporariamente da ocupação. “Nesta época eu fazia alguns leilões de carros, mas de arte não. Decidi experimentar, e lá se vão nove anos”, conta com orgulho o empresário, que fará o próximo leilão da galeria Firenze, no bairro de Lourdes, no dia 21 de agosto.

O patriarca da família teria orgulho de ver o trabalho desempenhado por filho e neto, que deram continuidade e aprimoraram o seu ofício. “Meu pai me ensinou a sempre trabalhar com afinco e nunca desistir. Dessa forma, consolidamos o nome da galeria, que prima pela variedade das peças para sempre oferecer ao público um acervo eclético, além do bom relacionamento com os clientes. Muitos deles estão conosco há décadas”, comemora.

Foto: Arquivo pessoal

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