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Com mais de 8 milhões de espectadores, o filme Amada Amante, de Cláudio Cunha, é o próximo clássico popular a ser exibido no Curta Circuito

Com o tema Figuras Populares no Cinema Nacional, a mostra traz, nesse último bimestre de 2016, o longa que foi a terceira maior bilheteria de 1978

Em 2016, a Mostra de Cinema Permanente Curta Circuito completa 15 anos de história. Para fechar a programação deste ano comemorativo, nada melhor que trazer filmes que marcaram a história do cinema nacional por levarem milhões de pessoas aos cinemas de todo o país. Este o caso de Amada Amante (1978), longa que será exibido na próxima segunda-feira, dia 15 de agosto, como sempre, no Cine Humberto Mauro, às 20h. Produzido e dirigido pelo cineasta Cláudio Cunha, falecido no ano passado, o filme tem roteiro de Benedito Ruy Barbosa - hoje mais atuante como autor de novelas - e Sandra Bréa e Luiz Gustavo no elenco. Após a exibição haverá bate-papo com o realizador mineiro, que trabalhou com Cláudio Cunha, Flávio C.von Sperling.  A sessão tem entrada franca e os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes do início do filme (sujeito à lotação do espaço).

 

Além de arrecadar um valor expressivo nas bilheterias e ter sido sucesso de público, o filme de Cláudio Cunha também esteve envolvido em uma história curiosa. O cineasta Bruno Barreto também queria usar o nome Amada Amante para um de seus filmes, título de uma famosa canção de Roberto Carlos. Cunha saiu na frente e registrou o nome, mas Barreto comprou os direitos da canção e acabou lançando o seu filme como nome de Amor Bandido, no ano seguinte.

 

Amada Amante é mais um representante da Boca do Lixo paulistana e mais um exemplo de cinema popular, que conseguiu se aproximar do público com a história da família interiorana que cai nas “garras” da cidade maravilhosa. “Para além da tela pintada pelo Cinema Novo está, portanto, a mais fina flor do cinema popular brasileiro: movimentos, cineastas e filmes que conseguiram retratar as mais diversas figurações do povo brasileiro na tela e promover um sentido completo de identificação entre público e filme”, completa o curador da mostra, Affonso Uchôa.

 

Cláudio Cunha
Foi um ator e produtor cultural brasileiro. Produziu treze longas metragens e uma dezena de curtas na década de 1970 e a partir da década de 1980, começou a trabalhar no teatro, voltando as suas origens de ator na pele do Analista de Bagé, inspirado inicialmente no sucesso literário de Luis Fernando Veríssimo. O personagem acabou virando o alter ego do interprete, que uma vez mencionou ser seu "veiculo" de humor. Na pele do "Machão Gaúcho", ele fez rir mais de 2 milhões de espectadores nos palcos de todo o Brasil. Apresentando-se tanto nos melhores teatros, como improvisando espaços, levando a peça para cidades que nunca viram espetáculos. Nas folgas de o Analista, produziu vários outros espetáculos, seguindo sempre a máxima de Brechet: "a melhor função do teatro é divertir". Em 1998, as varias versões do Analista de Bagé, apareciam no Guinness Book, com dois recordes nacionais: a peça há mais tempo em cartaz e Cunha como o ator há mais tempo num mesmo personagem. (fonte: wikipedia)



Amada Amante l Cláudio Cunha, SP, 1978, 95'
O moralista Augusto muda-se com a mulher e os filhos para o Rio de Janeiro, após anos vivendo no interior de São Paulo. Porém, o novo endereço transforma os hábitos da família: enquanto o patriarca vive um tórrido caso com a secretária, os filhos se aventuram em uma série de situações proibidas. (exibição em digital)



Sobre o Curta Circuito - Cinema de Afeto
Com o tema Cinema de Afeto, o Curta Circuito completa 15 anos de atividade em 2016 e tem muito o que comemorar. Durante sua trajetória, a Mostra de Cinema Permanente, que exibe exclusivamente filmes nacionais, sempre com entrada franca, conseguiu reunir um público de mais de 70 mil pessoas, que estiveram presentes em quase cinco mil sessões. A mostra, que a partir deste ano é dirigida por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, é uma das referências em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão, debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos. Tendo já atuado em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará, a mostra hoje foca no público belo-horizontino e tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando na restauração de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM-RJ. A iniciativa recebeu Mention do D'Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.

Foto: Divulgação

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