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De 24 de agosto a 1º de setembro o Festival Mundial de Circo realiza sua 19ª edição em Belo Horizonte. Primeiro de seu gênero no Brasil e com uma história de quase vinte anos o festival não se intimida com o momento de retração do mercado cultural e realiza mais uma edição focado em não deixar de construir sua trajetória. “Escolhemos para esse momento duas linhas curatoriais que marcam nossa história e potencializam o momento artístico: Incentivar e criar visibilidade para os artistas de Belo Horizonte e realizar a Mostra de Cenas Circenses que reúne diversos artistas de diferentes áreas e países em um único espetáculo”, Conta Fernanda Vidigal coordenadora do Festival. Caminhando junto e observando de perto o circo por duas décadas, Fernanda segue identificando a força e entusiasmo do circo em todos os contextos “O circo resistiu ao tempo e à falta de recursos em nosso país. Aliás essa é uma característica da arte circense, está sempre se renovando, sempre vencendo obstáculos. Vejo grupos se formando, escolas formando artistas e muitos lutando para que o circo ocupe o lugar que merece na política pública para a cultura no Brasil.”

No primeiro final de semana o palco será tomado por artistas brasileiros e argentinos para a estreia da Mostra de Cenas Circerses sob a direção de Chico Pelúcio. Já no segundo final de semana será a vez de Mira Ravald e Luis Sartori do Vale combinarem circo, dança, música ao vivo e artes visuais em “Portmanteau”. Ao longo da semana acontece ainda a Oficina de Acrobacias com Pedro Sartori.

Em continuidade à longa parceria com o Galpão Cine-Horto, o festival segue este ano com sua programação de espetáculos no espaço. Já a oficina inaugura uma nova parceria e celebra um novo espaço da cidade a Brava Escola de Circo. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site: www.festivalmundialdecirco.com.br.

Os espetáculos têm ingressos a R$30,00 a inteira e R$15,00 a meia-entrada.

O Festival Mundial de Circo acontece de 24 de agosto a 1º de setembro tem patrocínio do Materdei e realização da Agentz Produções Culturais e CIRC - Centro de Intercâmbio e Referência Cultural. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Mostra “Cenas Circenses”

Artistas circenses do Brasil e da Argentina se encontram com seus pares da música, poesia e dança de BH para juntos com o diretor Chico Pelúcio mergulharem nessa deliciosa experiência das Cenas Circenses. Inédito o espetáculo foi construído a partir de materiais recebidos por meio de chamamento público e que sob o olhar do diretor ganharam forma e potência.

Integram o espetáculo as cenas:

“Parada de Mão” – com Helder Vilela

Sempre que está em processo criativo Helder faz um “auto estudo” do seu corpo e uma análise de tudo que já vivenciou. Busca em suas criações colocar seus sentimentos e experiências, sempre transitando entre o circo tradicional e o contemporâneo.

Técnica: Parada de Mão

“Duavesso” – com Pedro Sartori e Philippe Ribeiro

Duavesso é um encontro entre dois acrobatas que interagem entre si com deslocamentos e acrobacias em planos verticais. A dupla explora as possibilidades de expressividade dos movimentos, jogando com o risco da altura, executando movimentos de quedas, figuras estáticas e evoluções dinâmicas.

Técnica: Mastro Chinês

“Abrna” – Cia. Garúa com Ile Pastorino e Pablo Zuccolo

Pablo e Ile têm uma longa carreira artística com passagem por grandes companhias como o Cirque du Soleil e o Han Show Theater na China. Nesse número, a dupla ultrapassa os limites da técnica para encontrar uma linguagem própria, convidando o espectador a desarmar-se e gozar a viagem.

Técnica: Força capilar

“Teoria de Tudo” - Coletivo Instrumento de Ver com Júlia Henning

Como se comunicar a partir do corpo? Teorias inventadas sobre questões que nos movimentam são colocadas como experiências no corpo da artista. Transitando entre o circo e a dança, Julia Henning traz para a cena a curiosidade e a vontade de entender tudo ao mesmo tempo, usando as coisas que estão ao seu redor. A criação evoca as relações entre todas essas coisas para evidenciar a fragilidade e o risco das relações.

Técnica: Equilíbrio, dança e poesia

Ficha Técnica:

Direção: Chico Pelúcio.

Artistas selecionados: Helder Vilela, Pedro Sartori, Philippe Ribeiro, Ile Pastorino (Cia. Garúa), Pablo Zuccolo (Cia. Garúa) e Júlia Henning (Coletivo Instrumento de Ver).

Artistas convidados: Chaya Vazquez, Isabela Leite, Hadassa Amaral, Samantha Rennó, Black Josie, Analu Braga, Silvia Kamyla e Pieta

Espetáculo “Portmanteau” – com Mira Ravald e Luis Sartori do Vale

Portmanteau é uma mistura linguística de palavras, na qual partes de várias palavras e seus significados são combinados em uma nova palavra. O espetáculo combina circo, dança, música ao vivo e artes visuais.

Apoiado por visuais feitos à mão projetados no espaço e em corpos em movimento por retroprojetores antigos, acompanhados pelos sons quentes de um contrabaixo, a performance explora temas de conexão e interação através de momentos de encontro e desmembramento. A nostalgia lúdica e a interação imediata entre os retroprojetores e os artistas, combinadas com uma nova abordagem de suas habilidades técnicas, criam um ambiente visual puro e dinâmico. Convidando o público a observar, sentir e experimentar, Portmanteau pretende evocar emoções de uma forma poética e não linear.

Oficina com Pedro Sartori do Vale – Acrobacia

Público alvo: iniciados em acrobacia

Pedro começou o circo com a idade de 14 anos. Um hobby no início, rapidamente se tornou uma paixão e depois uma profissão. Mudou-se para a Bélgica, onde se formou na École Supérieure des Arts du Cirque, ESAC, em 2011. Especializado em Mastro chinês e acrobacia, Pedro trabalha sempre em diversos projetos, espetáculos, festivais e companhias, dentre elas o Espetaculo “DOIS” com seu irmão, “Luís & Pedro Sartori do Vale” - Finlandia/Brasil; “Cirque Farouche - Zanzibar” - França; companhia “Feria Musica” - Bélgica; “Coletivo Na Esquina” - Brasil; Cabaré “Palais in Park” - Alemanha, “Palazzo” – Áustria. Em 2019 inaugura a Brava Escola de Circo, Belo Horizonte do qual é fundador e diretor.

Foto: MANDRIL