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O Grupo de Teatro Armatrux nasceu em 1991 e destaca-se pela construção de uma estética que alinha o trabalho físico, a manipulação de objetos e bonecos, a construção de imagens e os recursos circenses. Através de várias parcerias artísticas, o Grupo desenvolveu uma linguagem própria, aberta a possibilidades de encenação muito diversas. São 19 espetáculos encenados, construindo uma trajetória e um repertório rico, que levou o Armatrux a se apresentar em vários países, em todos os estados brasileiros e em mais de 50 cidades do interior do estado de Minas Gerais.

A montagem “Nightvodka” não conta uma história linear, é uma metáfora existencial de nossos tempos. Revelando estados e sensações, o trabalho inspira-se na cultura dos povos da antiga União Soviética – URSS, sua arte e sua tendência para o trágico. Resultado do processo criativo que se desencadeou a partir de relatos sobre o acidente nuclear de Tchernóbil, o espetáculo mescla referências distintas entre pintores, poetas, cineastas e compositores, dando seguimento à pesquisa musical, física e imagética do Armatrux. O espetáculo não se limita ao nível sensorial, devendo ser entendido em toda sua dimensão poética e dramática. Uma catástrofe nuclear que nos leva a repensar a vida, o poder e a própria existência no planeta. Num universo decadente, onde as crenças ruíram e o amor se tornou uma ameaça, NIGHTVODKA é uma lembrança com ares de profecia, podendo soar ainda como um alerta.

Em “De Banda pra Lua”, o Grupo se vale do teatro de sombras, elemento essencial para a construção do mundo encantado proposto pelo espetáculo. A peça dá prosseguimento a uma das marcas do Armatrux, caminhar entre o teatro físico e o musical, entre o infantil e o absurdo, entre tradição e revolução. O espetáculo foi vencedor de prêmios importantes, como 1º Prêmio de Dramaturgia Infanto-Juvenil de Minas Gerais/2005, Prêmio Funarte de Teatro Myrian Muniz/ 2006, 1º e o 2º Prêmio “Cena Minas”, em 2007 e em 2008, na categoria “Formação de Público” e recebeu, em 2008, onze indicações para o Prêmio Sinparc e quatro indicações para o Prêmio Sesc-Sated.

Foto: Bruno Magalhães