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Ocupação verde faz história em BH

O Terraço Laces cedeu espaço em sua obra para uma programação de 24h de intervenções artísticas

Sempre conectado com a natureza e ligado à arte e ao design, o Laces and Hair, hairspa pioneiro em tratamentos saudáveis para os cabelos, comandado pela cosmetóloga Cris Dios, paralisou as obras de sua futura unidade em Belo Horizonte/MG, a pedido do Coletivo de Criação Laces para 24 horas de arte com intervenções artísticas chamadas de Ocupação Verde.

Na vontade do artista plástico Armarinhos Teixeira e das arquitetas e designer Juliana Vasconcellos e Nadezhda Mendes da Rocha, ao conhecer o Terraço Laces BH ainda em obras, propuseram essa ocupação verde que teve início na noite de sexta-feira e se estendeu até o fim de tarde de sábado. O engajamento do Laces com a Arte já presente em todas as unidades, cedeu espaço para receber as obras dos artistas.

Banco Verde by Juliana Vasconcellos

Como o banco verde idealizado pela designer e arquiteta mineira Juliana Vasconcellos. A matéria revela toda a vida que já lhe pertenceu por seus desenhos e nós. O albumo que conduz água, se mostra com colorações ligeiramente mais claras, já foram células vivas. A madeira registra todas as marcas e feridas. Os nós já foram ramos. O cerne dá suporte mecânico. Suas cores e desenhos são mapas da vida. Como que submergindo de uma base viva, a peça traduz a vida em sua textura e cria o ciclo de reuso. Com formas suaves e estrutura e balanço quase arquitetônicos, sua robustez e volume cria impacto.

No universo da arquitetura e design de interiores, Juliana Vasconcellos descobriu a paixão pelo desenho de produtos, através da execução de móveis personalizados para clientes de seu escritório. O caráter forte e atemporal dos desenhos resulta em uma mescla de simplicidade e sofisticação. A escolha da matéria prima prioriza materiais autênticos, como madeira, pedras e metais, ora atrelados a materiais inusitados que, somados à manufatura artesanal, conferem alma às peças.

Este trabalho manual, aliado ao equilíbrio das formas e detalhes cuidadosamente pensados e particulares de cada projeto, agrega um valor emocional distinto a cada um dos objetos criados por Juliana. “Instigante e estimulante são as palavras que uso para descrever a oportunidade de participar do coletivo do Laces, uma empresa que admiro pela quebra de paradigmas e beleza”, acrescenta ela.

 

Estudos sobre Geometria, Composição e Encontros by Nadezhda Mendes da Rocha

Outra obra que se destacou, foi o “Estudos sobre Geometria, Composição e Encontros”, um projeto mobiliário lúdico, com uma estrutura modular que comporta diferentes composições, escalas e aplicações da arquiteta Nadezhda Mendes, que trabalha de maneira autoral, ainda transitando entre áreas da arquitetura e do design.

Os objetos que formam a obra são um banco, um rendário, um descanso, um trepa-trepa e um balanço, obtendo uma estrutura adaptável a diferentes propostas e lugares. A estampa é uma abstração a partir do imaginário das paisagens mineiras, que trazem montanhas e telhados de cidades históricas. A cartela de cores envolve tons de azul, das janelas das casas coloniais, o ocre das telhas, e o branco, das paredes caladas.

O protótipo é feito em vergalhão de aço, dobrado e soldado, com tela de poliéster e PVC, impressa em serigrafia com o uso de duas cores. "O Laces tem algo que me atrai muito, que é a capacidade de ousadia e inovação. Isso me estimulou a fazer também no meu trabalho algo experimental e a apresentar como ideia no mundo", divide a designer Naná Mendes da Rocha.

 

Sonar by Armarinhos Teixeira

E o artista plástico Armarinhos Teixeira, trouxe seu trabalho intitulado “Sonar”. Nesta obra em Bloart, é utilizada a forma simbólica de um sonar, sinalizando uma aproximação ou dispersão de um elemento encontrado aqui, uma planta carnívora; como já se utilizou o encontro de esculturas orgânicas em látex e outros organismos em bronze.

O artista plástico Armarinhos Teixeira vive e trabalha em São Paulo. Em seu trabalho, estuda a morfologia das coisas desde 1990, que estão entre cidade, a mata e as áreas áridas. Numa via de expressão e intensidade, a construção de novos amparos, que se espalham como uma miragem contemporânea. A partir daí, cria em extensão: esculturas, instalações, desenhos e interrogativas em outras mídias, assim, formando-se a Bloart.

“O meu projeto propõe a intensidade em unir estudos geográficos, biomas e as morfologias que se encontram nesses estudos, levando para três encontros” explica Armarinhos.

O primeiro encontro para a evolução do território, seja ele o brasil, mapeando costumes culturais, geográficos e atmosféricos; o segundo, leva em conta o domínio das transformações morfológicas de matérias, sejam elas sintéticas, orgânicas e seus minerais, os quais se encontram na mata, nos vilarejos, nas grandes cidades e em áreas isoladas. O terceiro encontro, daquilo que se unir, na construção, se apresenta numa (miragem contemporânea), revelando imagens de organismos vivos como primatas e elementos marítimos, entre eles estudos com águas e solos. Assim, formaliza Bloart.

A ocupação foi marcada por uma verdadeira imersão no universo da arte brasileira, que marcou a cidade, e o bairro de Lourdes de 10 a 11 de agosto, cheia de atrativos para apreciadores de temas como beleza, bem-estar, sustentabilidade e criatividade.

Foto: Divulgação 

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