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 O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte completa três anos no próximo dia 27/08 e a impressionante marca de 1,750 milhões de visitantes. Para marcar a data, a exposição Mondrian e o movimento De Stijl apresenta programação especial com a participação do curador da mostra, Pieter Tjabes, que conduz um bate-papo sobre as influências do neoplasticismo na arquitetura e no design. A palestra, gratuita e aberta a todos os interessados, é uma oportunidade única para o público mineiro conhecer um pouco mais sobre o movimento que exerceu forte influência em diversas linguagens visuais, algumas delas visíveis na arquitetura de Belo Horizonte.

A presença da exposição na capital mineira revela aos visitantes muito mais que raridades e tesouros da arte moderna. As bases do modernismo, que deixou marcas históricas no urbanismo da cidade, estão no Neoplasticimo. Foi o movimento de Stijl que em 1917, frente aos horrores da Primeira Guerra Mundial, passou a pregar uma mudança estética radical.

Para os artistas, arquitetos e designers ligados ao movimento, era preciso criar uma nova estética, que além de buscar a pureza, a simplicidade e a fuga de elementos considerados supérfluos, também deveria estar completamente inserida no cotidiano das pessoas. Mudar o mundo dependia de tirar a arte dos quadros na parede e inseri-la nos móveis, casas, prédios, utensílios e etc. Parte dessa utopia foi concretizada em construções modernistas no mundo todo, inclusive em Belo Horizonte.

“A recepção do público de Belo Horizonte tem nos surpreendido positivamente. São mais de 2.500 pessoas por dia, número recorde para o CCBB. Isso indica que a cidade abraçou a exposição e se identifica com o que que está sendo mostrado. Para nós será um privilégio conversar com o público de Belo Horizonte sobre as influências que Mondrian e o movimento De Stijl exerceram no design, na arquitetura e em outras linguagens visuais. Sabemos que é um debate que toca a cidade, porque em determinada medida é um debate sobre a cidade em si”, relata Pieter Tjabes.

O evento é de graça e senhas de acesso serão distribuídas com uma hora de antecedência na bilheteria do Centro Cultural.

Além da palestra, haverá uma série de atividades preparadas especialmente para tornar a visita ao museu uma verdadeira experiência de imersão. Uma das atividades mais aguardadas, a esquete “Mondrian: da cor ao jazz”, estreia no aniversário do CCBB, no próximo dia 27/08.

Concebida pelo CCBB Educativo, a apresentação retrata um encontro entre Greta Heijbroek, que foi noiva de Mondrian, Adeline Beaumont, uma cantora parisiense, e o artista nova-iorquino, Harry Holtzmann. No palco eles falam sobre fatos da vida de Piet Mondrian, abrangendo os anos vividos em três cidades: Amsterdã, Paris e Nova Iorque. No dia 27, a apresentação está marcada para às 18h. Depois disso, segue em cartaz quartas e sextas a partir das 19h até o final da exposição, em 26/9.

Foto: Divulgação