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Artista visual Gilmara Oliveira inaugura exposição sobre o “feminino empoderado” na aliança francesa BH, nesta quinta, 30/8

MOSTRA DE OITO OBRAS INÉDITAS DÁ VOZ A MULHERES INVISIBILIZADAS E TRATA DE TEMAS COMO DIREITO DE FALA E VIOLÊNCIA DE GÊNERO

A Aliança Francesa Belo Horizonte inaugura nesta quinta, 30 de agosto a exposição individual“Do Que o Coração Está Cheio ou Sobre Começo, Meio e Fim”, da artista visual Gilmara Oliveira. A mostra é o quinto evento da programação anual da galeria Georges Vincent, em um total de oito exposições ao longo do ano, todas com o tema “Arte na Luta”.

Com um olhar permanente sobre a mulher empoderada, a Aliança Francesa exibe oito obras inéditas de Gilmara, desenvolvidas em 2017. As pinturas abstratas são baseadas em discursos contra a violência, a valorização do sagrado feminino e o direito de fala e mobilidade. “Apesar de os trabalhos serem autobiográficos, apresento de maneira universal uma luta a favor da vida das mulheres, do direito de irem e virem, sendo quem se é, sem rótulos ou padrões”, expressa a artista.

Entram, aí, temas como orgasmo e ejaculação feminina, na obra Clímax; a menstruação que se torna azul em comerciais de TV, em Poiesis; parto e maternidade, em Glândulas e Revés; abuso e aborto, em Lembranças do Quarto Escuro e Desafeto. “Trago à tona o sentimento e o entendimento das feridas expostas de outrora. Tudo costurado a ações performáticas, como reforço da luta”, descreve Gilmara. Em tamanhos e técnicas variadas, as obras são ambientadas por uma seleção de canções de blues interpretadas por mulheres, com o intuito de jogar luz à trajetória de luta das cantoras deste gênero musical.

Para o vernissage, a artista planeja realizar uma performance com o mesmo nome da exposição. Dentro dos princípios da body art, ela irá se colocar em um ponto da galeria para possível intervenção no próprio corpo.

 

Sinopse da ação*

De tudo ao meu amor próprio serei atenta

Porque meu corpo é só meu e me sustenta

E mesmo em face do maior encanto

Gratidão e coragem sejam meu acalanto.
*texto baseado no Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes

 

Sobre a artista

Gilmara Oliveira nasceu em Timóteo (MG) e se graduou em Escultura pela Escola de Belas Artes da UFMG. A artista visual trabalha com diversas linguagens, especialmente vídeo experimental, pintura e performance. A figura da mulher é uma constante em sua trajetória, desde ações no espaço urbano para sensibilizar e fazer refletir sobre a banalização da violência entre gêneros e o feminicídio, até o projeto colaborativo Vespa (Via de Experimentação em Performance e Arte), em que se debruça sobre o sagrado feminino, em parceria com Carolina Botura. Seus trabalhos mais recentes são “(Des)encontros – Lugar onde me encontro pelo erro” (2018), com a ação “Até que um BASTA nos separe”, no Teatro 171, em Belo Horizonte; e a exposição coletiva “Mulheres a caminho” (2017), realizada em Campinas (SP), com curadoria de Fausto Gracia (México) e Cecilia Stelini (Brasil). Também já expôs em Portugal (2010), Alemanha (2010), Porto Rico (2010) e França (2011), com obras bidimensionais, e é parceira da multiartista Zi Reis, no Ateliê Pé Vermelho.

Foto: Divulgação

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