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Lima Barreto - Letra em Cena. Como ler... apresenta o autor do clássico “O triste fim de Policarpo Quaresma”

O “Letra em Cena. Como ler…”, programa literário do Centro Cultural Minas Tênis Clube, apresenta, no dia 4 de setembro, às 19h, no Café do Centro Cultural Minas Tênis Clube, a obra de Lima Barreto (1881 – 1922), analisada por Beatriz Resende, ensaísta, pesquisadora e professora titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. A leitura dos textos será feita pelo poeta Renato Negrão. Lima Barreto é considerado um representante da transição entre os estilos realista e modernista na literatura nacional. Sua obra prima é o romance “O triste fim de Policarpo Quaresma”, que teve a primeira publicação na íntegra em 1915. Na sua trajetória literária, Lima Barreto publicou 18 livros.  Alcoólatra, ele foi internado em hospícios, diversas vezes, ao longo de seus 41 anos de vida. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site da Sympla.

De acordo com Beatriz, a principal característica da escrita de Lima Barreto é sua capacidade de discutir questão importantes para todos os leitores. “Lima buscava por um texto ao mesmo tempo engajado com seu tempo, crítico das injustiças e acessível ao que chamou ‘leitor comum’", explica. “Na literatura foi dos primeiros, sobretudo ao falar sobre o racismo e os preconceitos contra as camadas subalternas”, ressalta Beatriz. Mas o que salta aos olhos é que sua crítica, ao mesmo tempo que é contundente, é leve. “A forma da denúncia de Lima é mais irônica do que agressiva”, diz a professora.


                        A professora Beatriz Resende, especilaista em Lima Barreto, faz palestra sobre o escritor - Foto: Bira Soares

A obra-prima de Lima Barreto é “O triste fim de Policarpo Quaresma” que, segundo Beatriz Resende, “tornou-se um clássico e entrou para o cânone da literatura brasileira mesmo sendo escrito por um autor anticanônico”. A história se passa nos primeiros anos da república no Brasil e analisa a sociedade brasileira da época, abordando questões como as injustiças sociais, o clientelismo, a burocracia, os interesses pessoais e políticos, dentre outros.

A sugestão de Beatriz Resende para se enveredar na leitura de Lima Barreto é o livro “Clara dos Anjos”, publicado postumamente em 1948 e concluído em 1922. “Por muito tempo considerada uma obra menor, é uma narrativa que tem a tudo a ver com o Brasil de hoje, com a luta das mulheres, com o racismo reforçado pela estrutura social. E é um livro terno e belo”, enfatiza a professora.

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