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Centro de Memória da Fale-UFMG reabre sua galeria com mostra sobre literatura de cordel

Evento de retomada ocorrerá nesta terça, com exibição de 'folhetos', xilogravuras, álbuns e livros

O Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG reabre a sua galeria, após longo período, com a mostra Gabinete do Livro que, nesta edição, vai abordar a temática Literatura de Cordel. O evento de abertura acontecerá nesta terça-feira, dia 30 de agosto, às 18h, e contará, ainda, com a participação de Olegário Alfredo, o Mestre Gaio (“mestre” é uma designação comum para os escritores de cordéis), para um bate-papo sobre literatura e gravura popular.

A mostra Gabinete do Livro – Literatura de Cordel – poderá ser conferida até o dia 27 de outubro, na galeria do Centro de Memória da Fale, de segunda a quinta-feira, das 15h às 19h. A entrada é gratuita.

A literatura de cordel como hoje é conhecida a literatura popular, ou simplesmente chamada de “folheto”, tem origem na literatura francesa de colportage, uma expressão literária popular na França a partir do século 17, e nos romances ibéricos chamados de pliegos sueltos.

Os folhetos têm um pequeno formato, de aproximadamente 10 por 16 centímetros, com oito páginas, geralmente, ou até mesmo 16, 32 ou mais páginas quando considerados “romances”.

A literatura de cordel era, ao lado da música com seus repentes e cantorias, um dos principais meios para a divulgação das histórias e políticas locais e nacionais, para debater as questões culturais e sociais, e para documentar o fabuloso imaginário popular. Foi considerada, principalmente no interior do Nordeste, uma espécie de jornal para aqueles que não eram alfabetizados e também muito apreciada pelo seu humor, invenção e poesia em diversos temas como cangaço, religiosidade, esperteza e amor.

Até a década de 1930, as capas dos folhetos não traziam xilogravuras, apenas vinhetas e depois fotografias de cartões-postais, do padre Cícero, de artistas de cinema e de outras imagens impressas em clichê metálico. Foi somente a partir da década de 1940 que a xilogravura começou a ser utilizada na capa dos folhetos, gravada em casca de cajá, imburana, pau-amarelo, mogno ou cedro.

Para esta edição do Gabinete do Livro, foram selecionados alguns folhetos dos mestres Leandro Gomes de Barros, João Martins Athayde, José Bernardo da Silva, Rodolfo Coelho Cavalcanti e de xilogravuras de J. Borges, Mestre Noza e José Soares. E mais alguns poucos álbuns de gravura popular e livros sobre a literatura de cordel que mostram um pouco de sua expressividade e importância na cultura nordestina e nacional.

Serviço: Mostra Gabinete do Livro – Literatura de Cordel 
Abertura: 30 de agosto, às 18h, com bate-papo sobre literatura e gravura popular com a participação de Olegário Alfredo, o Mestre Gaio
Período: 30 de agosto a 27 de outubro 
Horário de visitação:  segunda a quinta-feira, das 15h às 19h
Local: Centro de Memória da Fale (Av. Antônio Carlos, 6627, campus Pampulha da UFMG – Prédio da Faculdade de Letras, 2º andar, Sala 2010)

Entrada franca

Foto: Divulgação

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