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ARS nova coral da ufmg no conservatório de música

O grupo se apresenta no dia 11 de setembro, às 19:30

Na próxima terça-feira, 11, o Ars Nova – Coral da UFMG retorna ao Conservatório de Música da UFMG para mais uma apresentação. O foco do grupo neste ano é a música composta no século XX, divulgando não apenas os compositores brasileiros, mas também novos repertórios de compositores internacionais, com ênfase em obras ainda consideradas inéditas no Brasil. Esta é uma maneira de incentivar a produção de novas obras para coral, além de garantir que cantores e público pratiquem e escutem a música de nosso tempo, com suas idiossincrasias, seus contrastes, suas coerências e incoerências.

O repertório tem início com os Three Madrigals, da compositora norte americana Emma Lou Diemer (1927), para coro e piano, trazendo 3 poemas de William Shakespeare, cada um deles explorado de maneira diferente: harmonias transparentes em "O Mistress Mine, Where Are You Roaming?", harmonias pesadas em "Take, Oh Take Those Lips Away" e rápidas provocações ao piano em "Sigh No More Ladies, Sigh No More!".

Em seguida, o Ars Nova interpreta:

Remembrances of Love, do compositor James McCray, com 3 textos musicados de Christina Rossetti e Percy Bysshe Shelley (I.Come to me, II.Music when Soft voices Die, III.Remember me), trazendo os temas esperança, saudade e amor;

Hymne au Soleil, que homenageia os 100 anos de morte da compositora Lili Boulanger - a primeira mulher a ganhar o Prix de Rome -, composta em 1912, descreve um cenário evocativo de um despertar do sol, baseado no poema de Casimir Delavigne.

Trois Chansons de Charles D’Orlean, as três únicas canções escritas por Claude Debussy para esta formação - música coral a cappella, sem acompanhamento - vêm, também, para relembrar os 100 anos de morte do compositor. Com textos de Charles D’Orleans, a primeira é fluente e flexível, a segunda apresenta influências espanholas e a terceira encerra o ciclo com uma explosão irada contra o Inverno, o “vilão” de D’Orleans.

A partir daí o repertório valoriza os compositores nacionais, abrindo o terceiro momento com o Cancioneiro de Lampião, composição do pernambucano Marlos Nobre, que escreveu um trio de canções - Muié Rendêra, É Lamp, é Lamp, é Lampa e Cantigas de Lampião - em homenagem ao cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião. Nos concertos de 2018 o Ars Nova - Coral da UFMG vem relembrar os 120 anos do nascimento de Lampião e os 80 de sua morte.

As três músicas que encerram o concerto são de autoria do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca que, em 1964, fundou o Ars Nova - Coral da UFMG. O coral homenageia os 85 anos de nascimento de seu fundador com as seguintes composições:

Ponto de Oxum Iemanjá, uma obra escrita em 1965, rica pelo aspecto rítmico e inovadora: as vozes masculinas imitam o som de tambores, acompanhando uma melodia tradicional da Umbanda. O texto lembra o sincretismo religioso e no início saúda Iemanjá como a Rainha do Mar.

Ponto de São Jorge Ogum Guerreiro, mais uma das obras do maestro Carlos Alberto dedicada a preservar e divulgar o universo da música de Umbanda. Como a canção anterior, ela exibe precisão rítmica aliada a uma melodia que torna-se fácil de cantar por seu desenrolar progressivo.

Ponto Máximo de Xangô, obra que o Ars Nova estreou no mês passado, na apresentação da Quarta Doze e Trinta e que incorpora em seu repertório.

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