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Caetano veloso e seus filhos apresentam o show “ofertório”

A apresentação acontece dia 16 de dezembro no Km de Vantagens Hall BH

Músico, produtor, arranjador, escritor e um dos maiores cantores da música brasileira com mais de cinco décadas de carreira, Caetano Veloso, junto com os seus filhos Moreno, Zeca e Tom, prometem emocionar o público com o show “Ofertório” no dia 16 de dezembro, no Km de Vantagens Hall, em Belo Horizonte.

A venda de ingressos para o show já se encontra disponível. Eles poderão ser adquiridos pela internet (www.ticketsforfun.com.br), nos pontos de venda espalhados pelo Brasil e na bilheteria do Km de Vantagens Hall. O show é realizado pela TIME FOR FUN, com a produção da UNS PRODUÇÕES.

O título “Ofertório” vem de uma canção feita especialmente para a missa de 90 anos da mãe de Caetano, dona Canô, e para emocionar ainda mais, o repertório foi escolhido exclusivamente por Moreno, Zeca e Tom.

Sucessos como "O Leãozinho", "Reconvexo" e "Um canto de afoxé para o bloco do Ilê", e a nova composição “Todo Homem”, de Zeca Veloso fazem parte do show, que também trará novas canções tanto de Caetano quanto dos filhos.

Caetano idealizou o projeto como uma homenagem à memória de sua mãe, Dona Canô, falecida em 2012. E o show também é dedicado às mães de seus filhos e ao amigo e parceiro de composições, Cézar Mendes. CD e DVD “Ofertório” foram lançados em maio deste ano e já estão disponíveis em todas as plataformas digitais (https://umusicbrazil.lnk.to/OfertorioCaetanoVeloso ) e nas principais lojas físicas.

Ofertório por Caetano Veloso:

Há muito tempo tenho vontade de fazer música junto a meus filhos publicamente. Desde a infância de cada um deles gosto de ficar perto. Cada um é um. Sempre cantei para eles dormirem. Moreno e Zeca gostavam. Tom me pedia pra parar de cantar. Indo por caminhos diferentes, todos se aproximaram da música a partir de um momento da vida. Moreno, que nasceu vinte anos antes de Zeca, formou-se em física. Tom, que nasceu cinco anos depois de Zeca, só gostava de futebol. Moreno e Tom já se profissionalizaram como músicos. Zeca, depois de passar parte da adolescência experimentando com música eletrônica, começou a compor solitariamente. Quero cantar com eles pelo que isso representa de celebração e alegria, sem dar importância ao sentido social da herança. É algo além até mesmo do "nepotismo do bem", na expressão criada por Nelson Motta.

Faz uns anos, fiz, atendendo a um convite específico, um show com Moreno, que foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida. No show que faremos agora, voltaremos a certas canções impossíveis de serem descartadas, como "Um canto de afoxé para o bloco do Ilê". Moreno tem uma linha criativa extremamente refinada. Os trabalhos com o grupo +2 são uma marca profunda e duradoura da sua geração. Seu disco individual é um dos mais belos exemplos de delicadeza da história da canção brasileira.

Logo depois comecei a fazer o trabalho com a Banda Cê. E Recanto pra Gal. Moreno esteve em todos esses projetos como produtor, trazendo sua sabedoria. No meio tempo, Zeca e Tom foram crescendo. Tom, no começo, nem ligava pra música. Hoje faz parte da banda Dônica e é, de nós quatro, o mais naturalmente dotado para as relações entre as alturas, os tempos e todos os signos musicais. Zeca, que sempre adorou música, justo quando achava que não havia para si mesmo um caminho nessa atividade, compôs um grupo de canções comoventes. Ao ouvir uma delas, Djavan exigiu que ele a mostrasse em público. Ele resistiu mas nesse show finalmente obedecerá a Djavan. Tom, em sua relação de discípulo com Cézar Mendes, desenvolveu uma capacidade de execução notável. E logo já começava a compor com seu mestre. Entrei como letrista numa dessas canções que ele fez com Cézar. E agora, na preparação desse novo show, fiz letra para uma música só sua.

Assim, no show apresentaremos algumas dessas coisas que cresceram em nós, de nós. E canções minhas escolhidas por eles. "O Leãozinho", que os filhos de tanta gente pedem, os meus não deixaram de pedir. E coisas como "Reconvexo" têm de estar ali confirmando a linhagem. Há clássicos de Moreno e canções novas de todos (inclusive minhas). Nas primeiras conversas, imaginamos chamar um pequeno grupo de músicos para enriquecerem os arranjos. Mas, ensaiando, decidimos ficar só os quatro no palco. O som será mais para o acústico e muito singelo. Eu sou o único que só toca violão. Os outros podem se revezar em alguns instrumentos. É um show familiar, nascido da minha vontade de ser feliz. Ter filhos foi a coisa mais importante da minha vida adulta. O que aprendi com o nascimento de Moreno - e se confirmou com as chegadas de Zeca e Tom - não tem nome e não tem preço. Mas nosso show também tem a responsabilidade de apresentar números com qualidade profissional. Creio que não somos uma família de músicos, como há tantas, dado o caráter comprovadamente genético do talento musical, mas seguramente somos músicos de família. Os shows são dedicados às mães deles, a Cézar Mendes e à memória de minha mãe.

Foto: Marcos Hermes

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