Notícias

Centro Cultural SESIMINAS apresenta: Marcelo Veronez, 'Narciso Deu Um Grito'

Cantor lança disco no dia 22/09, em show com participações da cantora Josi Lopes, do coletivo Toda Deseo e do bloco Corte Devassa

Narciso finalmente vai gritar. No dia 22 de setembro (sexta-feira), o cantor Marcelo Veronez leva ao palco do Teatro SESIMINAS o show de seu disco de estreia, “Narciso Deu Um Grito”. A apresentação, que começa às 21h, terá participações da cantora e compositora Josi Lopes e de integrantes dos coletivos Toda Deseo e Bacurinhas, além do bloco carnavalesco Corte Devassa. Os ingressos, a preços populares, serão vendidos na portaria do teatro por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), mas podem ser adquiridos antecipadamente com a produção do evento por R$ 10. O show é uma realização do Centro Cultural SESIMINAS.

Com direção cênica do próprio Veronez e figurino de Lira Ribas, o show de “Narciso Deu Um Grito” coroa o trabalho de experimentação desenvolvido pelo cantor ao longo dos últimos três anos. O resultado é um repertório assinado por nomes de destaque da cena mineira - de Marku Ribas a Milena Torres, de Luiz Gabriel Lopes a Brisa Marques -, cujas composições se transformam na interpretação singular e apaixonada de Veronez, que se descobriu cantor depois de se formar e trabalhar com teatro.

“Eu passei a falar que sou cantor só depois que comecei a gravar esse disco. Mas sabe o que eu gosto mais de dizer? Eu sou intérprete. Eu gosto do lugar do intérprete. Porque a figura do cantor, principalmente na nossa geração, ficou muito atrelada ao cantautor. Aqui em Minas, então, é quase uma lei. Eu acredito na autoralidade do meu trabalho a partir do momento que eu coloco meu corpo a disposição da música”, defende o artista.

No palco, Veronez conta com a banda que gravou a maioria das faixas do disco. Alguns dos músicos, inclusive, o acompanham desde os shows intitulados “Experimento”, série de apresentações diversas em que Veronez testou músicas para entrar no repertório do trabalho. Estarão no palco Nara Torres (percussão), Davi Fonseca (teclados), Ygor Rajão (guitarra e fluggel), Yuri Vellasco (bateria) e Lucas Completo (sax barítono). A novidade da banda é a baixista Camila Rocha, que assume o posto ocupado no álbum por Paulim Sartori.

Além da performance marcante de Veronez, o show de “Narciso Deu Um Grito” terá coreografias criadas pelos artistas Rafael Lucas Bacelar e Ronny Stevens, que serão acompanhados no palco por Fernanda Rodrigues, Idylla Silmarovi, Wagner Alves e Ana Reis, artistas dos coletivos Toda Deseo e Bacurinhas. A luz do espetáculo ficou a cargo de Akner Gustavson e Marina Arthuzzi.

O DISCO

Depois de ganhar destaque com o projeto “Não Sou Nenhum Roberto”, em que revisita o repertório de Roberto e Erasmo, Veronez percebeu a necessidade de gravar um disco para fazer seu trabalho circular, inclusive fora de Belo Horizonte. O cantor mergulhou, então, no garimpo de composições para a construção do repertório de “Narciso Deu Um Grito”, cujo fio condutor é o carnaval.

“É um trabalho carnavalesco, mas não exatamente de músicas de carnaval. Tem a ver mais com os encontros que a festa me proporcionou. A faixa ‘Na Trilha’ tem a participação da Roda de Timbau; ‘Narciso’ tem a (percussionista) Chaya Vazquez e apresenta esse sentido político do carnaval; ‘Nunca Vi’ é do Marku, que é um dos fundadores da Corte Devassa; ‘Ventilador’ é do Di Souza, que rege o Então Brilha. Todas essas figuras fazem parte do meu carnaval”, pontua.

Um dos grandes destaques do trabalho é, inclusive, a gravação inédita do hino da Corte Devassa, que teve parte captada na rua, com o próprio bloco tocando. ‘Nunca Vi’, por sua vez, teve o apoio luxuoso da banda Iconili e foi pinçada do repertório de Marku Ribas por sua filha, Lira. “Antes do Marku morrer, eu conheci a Lira. Mas não éramos tão íntimos. Íamos fazer um show para arrecadar uma grana para custear o tratamento do Marku, mas ele acabou fazendo a passagem antes. A apresentação foi mantida como tributo e a Lira me ligou e disse: ‘Eu tenho uma música para você cantar no show. É a sua cara’. Ela nunca tinha me visto cantar”, relembra.

Com produção musical de Ygor Rajão, “Narciso Deu Um Grito” ainda tem participações do violonista Thiago Delegado, das cantoras Cláudia Manzo, Josi Lopes, Ana Reis e Lira Ribas, e da Banda Viada. O disco foi viabilizado por meio de financiamento coletivo, com mais de 500 apoiadores, e o encarte ficou a cargo do artista Raphael Moroni, com projeto gráfico de Paloma Parentoni. As fotos - que tiveram como cenário a Gruta, um dos redutos da arte independente de Belo Horizonte - são assinadas por Randolpho Lamonier.

MARCELO VERONEZ

Marcelo Veronez é formado pelo Teatro Universitário da UFMG, com passagens pela Anthônio Escola de Canto e Primeiro Ato Centro de Dança. No teatro, foi coordenador do Núcleo de Artes Cênicas da Coordenadoria de Cultura de Contagem, de janeiro de 2005 a junho de 2007. Participou como ator/produtor/diretor por diversas vezes dos principais festivais da cidade como FIT BH (Festival Internacional de Teatro Palco e Rua), Festival de cenas curtas do Galpão Cine Horto, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Verão Arte Contemporânea. Foi indicado por duas vezes ao prêmio SINPARC e premiado pelo seu trabalho no musical “Os Saltimbancos”, de Chico Buarque, produzido pela Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes).

Como cantor, estreou em 2007 com o show “Grávida” que circulou o interior de Minas Gerais com o projeto Trilhas da Cultura. Em 2009, foi a vez de estrear “Veronez canta Roberto” que, dois anos depois, passou a se chamar ‘Não sou Nenhum Roberto’, apresentando novos arranjos e canções sob influência de Roberto e Erasmo. Em 2012, realizou o show ‘Veronez e Seu Conjunto: Para Ver e Ouvir Amando’, que traz o galantismo e a glória das músicas das décadas de 40 e 50 aos tempos atuais.

Em 2016, no Sesc Palladium, participou do show “Pacutiguibê”, com a banda Iconili. O espetáculo apresenta apenas músicas do mineiro Marku Ribas e contou com as participações de Zezé Motta e Júlia Ribas. Nome promissor da música brasileira, já dividiu palcos com o cantor pernambucano Otto e a diva Elza Soares. Mantém uma coluna semanal na Rádio Inconfidência chamada “Evoé Baco”, onde trata de temas relacionados ao universo do teatro e da música.

Foto: Randolpho Lamonier

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.