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Palestra na casa Fiat de cultura discute filmes clássicos E icônicos diretores do cinema italiano

Na edição do “Quartas Italianas”, crítico Pablo Villaça comentará linguagem, estética e diferentes estilos de filmes produzidos na Itália, que influenciaram gerações

O cinema italiano produziu filmes que se eternizaram na memória dos amantes da sétima arte. Longas como “8 ½” (1963), “Cinema Paradiso” (1988), “Roma, Cidade Aberta” (1945), Ladrões de Bicicleta (1948), “Vítimas da Tormenta” (1946), e “O Dia da Ira” (1967) mostram como a indústria cinematográfica italiana conta com filmes de excelente qualidade e ligados a diferentes movimentos artísticos. Para falar sobre o assunto, a próxima edição do projeto Quartas Italianas apresenta a palestra “Cinema Nostro – A linguagem cinematográfica italiana”, com o renomado crítico de cinema Pablo Villaça. O evento será realizado no auditório da Casa Fiat de Cultura, no dia 18 de setembro, de 19h30 às 21h. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos pela Sympla (espaço sujeito a lotação de 200 lugares).

Villaça vai abordar a história do cinema da Itália, destacar como as diferentes correntes artísticas e cenários do país influenciaram a estética dos filmes, e apresentar seus grandes momentos, desde os primórdios, até os dias de hoje. O cinema italiano se tornou uma referência após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, surgiu o neorrealismo, que teve seu apogeu entre os anos de 1940 e 1950, com filmes que refletiam sobra as condições de pobreza na Itália pós-guerra. Depois dessa época, foram criados outros gêneros, como musicarello, peplum e spaghetti western, com a chegada de um novo tempo de prosperidade.

O público vai conferir detalhes da linguagem cinematográfica de filmes que marcaram gerações e lançaram ao estrelato internacional grandes diretores e atores, entre eles Sophia Loren, Paolo Sorrentino, Bernardo Bertolucci, Marcello Mastroianni e Roberto Benigni. O ciclo do canibalismo – com produções de horror gore – também será abordado na apresentação.

Pablo Villaça ressalta que os participantes terão a oportunidade de descobrir um cinema vivo, em constante movimento e evolução, que se preocupa tanto com questões estéticas e narrativas quanto com reflexões políticas e sociais. “A especificidade da história do país e mesmo do temperamento de seu povo contribuem para trazer um tom único ao cinema italiano ao longo das décadas, adicionando irreverência a gêneros estabelecidos e peso social a correntes que se formavam”, analisa.

O cinema italiano será tema do programa Quartas Italianas nos meses de setembro, outubro e novembro. As produções do país mostravam os novos costumes da Itália, ressaltavam a moda e o design e se estabeleceram como um marco mundial, ao fazerem cenas realistas, com locações fora de estúdio. O automóvel aparecia nessas tomadas como um companheiro de estilo, conferindo glamour, elegância e velocidade – conceitos que também são destaque na exposição “Beleza em Movimento: Ícones do Design Italiano na Casa Fiat de Cultura”, em cartaz até o dia 3 de novembro, com entrada gratuita.

A palestra “Cinema Nostro – A linguagem cinematográfica italiana” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, da Fundação Torino, do Consulado da Itália em Belo Horizonte e do Ministério da Cidadania, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio de Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Fiat Chrysler Finanças e Banco Safra. A palestra conta com apoio institucional do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), do Governo de Minas e do Governo Federal.

Pablo Villaça

Mineiro de Belo Horizonte, é crítico cinematográfico, editor do site Cinema em Cena, um dos mais antigos sites de cinema no Brasil, criado em 1997. Colaborou em periódicos nacionais como MovieStar, Sci-Fi News, Sci-Fi Cinema e Replicante. Foi ainda colaborador do quadro Ponto Crítico da revista Set. Também é professor de linguagem e crítica cinematográficas.

Casa Fiat de Cultura

A Casa Fiat de Cultura tem um importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar exposições de prestígio e relevância cultural. A programação incentiva o público a interagir com diversos movimentos artísticos e linguagens, desde a arte clássica até a digital e contemporânea. Mais de 50 mostras já foram expostas na instituições, que já recebeu nomes como Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila e Portinari.

Já são 13 anos de programação diversificada, com música, palestras, residência artística e o Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico.

A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 2,5 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 400 mil participaram de suas atividades educativas.

Foto: Divulgação

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