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Programa CCBB educativo realiza duas atividades para dar visibilidade ao setembro azul, nos dias 25 e 28
Neste mês, o Programa CCBB Educativo chama a atenção para o Setembro Azul, que tem o objetivo de dar visibilidade à comunidade surda brasileira, com duas atividades. No dia 25 de setembro, às 19h, ocorre a próxima edição do projeto Transversalidades com o tema “Setembro Azul – Linguagem corporal na comunicação e na cultura surda. Convidado do mês, o professor de libras Tales Douglas Nogueira, da UFMG, vai partilhar sua experiência no ensino da língua de sinais e em políticas públicas para a acessibilidade de pessoas surdas.
Voltado para professores e educadores, os cursos do projeto Transversalidades buscam atravessar os campos da educação e da arte, conectando as questões presentes nas exposições do CCBB-BH às urgências e reflexões cotidianas, com temas como práticas artísticas e sociais, memória, territórios e patrimônios. Nesta edição, que o Setembro Azul está classificado como o Mês dos Surdos, o convidado apresentará conhecimentos teóricos e técnicos relacionados com o corpo e suas possibilidades de comunicação, expressão e linguagem. Ele pretende, ainda, estabelecer construções históricas e culturais sobre o corpo. “A linguagem corporal é uma característica preciosa da cultura surda, pois permite a comunicação de qualquer forma. É por meio dela que os surdos podem entender melhor o seu mundo e definir sua identidade”, reflete Nogueira.
Setembro também é o mês em que o CCBB-BH recebe a exposição “Paul Klee – Equilíbrio Instável”, com 16 pinturas, 39 papéis, 5 gravuras, 5 fantoches e 58 desenhos e objetos pessoais do artista suíço, um dos principais representantes do Expressionismo, do Cubismo e do Surrealismo na primeira metade do século 20. E no dia 28 de setembro, às 15h, o arquiteto mineiro Marcos Anthony propõe ao público a produção livre de releituras das obras de Paul Klee.
Marcos Anthony é o primeiro pintor surdo brasileiro a expor internacionalmente. “A surdez nunca foi motivo para frear meus sonhos e a minha capacidade teleológica. O que para a maioria é ‘silêncio’, para mim, é o ‘som da arte’”, diz ele. “Se a arte é expressa pelas emoções do artista, o objetivo aqui é que cada um possa transmitir as próprias emoções, de acordo com suas peculiaridades e personalidades, sentindo, também, as sensações impressas pelo grande mestre suíço”, descreve.
As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site ccbbeducativo.com.
Sobre os convidados
Tales Douglas Nogueira é mestrando em Educação na UFMG, especialista em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá e graduado em Letras e em Teatro e Montagem Teatral pela PUC Minas. Atualmente, é coordenador de Educação e Política na Organização Nacional da Diversidade Surda (Onas) e professor de libras da Faculdade de Letras da UFMG. Trabalhou por uma década no Núcleo de Apoio à Inclusão da PUC Minas, com projetos ligados à acessibilidade, pesquisas de iniciação científica e ao ensino de libras para a comunidade acadêmica. Também é ator e comediante, com destaque para as comédias “O surdo do Stand-up Comedy” e “O Profissional Contábil Surdo”; e autor de peças teatrais, como “Um Clamor das Mãos em Milão”.
Marcos Anthony nasceu em Timóteo (MG), no Vale do Aço. É o primeiro pintor surdo brasileiro a fazer uma exposição individual em nível internacional e, possivelmente, um dos primeiros arquitetos surdos de Minas Gerais e do Brasil. Bacharelou-se pela PUC Minas.
Foto: Tales Douglas
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