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Fundação Clóvis Salgado apresenta “Antanas Sutkus: Um Olhar Livre”: um recorte da obra de um dos fotógrafos mais importantes do século XX pela primeira vez em Belo Horizonte

A Fundação Clóvis Salgado, em parceria com a Ars et Vita, apresenta no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, de 27 de setembro a 4 de novembro, a exposição “Antanas Sutkus: Um Olhar Livre”, uma retrospectiva da obra do artista lituano, que é um dos nomes mais importantes na fotografia do século XX. Com curadoria de Luiz Gustavo Carvalho, a mostra leva ao público 120 imagens da vida cotidiana na União Soviética dos anos 50 aos 90. A abertura da exposição acontece na quarta-feira, dia 26 de setembro, às 19h, e contará com a presença de Antanas Sutkus. Formado pela Universidade de Vilnius, Sutkus começou a fotografar nos anos 50, indo contra os arbitrários do realismo da União Soviética que ditavam as regras na época. O público que visitar a exposição poderá conhecer o cotidiano daquela população sob o olhar de uma testemunha sensível e objetiva. Seu principal interesse eram as pessoas simples, destacando a rotina e a expressão particular de cada indivíduo. Os registros inovadores e pessoais do artista, que contradiziam a censura socialista e a linha estética que era ditada pelo poder, poderão ser vistos em retratos de diferentes épocas. Através da fotografia, Sutkus conseguiu registrar uma Lituânia que ele acreditava se distinguir dos demais países da União Soviética, ideologia esta que foi reafirmada no projeto Sociedade da Arte da Fotografia – que foi fundado em 1969 por Sutkus e reuniu vários fotógrafos com as mesmas aspirações que ele de mostrar o espírito e a mentalidade do povo lituano. Reprovadas pela censura ideológica vigente, as imagens de Sutkus não foram vistas por toda aquela sociedade, mas atraíram grande interesse e reconhecimento por onde chegaram, como o prêmio da Associação Internacional de Fotografia Artística em 1976. Luiz Gustavo Carvalho afirma que “Sutkus conseguiu escapar de todas as armadilhas da censura política e do anedótico, descrevendo a vida quotidiana de uma maneira justa, carinhosa, às vezes irônica, porém sempre através de uma linha forte e resistente ao sistema e às influências”. E completa: “Cada imagem contém uma dose de subversão tingida com a doçura do olhar deste fotógrafo excepcional. O olhar de Antanas Sutkus é o olhar de um homem livre”. Para a Gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Fabíola Moulin, “a mostra Antanas Sutkus: Um Olhar Livre faz parte do esforço permanente da FCS em possibilitar ao grande público o acesso a diferentes recortes da produção artística nacional e internacional e lançar olhares sobre a linguagem fotográfica, procurando propor e instigar novas reflexões”. Apresentada anteriormente em Curitiba, depois de passar por Belo Horizonte a mostra segue para Salvador e, posteriormente, Fortaleza. A exposição pode ser conferida de terça a sábado, das 9h30 às 21h, e aos domingos, das 16h às 21h. A entrada é gratuita. Sobre Antanas Sutkus Antanas Sutkus foi o fundador da escola de fotografia na Lituânia, dando assim um grande impulso à fotografia em todos os países bálticos. Em 1969, sob sua iniciativa, foi fundada a Sociedade da Arte da Fotografia, em Vilnius, na Lituânia, que reunia todos os fotógrafos com talento do País que tinham as mesmas aspirações que ele. Em 1976, Antanas Sutkus foi condecorado com um prêmio da Associação Internacional de Fotografia Artística, associação da qual ele até hoje é membro. Desde 1996, é o presidente da Associação Lituana de Fotógrafos. Exposições por todo o mundo são consagradas à sua obra e suas fotos são representadas em diversos prestigiados museus, como o Victoria e Albert Museu (Londres), Nicephore (Nice), Museu de Fotografia (Helsinki) e o Instituto de Arte (Chicago). Sobre o curador Luiz Gustavo Carvalho Diretor da Ars et Vita, Luiz Gustavo Carvalho é pianista e apresenta-se nas principais salas de concertos da Europa, América do Sul e Estados Unidos, tais como a Grande Sala do Conservatório de Moscou, o Palau de la Musica de Barcelona, a Wigmore Hall em Londres e o Théatre du Chatelet em Paris como solista e camerista ao lado de Nelson Freire, Eliane Coelho, Elisso Virsaladze e Geza Hosszu-Legocky. Organizou várias turnês musicais junto com os músicos Geza Hosszu-Legocky na Alemanha, no Brasil e na França. Durante o ano de 2008 foi responsável pela Direção Musical do Château dOrion, organizando uma série de seis concertos. Fez estágio no VGIK, Instituto Cinematográfico Gerassimov, a principal Universidade de cinema da Rússia e atualmente escreve o seu segundo roteiro para cinema. Sobre a Ars et Vita Criada em 2010 com o propósito de promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e outros países, a Ars et Vita organizou, ainda nesse ano, um festival dedicado ao existencialismo em Nay, na França, com uma exposição do fotógrafo Antanas Sutkus, leituras de textos de Albert Camus e recitais de piano com obras de Maurice Ravel e Claude Debussy. Leva exposições com as imagens de Antanas Sutkus a diversos países da América Latina e Europa. Ainda em 2012, organizará um festival de cinema russo no Brasil e festival de cinema brasileiro e a retrospectiva de Glauber Rocha em Moscou e São Petersburgo (Rússia), Festival Internacional de Artes em Tiradentes, Festival da música e literatura contemporânea Zeitkunst.

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