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Retratar as angústias vividas pelas mulheres na atualidade diante das pressões da sociedade que cultua padrões de beleza e perfeição. Esse é o tema do monólogo “A.M.A.D.A.S – Associação de Mulheres que Acordam Despencadas”. Estrelada por Elizabeth Savala, a peça coloca em discussão, de maneira bem-humorada, questões sobre a vida das mulheres que vivem em uma sociedade fútil e superficial.  O texto é de Regiana Antonini e a direção de Luiz Arthur Nunes.

O espetáculo chega pela primeira vez a Belo Horizonte para apresentações nos dias 10 e 11 de outubro, sábado às 21h e domingo às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec. As apresentações integram a Mostra Cine Brasil Teatro e Música, que teve início em 2014 com a proposta de promover o intercâmbio de grandes nomes nacionais e internacionais com artistas locais e contribuir para a formação de novos públicos.

Sobre a peça

O espetáculo realiza uma sátira inteligente sobre o comportamento das mulheres diante dos padrões de beleza cada vez mais rígidos e angustiantes. No monólogo, Elizabeth Savala vive Regina Antônia, uma mulher de meia idade que participa de uma sessão do A.M.A.D.AS – Associação das Mulheres que Acordam Despencadas, na qual expõe as inseguranças que vive diante da impossibilidade de conservar o visual e o comportamento típicos da juventude a essa altura da vida. Pertencente a uma camada social que vive de aparências e condena aqueles que não cultivam a imagem à custa de academias, salões de beleza, cirurgias, botox, silicone, etc, a protagonista não concorda com essa ideologia. Porém, ainda assim ela acaba por absorver esses valores e se recrimina por não atender a todas as exigências impostas no culto da beleza, chegando a se rebelar contra o marido que a aceita como ela é.

Para Elizabeth Savala, o monólogo mostra uma situação comum da vida das mulheres atuais, que lidam com as pressões do culto à beleza, impossíveis se serem sustentados com o passar dos anos. “A Regina Antônia é mais uma mulher que um dia acordou despencada. O fenômeno do ‘despencamento’ atinge a todas nós. Um dia você se olha no espelho e descobre que tudo caiu. A peça mostra o ridículo a que se pode chegar para conseguir algo que às vezes não tem nenhuma importância,”diz a atriz.

Sobre a atriz

Com 41 anos de carreira, Elizabeth Savala já vivenciou diversos personagens entre mulheres fortes, dramáticas, fúteis, quase sempre cômicas. Paulistana do Butantã, a atriz estreou na TV aos 19 anos interpretando a Malvina da novela Gabriela. Ícone da teledramaturgia brasileira, Elizabeth também é uma figura carimbada nos palcos onde está em cartaz continuadamente desde 1988 com os espetáculos “Lua Nua”, “Ações Ordinárias”, “Mimi, É!..”, “Friziléia” e agora A.M.A.D.A.S – Associação de Mulheres que Acordam Despencadas.

Sobre a Autora

Regiana Antonini é autora teatral e roteirista de cinema e televisão com formação em Jornalismo e Publicidade pela PUCMG e Artes Cênicas pela CAL (Casa de Artes e Laranjeiras). É detentora do prêmio Sharp/96 de Melhor Autor pelo espetáculo Futuro do Pretérito, com a atriz Lília Cabral.

Entre seus principais espetáculos estão “Solteira, casada, viúva, divorciada” com Lília Cabral, “Doidas e Santas”, com Cissa Guimarães e “O Filho da Mãe”, com Eduardo Maritini. Roteirista da Rede Globo, redatora dos programas “Você Decide”, “Sai de Baixo”, “Zorra Total” e do seriado “Divã”.

Sobre o Diretor

Luís Artur Nunes é Bacharel em Teatro pela Universidade do Rio Grande do Sul com Mestrado pela Universidade do Estado de Nova York e Doutorado pela Universidade da Cidade de Nova York. Entre os espetáculos que dirigiu estão “Vestido de Noiva”, com Malu Mader, “A Volta ao Lar” com Vera Holtz, “Arlequim, servidor de dois patrões” com Camila Pitanga, “A Mulher sem Pecado”, com José de Abreu e “A Farsa” com Cláudia Ohana.

Foto: Divulgação