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Projeto Teatro em Movimento traz a BH e Araxá, com única apresentação, “45 Minutos”, com o ator Caco Ciocler

Sozinho em um palco vazio, Caco Ciocler interpreta um ator que é obrigado a entreter o público por exatos 45 minutos. Sem uma trama ou personagem no qual possa se amparar, este ator procura desesperadamente meios de preencher o tempo. A partir daí trava-se uma reflexão profunda acerca do lugar e do significado do teatro em nossos dias. Este é o mote de “45 Minutos”, montagem que chega a BH para única apresentação, no teatro Bradesco, dia 11 de outubro, sexta-feira; e dia 13, domingo, ao Teatro Municipal de Araxá. As apresentações do espetáculo nas duas cidades são viabilizadas pelo Circuito CBMM de Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espetáculo Em “45 Minutos”, um ator é obrigado a subir aos palcos de um teatro todas as noites e entreter o público por exatos quarenta e cinco minutos. Em troca, ele tem assegurados comida e moradia num quarto aos fundos do teatro. Na peça, que se dá inteiramente em diálogo com o público presente, o ator percebe que algo se evaporou, que a relação de uma obra de arte com a platéia não pode mais se desenhar segundo antigos pressupostos; estamos vivendo uma época para além de todo drama (no sentido clássico), e não sabemos (artistas e público) o que vem pelo caminho... Essa é uma experiência desconcertante, que abala e critica todos os fundamentos da cena. Eis o que esta obra instaura, através do monólogo escrito por Marcelo Pedreira, um dos mais interessantes dramaturgos brasileiros contemporâneos. O teatro ainda pode nos proporcionar uma experiência potente e transformadora? A peça configura esta pergunta incontornável, cuja resposta se fisicaliza na atuação de Caco Ciocler, uma ator com trabalhos relevantes no teatro, no cinema e televisão. Marcelo Pedreira e Roberto Alvim se conheceram em 2001 no Rio, quando Alvim criou o movimento Nova Dramaturgia Brasileira, patrocinado pela Prefeitura do Rio, e que lançou uma nova geração de autores como o próprio Pedreira, Daniela Pereira de Carvalho e Pedro Brício. Considerado hoje um dos melhores diretores da nova geração de encenadores, Roberto Alvim é dramaturgo, diretor e professor de Artes Cênicas. Escreveu e dirigiu 20 peças, encenadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília, Salvador, Paris (França), Córdoba (Argentina) e Laussanne (Suíça). Desde 2006, reside em São Paulo, onde dirige a companhia CLUB NOIR, dedicada a encenar obras de dramaturgos contemporâneos. Além de diversas indicações para os prêmios mais importantes do teatro brasileiro (incluindo duas indicações ao Prêmio SHELL), foi o vencedor do Prêmio BRAVO! Prime 2009 de Melhor Espetáculo Teatral de São Paulo, por sua encenação da peça O QUARTO, de Harold Pinter. Dramaturgo, romancista, roteirista e diretor de teatro, Marcelo Pedreira é formado pela Oficina de Formação Teatral da CAL, com cursos de roteiro (Robert McKee), direção de cinema (Hollywood Film Institute) e direção de teatro (Lee Strasberg Theatre) em Los Angeles. Integrou também o workshop do Royal Court Theatre de Londres, referência mundial em dramaturgia e é autor de sucessos como Dilúvio em Tempos de Seca com Wagner Moura e Giulia Gam e direção de Aderbal Freire-Filho no teatro e do longa-metragem Incuráveis com Dira Paes e Fernando Eiras. Escolhido por Alvim e Pedreira para protagonizar o espetáculo, o ator Caco Ciocler formou-se na Escola de Artes Dramáticas (EAD) e tornou-se um dos mais competentes e requisitados atores de sua geração. Desde 1995, pertence ao elenco da Rede Globo tendo atuado em 24 novelas e mini-séries. No cinema, protagonizou 26 títulos. E no teatro, 16 peças. Indicado em diversas categorias e vários prêmios, teve 14 indicações e nove prêmios.

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