Notícias

Criado com o objetivo de manutenção do grupo de Maracatu de Baque Virado “Bombos de Iroko – Meu Baque é de Luta”, o projeto “Sementes de Iroko” promove workshops e oficinas voltadas para a formação e aprimoramento artístico e técnico dos brincantes, que frequentarem as aulas semanais. Agora, o projeto traz para Belo Horizonte Adriano Carlos dos Santos, o mestre Adriano, do Maracatu Nação Cambinda Estrela e vocalista do Coco dos Pretos, ambos de Recife, para ministrar workshop aos aprendizes da oficina  de maracatu - Módulo 3 e duas oficinas abertas ao publico. Além de reger o cortejo de comemoração dos 7 anos de atuação do grupo Bombos de Iroko na capital mineira. 

No dia 11 de outubro, das 18h30 às 21h30, será realizada uma oficina sobre coco de roda, enquanto no dia 12 de outubro, das 15h às 18h, a atividade focará no maracatu de baque virado. Os encontros serão duas oportunidades de o mestre Adriano compartilhar toda sua bagagem cultural e sua profundidade de ensinamentos de anos de experiência, divulgando também a atuação e a tradição dos grupos de maracatu para o público.

Com apoio do Grupo Estrela de Aruanda, as oficinas serão realizadas na sede do grupo, na Rua Dezoito de Julho, 160, no Bairro Ipiranga. Para participar das oficinas o publico interessado deve se informar nas redes sociais do grupo Bombos de Iroko ou pelo (31) 98893-3679.

O “Sementes de Iroko” é um projeto realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

ATIVIDADE FECHADA

Além das atividades para o público em geral, o Mestre Adriano também ministrará um workshop gratuito, entre 8 e 10 de outubro, para os aprendizes batuqueiros da “Oficina de Maracatu - Módulo 03” do grupo “Bombos de Iroko”. Além de ensinar o “sotaque” do seu baque nos instrumentos como bombo, gonguê, mineiro e caixa de guerra, o convidado fará uma passagem de iniciação dos alunos no aprendizado do coco de roda, além de compartilhar experiências relacionadas aos desafios diários para continuar a fazer maracatu na periferia de Chão de Estrelas, na zona norte de Recife. 

ARRASTÃO DE ANIVERSÁRIO DO BOMBOS DE IROKO

No dia 13 de outubro, o Bombos de Iroko celebra os 7 anos de existencia com um grande arrastão de Maracatu, regido pelo mestre Adriano. A concentração será na Praça Pisa na Fulô (Rua Patrocínio com Rua Peçanha) a partir das 14:30. Em seguida, será realizada uma roda de coco no Bar dos Amigos (Rua Patrocínio, 118, Bairro Carlos Prates), para uma confraternização com os participantes e uma celebração da data tão expressiva.

::Sobre Mestre Adriano::

Mestre Adriano tem 33 anos, nascido e criado na comunidade de Chão de Estrelas, comunidade periférica localizada no bairro da campina do Barreto, zona norte do Recife. Desde pequeno manteve contato com o mundo cultural, filho de pedreiro e também músico popular (Seu pai, o senhor Francisco, tocava com Lia de Itamaracá). Adriano estudou história na Fundação de Ensino Superior de Olinda, trabalhou na Santa Casa da Misericórdia do Recife e atuou na área da saúde como redutor de danos. É também sambista, afoxezeiro, camdonblecista – pertecente ao Ylê Axé Oxum Lony, produtor musical e cultural e militante do movimento negro. Está sempre envolvido nos debates raciais, seminários, rodas de diálogo denunciando o racismo e demais opressões, como a intolerância religiosa em forma de música e nos palcos fazendo suas intervenções.

Em 1995, através do Centro de Arte e Educação Daruê Malungo, frequentou aulas de dança, percussão e do batuque do Maracatu Estrelar e também da sua corte real.

Em 2001 começa a adentrar o mundo do samba e pagode, tocando em diversos grupos tradicionais, juntamente aos ritmistas das Escolas Gingante do Samba e Galeria. Passou por diversos grupos de dança como o Afoxé Timbaganjú e de percussão, Grupo Bacnaré, que toca ciranda, frevo, coco, maracatu, pastoril dentre outros ritmos. Mestre do Maracatu Nação Cambinda Estrela desde 2010, Adriano, atualmente, se dedica a ministrar oficinas de maracatu nação (sotaque do Cambinda Estrela), afoxé e coco no Centro Cultural Cambinda Estrela, para  um público diverso da comunidade, entre outros públicos.

Foto:Acervo Nação Cambinda Estrela