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Zélia Duncan estreia turnê nacional de ToTatiando em diversas capitais e chega a BH

Espetáculo musical é baseado na obra de Luiz Tatit e tem direção de Regina Braga A cantora Zélia Duncan estreou em São Paulo nos dias 15 a 30 de setembro no Teatro Tuca a turnê nacional do espetáculo “ToTatiando”, com enorme sucesso de público e crítica passando por outras capitais como Rio de Janeiro e Curitiba. Chega a Belo Horizonte para três apresentações nos dias 19, 20 e 21 de outubro no Teatro Dom Silvério. Com direção de Regina Braga, que faz sua estreia neste papel, o espetáculo é baseado na obra do músico e compositor Luiz Tatit, com Zélia interpretando e dando vida ao rico material produzido por ele. A direção musical é de Bia Paes Leme, que foi produtora de “Eu Me Transformo em Outras” (2004), e é parceira de Zélia há muito tempo. “ToTatiando” é uma declaração de amor à obra de Luiz Tatit e a São Paulo, cidade que sempre despertou a curiosidade e aguçou o desejo de Zélia ser artista. “Não é show. É a proposta de representar algumas de suas músicas, onde eu e minha preciosa diretora, Regina Braga, enxergamos possíveis personagens”, explica Zélia. Ao invés de músicas feitas para teatro, é o teatro feito a partir da música. “ Antes de mais nada, sou uma intérprete musical, com muito orgulho. Mas se tornou parte da minha experiência como artista, me lançar em outras aventuras, que possam representar um desafio, que possam me levar ao inusitado e a algo novo”, com essa afirmação, Zélia Duncan estreou o espetáculo. A ideia do projeto “ToTatiando” é colocar uma lente de aumento no aspecto que pode ser mais teatral da obra de Luiz Tatit, obviamente através de suas canções, porém usando esse viés teatral, contando uma história e degustando cada canção como se fosse um esquete. Para cada canção, um personagem, com seus adereços e recursos próprios. Tatit acredita e defende que a canção vem da voz falada, de nossas entonações cotidianas e compõe pensando nisso. Sua pesquisa é profunda e muito rica. Fala das idiossincrasias de uma forma tão direta, que todo mundo entende e até ri de si mesmo. Assim, ele vai nos apontando paradoxos e subjetividades, desmitificando também o isolamento, na medida em que percebemos quantos pontos em comum temos uns com os outros. Ele humaniza porque é espelho, impossível não nos vermos em muitas de suas letras e formas de dizer dele mesmo, ou desse personagem que pula de sua imaginação para dentro de nós. E tem humor, quase sem querer. “Na verdade eu nunca me senti e nunca me vi como uma cantora que ficasse apenas se dedicando ao ofício de cantar, o que já é mesmo um serviço para a vida toda. Tenho feito muitas coisas diferentes na minha carreira, romper virou uma tradição, que espero manter pra sempre. Tenho acalentado esse projeto há um bom tempo. Interpretar cantando, dentro de um contexto muito teatral, com músicos e direção, os personagens das canções de Luiz Tatit”, diz Zélia. Para colocar em prática este grande projeto, onde o texto é a canção e a canção é o texto, Zélia precisava de alguém que entendesse perfeitamente a arte de atuar. Convidou a atriz Regina Braga para dirigir “ToTatiando” que aceitou participar desse formato instigante de se fazer teatro. “Regina, além de conhecer profundamente seu ofício e desempenhá-lo com um amor e talento fundamentais, é extremamente musical e admiradora de Luiz Tatit com o entusiasmo que é preciso”, conclui. Como me vi Tatit, por Zélia Duncan: “Comecei a cantar profissionalmente em 1981. Já em 1985, ir pra São Paulo e ser backing vocal de Itamar Assumpção, era um dos meus grandes sonhos. A vanguarda paulista sempre me seduziu e semeou meu imaginário com sons inusitados e caminhos pouco convencionais. Nessa mesma época, ouvia também o grupo Rumo, que sempre me soou estranhamente atraente. Eles cantavam falando ou falavam cantando? E aquele cara, com jeito de melancolia divertida, coloquial e sofisticado, que eu comecei a querer levar pra casa, se chamava Luiz Tatit. E eu levei.” O primeiro álbum solo desse artista me chegou às mãos nos anos 90, se chamava A Felicidade. Ali então se concretizou na minha vida um vínculo com essa linguagem, essa maneira de lidar com a música, principalmente as canções que contam estórias, que sugerem um personagem. De lá pra cá ouço incessantemente tudo que é lançado, bem como imprimo em meu repertório algumas de suas obras. No projeto Eu Me Transformo Em Outras, trabalho muito prestigiado e premiado, gravei Capitu, de sua autoria. Mais tarde, no álbum Amigo É Casa, com a cantora Simone, gravei A Companheira e atualmente, em minha turnê intitulada Pelo Sabor Do Gesto, incluí a deliciosa A Felicidade. Sinto-me extremamente à vontade em seu universo e sempre recebi e procurei a influência dos artistas de São Paulo na minha música. Sobre Luiz Tatit O paulistano Luiz Tatit é músico, compositor e, em sua atividade com o grupo RUMO, gravou 6 CDs com 46 canções de sua autoria. Além disso, é coautor de músicas lançadas por Ná Ozzetti, José Miguel Wisnik, Fábio Tagliaferri, Dante Ozzetti, Chico Saraiva e já teve suas composições gravadas por Daúde, Zélia Duncan, Leila Pinheiro e Ney Matogrosso, entre outros. Tem criado numerosas canções para o público infantil em projetos temáticos, desenvolvidos pelo selo Palavra Cantada. Lançou pelo selo Dabliú, os álbuns-solo Felicidade (1998), O Meio (2000), Ouvidos Uni-vos (2005), Rodopio (2007), este último gravado ao vivo e lançado também em DVD, e Sem Destino (2010). Luiz Tatit é também professor Titular do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e autor de diversos livros.

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