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Errol Flynn abriga exposição de três grandes mestres

Os artistas Claudio Tozzi, Antonio Henrique Amaral e Ivald Granato estarão presentes na vernissage, dia 17 de outubro A Errol Flynn Galeria de Arte, localizada na Rua Alagoas, 977, na Savassi, realizará uma das mostras mais importantes do ano em Belo Horizonte: exposição coletiva de três artistas da Arte Contemporânea brasileira em plena maturidade: Claudio Tozzi, Antonio Henrique Amaral e Ivald Granato. A vernissage acontece no dia 17 de outubro, quarta-feira, das 20 às 22h, com a presença do trio e do crítico de arte Olívio Tavares de Araújo. No dia 16, terça-feira, o crítico de arte ministrará uma palestra, com vagas limitadas, sobre a trajetória artística dos três pintores. A exposição acontece do dia 18 de outubro a 03 de novembro, sendo formada por 33 obras, 11 de cada artista. O crítico Olívio Tavares de Araújo, que está organizando a exposição, em parceria com o curador Errol Flynn Júnior, afirma: "com nomes desse peso, trata-se de uma exposição quase institucional, dessas que, de tempos em tempos, vêm para preencher lacunas. Ao longo de mais de dez anos de existência, a Errol Flynn se destacou com seus mais de cinquenta leilões, mas nunca se limitou a ser uma casa especializada neles. Realizou também selecionadas exposições de grupos, assim como, entre outras, individuais de Aldemir Martins, Enrico Bianco, Marina Nazareth, Sérgio Telles e Yutaka Toyota. Possui um bom currículo – que agora se enriquece com estes três artistas consagrados". A exposição Tozzi – Amaral – Granato, não apresenta apenas o que eles estão realizando nos últimos anos. As pinturas de Antonio Henrique e Tozzi provém das décadas de 1980 e 90, época áurea de ambos, quando chegavam ao apogeu. A produção de Granato é mais recente, concentrando-se numa série de pequenas pinturas de 2001 e agregando poucas outras – tudo, porém, de um conjunto de rara qualidade. Os três artistas se impuseram na mesma década de 1970, são ligados por laços de amizade e pertencem praticamente à mesma geração. Cláudio Tozzi nasceu em São Paulo, em 1944. Formou-se em arquitetura ao mesmo tempo que iniciava o trabalho de artista plástico. Ao longo da carreira, recebeu importantes prêmios, entre eles a Medalha de Prata no XVII Salão Paulista de Arte Moderna, em 1968, e a Medalha de Ouro no III Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1976, além de ter representado o Brasil por duas vezes na Bienal de Havana, em Cuba e participado das Bienais de Paris, na França e Medellin, na Colômbia. Na obra de Tozzi predominam, segundo palavras do crítico Olívio Tavares de Araújo, recursos da linguagem pop art, representações estilizadas de cidades, escadas e outros detalhes arquitetônicos. Trabalhando há muitos anos com a Errol Flynn, o artista foi o responsável por convidar os outros dois companheiros, que pela primeira vez expõem juntos trabalhos na galeria. Entre as obras de Tozzi que estarão expostas, o público terá contato com Cidade, de 180x180cm – AST, criada em 1986 e Dança, de 140x200cm – ASTCM, de 1984, marcadas por intensos traços geométricos. Antônio Henrique Amaral também nasceu em São Paulo, em 1935. Formou-se em Direito, antes de se dedicar, no final da década de 1950, à gravura. Participou de sete Bienais Internacionais de São Paulo. Possui obras em museus do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e em cidades do exterior como Nova Iorque e Washington, nos Estados Unidos, Bogotá, na Colômbia e Santiago, no Chile. As pinturas de Amaral são marcadas pelo surrealismo, com formas arredondadas. A partir de meados da década de 1960, sua produção passou a incorporar a temática social, elementos da gravura popular e da cultura de massa, aproximando-se da arte pop. São de sua autoria, obras como Suas Perguntas não têm resposta, 130x170cm – OST, de 1995 e Figuras, de 50x60cm – OAST, de 1982, que também estarão expostas. Já Ivald Granato, nasceu em Campos, no Rio de Janeiro, em 1949. Começou a desenhar autodidaticamente na infância, sob a influência dos pintores cubistas. Mudou-se para o Rio, onde ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal. Na década de 1970 e 80 apresentou diversas performances e intervenções, recorrendo ao vídeo e à fotografia para documentá-las. A obra de Granato também é composta por telas e litografias. Ao longo dos anos 70 viajou pela América Latina para estudar cores. Em 1979 recebeu da Associação de Críticos de Arte, o prêmio de melhor desenhista. Olívio Tavares afirma que a qualidade do trabalho de Ivald Granato, nesta exposição em parceria com Tozzi e Amaral, nutre-se de certo lirismo espontâneo, liberdade e fluência, que se evidenciam nas pequenas obras de 2001, como Again, 60x50cm - AST. O crítico considera essas obras do ponto de vista técnico, como pinturas, pois tem como suporte a tela e instrumento, o pincel. Mas tornam-se desenhos pela despretensão e leveza. “Felizmente ele nunca abandonou o desenho e a pintura. É sobre esses suportes tradicionais que Granato tem garantido prestígio”, completa. Telas como Movimentos IV, 100x90cm – AST, de 2008 e Brasil nº2, 120x100cm – AST, de 2004, também estarão na exposição.

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