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CINE HUMBERTO MAURO Cena independente paulista é destaque da Mostra SÃO PAULO – CINEMA ANÔNIMO

Com curadoria dos convidados João Campos e Rodrigo Pinto, o Cine Humberto Mauro realiza a mostra São Paulo – Cinema Anônimo, entre os dias 13 e 25 de outubro. Serão exibidos longas e curtas da cena independente do cinema contemporâneo de SP, questionando e instigando a discussão acerca da existência de um cinema autoral paulista.

Segundo João Campos, a proposta é instaurar uma dinâmica reflexiva entre filmes produzidos em São Paulo nos últimos anos, numa tentativa de traçar um gesto crítico e geracional. “Os filmes reunidos nessa mostra instalam uma dialética complexa em sua tessitura, tanto em termos de proposições formais quanto de produção. São obras capazes de ressoar, no presente precário e conflituoso da cidade e do país, a tradição do Cinema de Invenção, movimento que produziu aquilo que de mais pujante já foi feito em nosso cinema, possibilitando uma reflexão crítica sobre a experiência contemporânea”, ressalta o curador”.

Serão exibidos 13 longas, com destaque para Os dias com ele (2013), de Maria Clara Escobar, Proxy Reverso (2014), de Roberto Winter e Guilherme Peters, Jovens Infelizes ou um Homem que Grita Não é um Urso que Dança (2016), de Thiago Mendonça, Sinfonia da Necrópole(2016), de Juliana Rojas, Precisamos Falar do Assédio (2016), de Paula Sacchetta, e Filme de Aborto (2017), de Lincoln Péricles.

Além dos longas, todos os dias da mostra contam com sessões de curtas metragens, totalizando 22 sessões com, em média, quatro curtas cada. Serão exibidos dentre eles os filmes A Vermelha Luz do Bandido (2009), de Pedro Jorge, Memória de rio (2013), de Roney Freitas,Quem matou Eloá? (2015), de Lívia Perez, Quando os Dias eram Eternos (2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos e Historiografia (2017), de Amanda Pó.

A existência de um cinema paulista - De acordo com os curadores, de em relação aos novos polos do cinema independente no Brasil (Recife, Belo Horizonte e Fortaleza, por exemplo), responsáveis pelos filmes que integram o hoje chamado Novíssimo Cinema Brasileiro, a produção de São Paulo não aglutinou. A falta de capilaridade entre coletivos, cineastas e demais grupos constitui, ainda hoje, um obstáculo para a ação coletiva.

“Ao compor esta mostra, buscamos afirmar que pôr em marcha uma reflexão sobre o cinema paulista é também um caminho possível para destravar nossa imaginação política. Nos últimos anos, acompanhamos a aparição incendiária de vários coletivos e cineastas se manifestando através de filmes, fenômeno que originou um campo cinematográfico marcado por uma polifonia conflituosa. O que falta, portanto, é uma confabulação efetiva entre as obras, e é justamente esta articulação que a mostra São Paulo – Cinema Anônimo propõe”, comemoram os curadores.

HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA - Paralelamente à mostra São Paulo – Cinema Anônimo, o Cine Humberto Mauro dá continuidade ao projeto História Permanente do Cinema. Nesse período, a sessão vai dialogar com a produção cinematográfica paulista. Está programada a exibição do longa São Paulo S.A. (1965), de Luís Sérgio Person, que será comentado pelo curador e crítico cinematográfico Ewerton Belico, em um debate acerca do cinema paulista no Brasil contemporâneo.

Foto: Divulgação

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