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Galeria de Beatriz Abi-Acl comemora 13 anos de atuação com exposição coletiva

Há 13 anos, Belo Horizonte ganhava um novo espaço para as artes plásticas, que passou a ser referência da multifacetada arte produzida em Minas Gerais. Desde outubro de 1999, a Galeria de Arte Beatriz Abi-Acl promoveu mais de 50 exposições individuais e coletivas e resgatou nomes importantes da pintura, da escultura, da aquarela e demais manifestações das artes plásticas. Apresentou também ao público mineiro uma grande exposição internacional e abriu suas portas para artistas de outros estados brasileiros. Para comemorar esses 13 anos de intensa atuação, a galeria vai abrir, no próximo dia 25 de outubro, às 19 horas, exposição coletiva intitulada “Arte nas Gerais”, reunindo obras inéditas de 14 artistas de diversas gerações, que têm como fio condutor o talento. Participam da mostra os artistas Abreuvalle, Ana Felisberto, Attilio Colnago, Beatriz Abi-Acl, Carlos Macedo, Clébio Maduro, Décio Noviello, José Maria Ribeiro, Marcelo AB, Mário Mariano, Mauro Silper, Noêmia Motta, Rachel Roscoe e Yara Tupynambá, além de obras de Amílcar de Castro, Caribé, Carlos Bracher e Herculano Campos. A mostra ficará aberta ao público de 26 de outubro a 24 de novembro, de segunda-feira a sexta-feira, das 9 horas às 20 horas, e aos sábados, das 9 horas às 13 horas, na Galeria Beatriz Abi-Acl, situada à Rua Santa Catarina, 1155, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. A entrada é gratuita. Para promover a coletiva Arte nas Gerais, a galeria convidou o marchand e colecionador de artes Jacques Ernest Levy para fazer a curadoria da mostra. Segundo Levy, a escolha dos artistas não foi por acaso. São artistas de grande talento, de escolas de diversas tendências, o que faz com que cada um espelhe traços e cores, numa composição de beleza, conteúdo e harmonia. Esta pluralidade artística independe de outras combinações, ela por si só marca o que é a maturidade do artista mineiro que engrandece a cultura brasileira. “A pintura, a escultura, a aquarela, assim como a gravura, a litografia e a fotografia, expressam a sensibilidade humana, o grito da vida que nos ajuda a entender o nosso dia a dia, aí meu empenho em promover e apoiar estas realizações”, ressalta o curador. Jacques Levy considera que “13 anos é uma data mágica, ímpar, repleta de estórias, que precisa ser comemorada com uma grande exposição. E a mostra Arte nas Gerais será um marco na vida da galeria, conforme tem sido a comemoração de todos os aniversários”, completa. Um pouco sobre os artistas participantes ABREUVALLE Formado em Psicologia e Design, vencedor do prêmio nacional Deca em 1997, dentre outras premiações, Abreuvalle tem na escultura, desenho e pintura a manifestação de seu trabalho. Suas esculturas em aço e madeira em estilo abstrato concreto / neoconcreto têm como inspiração a geometria. Ele utiliza técnica mista fundamentada no corte em chapas de espessuras variadas para o aço e técnica mista para as obras em madeira. Sempre utiliza as cores vermelho, preto, branco, amarelo e azul, além da oxidação natural das chapas de aço, do aço inox polido e escovado e da aplicação de lâminas de rádica. Em 2007, sua obra “Minas Gerais” passou a fazer parte do acervo da Rainha Elizabeth II, no Museu do Palácio de Buckingham, Londres, Inglaterra. Em 2008 foi homenageado com Comenda Oficial pela comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil pela obra “Origami”, em exposição no Brasil e no Japão. Em 2009, sua obra “Scena” passou a fazer parte do acervo do Museu Casa dos Contos, na cidade de Ouro Preto. ANA FELISBERTO Com mais de 30 anos de experiência nas artes plásticas, Ana Felisberto atualmente cria, desenvolve e produz esculturas em vidro e peças especiais em cerâmica. Desenvolve e realiza projetos de restauração e recuperação de vitrais, destacando seu trabalho de restauração de vitrais tombados pelo Patrimônio Histórico de Minas Gerais. Em várias oportunidades de sua vida profissional, Ana Felisberto buscou mão de obra em asilos, orfanatos, escolas de deficientes físicos e portadores de sofrimentos mentais, presídios de mulheres e homens. Ensinar o trabalho a pessoas carentes de oportunidades foi para ela um grande desafio. Nesses espaços, ela descobriu indivíduos com potencial artístico e criativo com os quais partilhou conhecimento e técnicas, além de incentivá-los a expressar suas sensibilidades por meio da arte. ATTILIO COLNAGO O artista Attilio Colnago diz que “Ensaios para uma nova anunciação”, trabalhos que ele vai apresentar nesta coletiva, “não são mais que um pretexto para a construção de uma nova série de desenhos e pinturas. Esta proposição me permite renovar meus votos de admiração pelos meus mestres e, sem uma ordem cronológica definida, novamente me deslumbrar com obras de artistas flamengos, renascentistas, barrocos, dos séculos XIX e XX, não com intuito de realizar releituras, mas procurar compreender o fazer, a elaboração técnica, a paleta, a gestualidade e deles ou com eles aprender e apreender elementos expressivos que podem, por vezes, abrir caminhos ainda não conhecidos”, explica. Considerando-se herdeiro de uma tradição pictórica, Attilio Colnago a utiliza como um valioso instrumento de investigação e trabalho, renovando-a e enriquecendo-a continuamente na eterna busca da beleza. “Sou um artista de ofício. Gosto da pintura desde sua preparação. Acredito que ela começa a se construir no momento em que preparo as telas brancas, quando revolvo os escuros de dentro de mim, tentando recolher o que ali sempre esteve – conversar com meus fantasmas, enxergar a poesia nas coisas simples e me preparar para as jornadas no atelier. Cumpro o que creio ser a tarefa de hoje – contextualizar o novo tendo como ponto de partida a história, a tradição que pode ser questionada e estudada pelo presente e, sem cerimônias, no meio do caos, abrir espaço para a contemplação”, finaliza. BEATRIZ ABI-ACL Tendo já participado de vários salões de arte e realizado exposições individuais e coletivas, tanto no Brasil como no exterior, a pintora Beatriz Abi-Acl representou o Brasil na Mostra Internacionale D’Arte “Solidarieta” na Itália. É a própria artista que fala dos trabalhos que irá mostrar na coletiva Arte nas Gerais: “Antes, o que era denúncia aos desmatamentos, às erosões, à seca e aos loteamentos desordenados desde a década de 80, agora é a série ‘Crucial Simplicidade’. Nunca deixei de buscar o espaço. Essa busca vem desde a infância. Ainda procuro a beleza, uma das funções da arte, no pouco que o homem deixa restar. Minha pintura é textual e densa, como um rasgo de dor em cores. Simplifico o espaço que ainda tenho com as alterações que fazem nele. Pinto o tempo vigente, o que vejo com profundo sentimento de pesar, mas sempre no desafio de comunicar neste respirar contemporâneo que pulsa em todos nós”. CARLOS MACEDO Passando por diversas técnicas, estilos e materiais ao longo de mais de 30 anos de carreira, Carlos Macedo começou seus trabalhos a partir do ofício na molduraria de sua família. Participou e conquistou prêmios em salões de arte, exposições e concursos em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Sua extensa e diversificada produção passou por aquarela, óleo, acrílico e técnicas mistas, sempre evoluindo ao longo do tempo, em temas e criações que não se fixam a nenhum movimento artístico. Nos últimos anos, tem provado seu engenho e renovado suas criações com técnicas originais. CLÉBIO MADURO Professor de gravura e chefe do departamento de artes plásticas da Escola de Belas Artes da UFMG, desde 1997, Clébio Maduro participou, ao longo de quase quatro décadas dedicadas às artes, de 109 exposições coletivas e realizou 15 mostras individuais. Seu amplo currículo apresenta, ainda, 58 participações em vários salões de arte nacionais, obtendo 12 premiações, com destaque para o primeiro prêmio na Bienal de Gravura da cidade de Santos/SP. Clébio Maduro ministrou vários cursos de gravura e desenho nas principais cidades históricas de Minas Gerais. DÉCIO NOVIELLO O final da década de 1960 marca o início da efetiva participação de Décio Noviello no cenário artístico nacional. Desde então, são incontáveis os salões de arte nos quais mostrou seu trabalho, as exposições individuais e coletivas que realizou e os vários prêmios que recebeu. Em 2002, em comemoração aos seus 50 anos de arte, Décio Noviello realizou três exposições individuais: “Terra de Minas, 50 anos de arte” e “Pelos Caminhos de Minas”, ambas na Galeria de Arte Beatriz Abi-Acl, e “A Contribuição da Cultura Negra nas Artes Plásticas”, na PUC Minas. Nos últimos anos, entre as várias exposições que realizou e trabalhos cenográficos e como figurinista, Noviello participou da exposição “Entre Salões, 1969-2000”, no Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte/MG). No teatro criou os cenários e figurinos da peça “Brasileiro Profissão Esperança” e foi o responsável pelos figurinos e alegorias da Escola de Samba Cidade Jardim, de Belo Horizonte/MG. Foi premiado com a Medalha da Inconfidência (Ouro Preto/MG). Décio Noviello possui obras em coleções particulares e nas instituições: Museu de Arte da Pampulha (BH/MG); Centro Cultural da UFMG (B H/MG); Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba/PR); Pinacoteca da UFV (Viçosa/MG); Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo/SP). JOSÉ MARIA RIBEIRO Artista mineiro dedicado à pintura desde 1967, a obra de José Maria tem suas raízes no ambiente onde vive. Com técnica apurada, o artista confere uma expressividade especial a suas flores, figuras, objetos e paisagens. Lirismo e poesia emanam de sua arte. Sobre o artista, Inimá de Paula escreveu: “A arte que José Maria Ribeiro cria é de alto nível; no interior da estrutura de suas pinturas e na frontalidade da tela existe uma coisa muito importante, uma fatura livre, cor brilhante, de movimento, com valores quentes e alegres. José Maria faz pintura, somente pintura, tem muita beleza plástica”. José Maria Ribeiro já participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. MARCELO AB. Marcelo AB. é natural de Belo Horizonte, onde vive e trabalha. Em 1959 inicia suas atividades artísticas, através do desenho e da gravura, no atelier do mestre holandês Frei Davi, na cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais. Desde então, Marcelo AB. participou de mais de 80 mostras coletivas, no Brasil e no exterior; de 22 Salões de Arte regionais e nacionais e de 29 mostras individuais. Dentre elas destacam-se: a primeira exposição coletiva em 1971, na Galeria da Sociedade de Cultura Inglesa no Rio de Janeiro, coletiva em Paris, França – Le Premier Mondial de L’Antiquité, de l’Art Moderne e Contemporain em 1989, mostra coletiva com artistas de vários países, no Iraque, com itinerância pelas principais capitais do Mundo, em 1986. Marcelo AB. já recebeu 10 prêmios em Salões de Arte, dentre eles o “Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte”, no 7º Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte em 1977; “Grande Prêmio”, no Salão Nacional de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, em 1982 e, em 2002, foi premiado no Concurso “Arte no Ônibus”, promovido pela BHtrans. MÁRIO MARIANO Pintor autodidata, Mário Mariano vem criando e desenvolvendo, ao longo de sua carreira, um estilo próprio de criar. Desde 1971– quando apresentou pela primeira vez seus trabalhos em uma exposição coletiva realizada na Associação Israelita Brasileira de Belo Horizonte – até os dias atuais, Mariano vem participando de várias exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Dentre as premiações recebidas pelo artista, estão a Comenda Santos Dumont e o Prêmio Ciemg – Excelência 2004 – homenagem especial ao centenário de Cândido Portinari. Em 2007, Mário Mariano criou e executou o painel “Arte na Cafeteria”, para o Centro Administrativo da V&M do Brasil Tubes, em Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, publicou um livro sobre a sua obra, patrocinado pela V&M. MAURO SILPER O artista Mauro Silper fala sobre os trabalhos inéditos que irá apresentar na coletiva Arte Nas Gerais: “Na série ecológica Lagos e Montanhas, paisagens da imaginação com referências ligadas ao contexto em que vivi são expostas na sua intimidade física, ora montanhas desnudas do seu manto verde, ora lagos transparentes deixando-se revelar seus mais profundos mistérios. São três obras nas quais utilizei a técnica acrílica sobre cartão flexcot (desenhos aquarelados), com seus códigos visuais imaginários, onde a química pictorial das relações cromáticas se interpenetra, consequência do processo de aquarelamento, quase um tingimento do papel, que em movimentos suaves vou delineando superfícies de lagos, encostas, veredas, de ventos alisando a vegetação rasteira, pedras que o tempo guardou intactas e alguns elementos gráficos da memória. Uma proposta de querer transportar a natureza estática no papel em natureza viva para os olhos”. NOÊMIA MOTTA A artista plástica mineira Noêmia Motta vem realizando ao longo de sua carreira várias exposições individuais no Brasil e no exterior. Integrou salões e mostras coletivas, tendo participado da exposição “Minas da terra ao Homem”, realizada no Brazilian American Center, em Nova York. Conquistou vários prêmios, alguns de âmbito nacional, como o de viagem ao Peru, pelo Salão Global. É cofundadora da memória Cooperativa de Arte, juntamente com um grupo de artistas mineiros. Possui obras em museus, galerias, órgãos públicos, no aeroporto Tancredo Neves e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Seu trabalho consta em diversas publicações, dicionários de Artes Plásticas e no livro “O Brasil para seus artistas”, de Walmir Ayala, editado pelo MEC. RACHEL ROSCOE Graduada em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG, Rachel Roscoe apresenta em seu currículo exposições individuais e coletivas, entre as quais se destacam as mostras na Fumec (2012); no Espaço de Arte e Cultural da justiça Federal de Minas Gerais (2006); na FAE/UFMG (2005), quando recebeu o diploma de Honra ao Mérito, concedido pela UFMG por suas contribuições artísticas à instituição; na Galeria de Arte da Escola de Belas Artes/UFMG (2004); na Galeria de Arte do Centro Cultural da Cemig (2003); Semana de Arquitetura da PUC-MG (2001); Semana Cultural da Faculdade de Direito/UFMG e no Museu de Arte do Centro Cultural da Fundação Acesita (2000). Em 2010, executou e inaugurou o painel “Transmutação”, para a Escola de engenharia da UFMG. Também foi a criadora do painel “Palas Athena”, para a FAE/UFMG. YARA PUPYNAMBÁ Uma breve síntese da carreira artística de Yara Tupynambá mostra que ela fez estudos artísticos com Alberto da Veiga Guignard e Oswald Goeldi e foi bolsista do Pratt Institute, em Nova York, nos Estados Unidos. Participou de vários Salões de Arte Moderna e Bienais. Realizou exposições individuais em grandes galerias, como Guignard, Palácio das Artes, bem como em espaços culturais nacionais e internacionais: na Galeria Hourian, em São Francisco/EUA; no Institute of Education, em Londres/Inglaterra; na Galeria Inter-Art, em Paris/França; no Brazilian Cultural Institute, em Nova York/EUA e na Galeria de Vilar, na cidade de Porto/Portugal. Entre os prêmios que recebeu, destacam-se: I Prêmio Gravura Salão de Belo Horizonte; I Gravura Salão do Trabalho de São Paulo, Medalha de Ouro; Salão do Paraná e Prêmio Especial do Salão do Pequeno Quadrado, no Rio de Janeiro. Vale destacar, entre outras obras, 92 painéis e murais espalhados por numerosas cidades brasileiras. Sobre seu trabalho, Yara Tupynambá diz: “Minas é minha pequena aldeia, de onde extraio as raízes populares, a cultura erudita, a geografia e as tradições do povo, que vão permanecer em meus quadros. São marcas da trajetória traçada ao longo de meu caminho, na busca de um diálogo fraterno com um público que é, sempre, a busca primeira de todo artista”. Site:www.galeriabeatrizabiacl.com.br

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